segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Alta

 Depois de uma semana em que só tive direito a um cycling 3ª feira, estava com fome de km pelo corpo todo.
 Assim na sexta, depois de um electrocardiograma, um raio-x ao torax, um ecocardiograma e uma prova de esforço, tive direito a alta médica ouvindo:
   - "Vá passar o Natal tranquilo e faça a sua vida normal. Depois falamos".
   Nunca pensara na vida ir ao hospital munido de equipamento tal como se fosse para o ginásio, e no final até ter direito a duche... HNP: hospital new perspective!

    Assim, mini-férias? pedalar todos os dias. Auuuuuuuuuuuuu
    No sábado as contas sairam furadas: tanto montar e desmontar de avanços havia de dar tramóia. Uma hora e tal depois desisti e fui a quem entende da matéria. Em boa hora o fiz. Poupo-vos aos detalhes de que uma minimíssima (isto existe??) mola que desapareceu da coluna do espigão do guiador, foi a culpa de tudo.
    Não saí às 08:30, sai duas horas depois e em ganas fiz uma volta de estrada em bruto que me soube a pato! Aaahhh e como são lindas as praias no Inverno sem pessoas. Tanta vontade de parar e ficar.
   
    No domingo btt ca tribo. Os mesmos gaitos do costume e uma cara nova mas já muito batida nestas paragens. Boa disposição e "córtição" nos trilhos q.b. (aquilo que o estado do terreno permitiu)

    Hoje, a volta maior. A moral em alta levou-me a reeditar uma volta ambiciosa mas muito agradável. Contudo houve um pequeno factor que desta vez a levou de um sonho a um pesadelo: o vento. Não sofri tanto a caminho de Sagres. Que coisa horrenda. Para explicar melhor basta dizer que as duas últimas horas foram feitas sempre a pensar em desistir. Tive momentos que parecia ser mais empurrado para trás do que propriamente progredir.
   Curioso que no fim, com as contas feitas, descontando uma pequeníssima alteração no fim do troço, o tempo foi muito idêntico o que significa que a primeira parte até fui bem (em Canha menos 15 min do que em Agosto).
   Horrivel mesmo. Há muito que não me sentia assim.

   Resumindo:
   Sábado: meia-volta em potência 43km; 01:42h
   Domingo: btt gaitos-bravos: 40 km;
   Segunda: super volta nova reedição: 118km; 04:58h

   E se não me engano já não vejo bicicleta senão para o ano.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Rescaldo a frio

  Uma semana para esquecer.
  Depois da tirada de sábado passado, a ordem era para manter. No entanto só terça-feira houve exercício e ainda neste momento vejo-me parado contra vontade.
 
   No que respeita ao Tróia-Sagres deu-se um pouco de tudo.
   Alvorada às 04:30h da manhã, barco para Tróia às 06:15h, partida rumo a Sagres às 07:00h.
   O frio do barco e o escuro da noite proporcionaram os primeiros arrepios e incertezas. Será que calções fora demasiado arrojado? E mais uma peça de roupa para o tronco? E não ter levado luzes não terá sido má opção?
   Meia-hora depois pedalava-se a bom ritmo num pelotão aguerrido com apetite voraz por kilometros e foi num passo, ou neste caso numa pedalada, que nos pusemos no Pinheiro da Cruz.
   Rolar em pelotão tinha as suas vantagens, principalmente no que respeita a resguardo contra o vento, o famoso cone de ar, mas retirava grande parte (a maioria) do prazer da coisa. Na minha ideia, esta era uma aventura para se fazer na paz e sossego que me apetecesse, sem grandes pressas. Por esse motivo descolei do grupo, ao que me acompanharam barbosa o corredor e turtle.
 
   As dúvidas iniciais deram lugar a uma certeza: ter um impermeável era imperativo. Na eterna recta de Sto André - Sines, a chuva caia veementemente. Nada que desmoralizasse e não fosse ter ocorrido um furo nem teriamos dado por ela.

    Estrada abaixo foi-se dando um misto de sentimentos com o cérebro a saltitar entre pessimismo-optimismo, dores nas costas-prazer de pedalar, dor nas pernas-prazer de pedalar, dor em todo o lado-prazer de pedalar. Nesta alegoria toda aos variados estados de espírito, entre uma golada de hidratação e uma dentada alimentar, terei feito uma viagem no tempo e só depois de Mil Fontes parámos novamente por causa de... um furo, uma tendência que custo em abandonar.
    Por coincidência combinara-se neste local encontro com o carro de apoio precisamente às 11:00h. Mas carro de apoio nem vê-lo. Só meia-hora depois houve lugar a engolir uma "sande" enquanto remendava um pneu, e atestavamos comida e bebida nos bolsos e bidons.
 
    A quantidade de ciclistas por todo o caminho foi uma constante. Grandes "bandos", pequenos, solitários, todos seguiam a seu ritmo.
    Compreendo que viajar de automóvel naquele dia e naquela estrada não foi de certo agradável para quem se viu apanhado por este tsunami bicicleteiro.
 
    O turtle ia puxando o ritmo, ao passo que barbosa e eu "puxávamos pela corda" para que ele abrandasse.
    Neste momento tudo fluia com naturalidade. As pernas mexiam-se por si. A cabeça seguia no seu trâmite racional-irracional habitual, anestesiada pela febre da libertação hormonal de tamanha satisfação que seria chegar ao fim.
   Nisto, e em boleia de um grande grupo que apanháramos entretanto, barbosa o corredor falha uma curva e segue numa estrada só dele. Gritei, gritámos eu e turtle, gritou todo o pelotão. Mas barbosa o corredor corria já solto para outras paragens.. Deixá-lo ir quando vi no gps que o caminho unificar-se-ia mais adiante. E nunca mais o vimos.

    O melhor estava reservado para o fim. Uma subida em S. Teotónio feita em potência, outra perto de Aljezur e depois descer já para o Algarve foi algo que veio quebrar a rotina e dar um novo folego ao agora duo do pedal.
   Talvez por isso os últimos 30 km foram sempre em crescendo, apesar do ligeiro inclinar da estrada. Passar pelo carro de apoio parado na berma da estrada já com barbosa o corredor a cavalo, e não sentir vontade ou necessidade de parar, fez-me cerrar o punho direito e semi-erguer o braço em sinal de "estou com uma pedalada do camandro" e "sim, vou fazer isto até ao fim".
    Sentia-me drogado, anestesiado, potenciado acima das minhas forças e capacidades. Não compreendia de onde vinha tanta força (talvez uma coca-cola e mais uma sande meia-hora antes tenham ajudado), principalmente depois de tantas horas de viagem. Mas também não queria saber. Sentia-me bem, tão bem como poucas vezes me senti na vida.
    Já não era eu quem pedalava agora. Já não estava em mim naquele momento. Estava possuido e já nada me iria parar nem fazer abrandar.
    Rasgámos os ultimos km como nunca pensei que pudesse vir a acontecer. Nada de lingua de fora, nem de maca, nem pronto para o caixão. Estava novo. Novo!

    E quando finalmente tudo acabou senti uma alegria enorme, daquelas que não se sentem todos os dias. Para muitos um feito banal, para outros um feito infernal. Para mim terminar esta jornada era uma enorme satisfação. Foi o culminar e meter finalmente para trás das costas, todos os infortúnios dos tempos passados, quebrar o "monstro negro", tornar possivel o inimaginável.
   
     Não foram quinhentos nem mil ou dois mil. Foram só duzentos. Mas foi muito mais do que isso.Fé em Deus, Fé na vida.


    Os dados que pouco importam aqui

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

TRÓIA-SAGRES

  Numa palavra?

  

FEITO!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Deixa chover!


Eis como se faz um gps portátél para o carro de apoio e respectiva equipa:

- Arranjar um mapa velho e desactualizado (ui, ui, a equipa vai andar à nora)
- pedir auxilio a um rato, um gato e uma tesoura (a tesoura para cortar, o rato para dar um ar de tecnologia à coisa e o gato é só para disfarçar)




- um pormenor após intervenção (o rato, o gato e a tesoura estão por esta hora embrenhados de uma forma que fica à imaginação de cada um. Se houver crias os nomes poderão começar por Siser)


- um plano das "coordenadas" lol
 (coordenadas lol =coordenadas Localizadas Onde Láestaremos. Vai ser só rire).



     E pronto. That´s all folkes que é como quem diz: é tudo focas!
    


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Preparativos


  É inegável. Passo os dias a pensar no desafio que se aproxima. E as noites também.
  Nesta data a nivel físico nada mais há a fazer senão algum repouso. Mas psicologicamente a cabeça não pára.
  Quando me ponho a pensar na distância que há para percorrer dá-me um aperto no estômago e um arrepio na espinha. Tento imediatamente focar-me em outras coisas.
  Mas as preocupações são muitas:
   - a roupa;
   - a bicicleta;
   - peças de substituição;
   - a alimentação;
   - a coordenação com o carro de apoio;

   São tantas coisas. Nada pode falhar.
   A concentração é máxima. Sinto-me diferente nestes últimos dias. Ansioso, receoso, cauteloso, expectante.
    Ao mesmo tempo ganho consciência que não tenho obrigação. Quero disfrutar. E é nesse espírito que me aconchego e reconforto.
   
    É deixar o tempo passar.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Em vinha d´alhos

09\12\2012

   E pronto. Cumprido o plano traçado praticamente na integra à excepção deste fim-de-semana. O Sesimbra 80km foi adiado por más condições do piso e por isso ontem eu e o turtle fomos apanhar o comboio.
  Desta vez a vontade de urinar veio bem mais cedo mas nem me atrevi a parar. Confesso que tentei fazê-lo em andamento (??) à moda dos profissionais mas nao fui capaz. Além do mais o ritmo do pelotão seguia mais forte e isso ajudou a esquecer a bexiga. Eu e turtle, que ia matando um gajo e a ele próprio num toque casual roda-com-roda, ainda tivemos que sprintar por 3 ou 4 ocasiões para evitar perder o comboio. Não dava mesmo para distracções. Comer uma sandocha em andamento tão acelarado foi um puro acto de alargamento de traqueia para entrar comida e ar ao mesmo tempo. Loucura nada saborosa. Um nevoeiro cerrado e húmido que só levantou perto do meio-dia manteve as hostes fresquinhas.
   Tudo o resto foi puro prazer.
   
   Hoje fez-se um btt para rolar. Uma volta tranquila com alguns dos tracks para córtir e descontrair. Ainda houve lugar a uma queda mas desta vez sem ossos quebrados ou quaisquer outras maselas. Fico a aguardar as imagens que serão gentilmente fornecidas pelo próprio vitimado.

    A próxima semana vai ter somente 2 aulas de cycling para manter as pernas a mexer. Mas já tudo muito soft.
   A preparação segue... mentalmente.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

noticias do mundo infantil

E como anda o mundo do ciclismo profissional em fase do defeso? Birras de crianças.

 - Contador anda a disparar (nao fosse ele o pistolero) em várias direcções e ameaça fazer birra e não ir ao Tour se o convite não chegar atempadamente. É que a sua equipa não tem lugar garantido nesta prova do Pro Tour. Complicado para todas as partes..

   - Já na Sky, os problemas são mais de foro interno. Wiggins fez saber que a sua relação com Fromme no Tour foi tensa (nãaaaa, a sério??). E que houve granel a torto e direito.
    O que fazer quando "dois irmãos" brigam? cada um para seu quarto: Wiggins vai para o Giro e Fromme para o Tour.

  - Gilbert diz que tem fome mas que só quer carne tenrinha dos Javalis das Ardenas (a sua alcunha), porque para comer carne rija e com nervos tipo o Tour, tá quieto. O ano passado, a birra ainda lhe valeu de sobremesa ser campeão do mundo. Assim deve repetir a receita.

   - Scarponi não fez bem os trabalhos de casa ("Fiz testes com Ferrari em setembro de 2011 quando estava em fim de contrato com a Androni-Giocattoli. Pouco depois assinei pela Lampre e desde então trabalho com o Centro Mapei. Estava convencido que Ferrari não estava suspenso e agi de boa fé", assumiu Scarponi em declarações ao Comité Olímpico).  Scarponi esqueceu-se é que  Ferrari está suspenso em Itália desde 2002 e encontra-se irradiado do desporto pela Agência norte-americana Antidopagem (USADA). Resultado? foi suspenso pela Lampre.
    Vai para a cama sem jantar sequer uma sopinha.

    Ai estas crianças de hoje...

sábado, 1 de dezembro de 2012

So far so good?

  Musica ou album do Brian Adams Chicletes.

  Plano cumprido até sábado com sucesso. Ou estarei a abusar? talvez tenha que refrear a ideia de querer fazer o próximo fim-de-semana em "bruto". O mestre Bullas diz q duas semanas antes de uma prova já não se ganha nada em termos físicos. O que neste caso é mau. O turtle também diz que é melhor não abusar muito mais. E eu.... concordo com ambos!
  A volta de hoje feita a solo acabou nuns 107 km. Foi a repetição da volta Balão feita com o turtle em Agosto. Pensava eu pelas circunstâncias que teria um pior desempenho (principalmente só pelo facto de a ter feito agora a solo), mas não.
  Contudo houve muito sofrimento. As pernas só acusaram as dores da aula de cycling da noite anterior onde abusei mais do que a conta, mas não estava grave.
   Grave foi o frio. Se em Setúbal às 09:00h da manhã a coisa até nem estava muito má (pela expressão de uma mulher no café do bairro a olhar para os meus calções, talvez isto não seja bem verdade), ao meio-dia em Vendas Novas estava horrível. O vento soprava forte e o frio apertava. Em Pegões encostei para comer numa paragem de autocarro ao Sol e pus as luvas por cima das mangas do casaco e.... que diferença. Já o devia ter feito "àcoras".
    Grave foi também um problema no depósito de combustivel que até ao momento ainda não foi solucionado. Danos colaterais da medicação contra a constipação? não sei. Sei é que o estômago está comigo como o está para uma mulher grávida enjoada.
    Também grave a garganta que mantém um pico (mas não a azedo) e o nariz que pingou constantemente. Desisti de o limpar a não ser cada vez que me aproximava de algum peão.
     Normalmente sobra comida mas desta vez tive que gerir. Apesar do problema estomacal, a fome apertava e como não levei dinheiro, houve que racionar.
    Com isto tudo junto pensei 20 vezes em desistir. Parar. Mas só me vinham à cabeça os 200. Os 200 do Tong Pô (ver post anterior com o filme béra do Va Da). Isso deu-me força para continuar. Não deu força, mas continuei na mesma. Assim terá de ser se quiser sequer sonhar com uma chegada a Sagres.

    Daqui a precisamente duas semanas será por aqui:





quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Post fora de horas - Atleta do Ano

  Post fora de horas por dois motivos: primeiramente por serem as horas que são e seguidamente por ser já ser uma "yesterday news, old news".

   Num país típica e fortemente inclinado para o futebol, ver um ciclista ser eleito o Atleta do Ano é qualquer coisa de surpreendente. Diria mesmo que algo de anormal terá acontecido.
    Com efeito, Rui Costa fez uma época estrondosa ao que apenas posso acrescentar o desejo de no futuro vê-lo repetir ou melhorar se possivel tamanha proeza.

    No entanto, e desengane-se o leitor se esperava que o tema enveredasse logo pelo caminho de duas vias sem portagem, estou em desacordo com a atribuição deste título.
    Na minha opinião o premiado deveria ser eu. E deverias ser tu. E deveria ser ele e ela. E deveriam ser eles e elas.
     Deveriam ser todos os que trabalham oito horas por dia e\ou até mais, que ainda tratam a família, os amigos, os afazeres da lida da vida em geral, e que no meio disto tudo ainda conseguem fazer o dia parir mais uma, duas ou três horas para treinarem uma ou mais actividades físicas. Por lazer, por prazer, para emagrecer, para engordar, para aliviar a tensão, para conviver, para competir.

     E na maioria dos casos ainda têm que pagar para o fazer!
     Não com isto queira de maneira nenhuma tirar o mérito ao Rui ou a qualquer profissional de qualquer modalidade. Nada disso. Saber qual tem mais valor, se o atleta profissional ou o amador carolo*, seria o mesmo que perguntar quem surgiu primeiro, se o ovo ou a galinha.

    Pela fotografia em cenário tão "normal", até parece um amador carolo*.

      Mas para mim, os Atletas do Ano estão definidos. Eu sou um deles. O leitor e a leitora poderão colocar o nome nesta lista. Terei todo o orgulho!


  *amador carolo: criança, adolescente, adulto ou idoso que pratica\exerce qualquer modalidade desportiva por pura carolice

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Blame it on the Sun

 
  É imperativo voltar a treinar árduo. Mas não está fácil principalmente se esta constipação continuar a teimar permanecer em mim.
  Não é nada agradável fazer uma aula de cycling em carga com dificuldades respiratórias de tal forma que até apareceu a famosa dor de burro.
   Maldita ocasião para ficar meio doente.
    Será que faz chuva? Será que faz Sol? E o frio que se faz sentir vai mesmo cair que nem ginjas em outdoor.
    Faltam duas semanas e meia o que quer dizer que temos duas semanas para malhar algo assim do género (e isto serve para voltar a organizar-me):
    - quinta: futsal
    - sexta: cycling (1 aula)
    - sábado: teste 1 - minimo 100km estrada
    - domingo: btt
    - segunda: descanso
    - terça e quarta: cycling (2 horas seguidas\dia)
    - quinta: futsal
    - sexta: descanso
    - sábado: teste 2 - Sesimbra gpssbike 80km - clicar aqui para mais info
    - domingo: teste 3 - minimo 120 km estrada
    -segunda: descanso
     - terça: cycling (2 horas seguidas ou 1 aula se acusar cansaço)
     - quarta: cycling (1 aula)
     - quinta: futsal
     - sexta: descanso

    E depois é que são elas.
    O que me move?
   

    2011 - Cerca de....(mais que muitos). Muitos mais que no ano anterior. Impossível de contar. Saí pelas 7:30 e nas rectas desde Tróia à Comporta via na minha frente filas compactas de ciclistas que ainda de noite se fizeram à estrada. Nunca poderia alguma vez ter imaginado, há 20 anos atrás, no que o meu Tróia-Sagres se viria a tornar. Uma autentica e expontanea festa do ciclismo nacional na sua forma mais livre e descomprometida que nesta altura do ano preenche as estradas da costa para sul e que congrega gentes de todas as idades e classes sociais. Sem qualquer pretenciosismo, sem qualquer organização, sem qualquer cobertura mediática, sem qualquer ambição, com a harmonia de um caos organizado,  o Tróia-Sagres tornou-se a maior CLÁSSICA do ciclismo nacional. Orgulho-me de ter sido o embrião deste acontecimento e enquanto puder tudo farei para zelar pela sua continuidade com esta sua fórmula que sempre se baseou num passeio de amigos ao fim de semana. UM GRANDE OBRIGADO a todos os meus velhos e novos amigos.
Este ano tive a alegria de ter por companhia durante os priemiros 100 kms, a minha companheira de sempre, a Berta, de quem me despedi em Milfontes para fazer sózinho, os restantes kms até Sagres. Terminei exactamente ao sol-posto, missão cumprida.  Um abraço
Antonio malvar

   

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Treino duro

 Não sei desde à quanto tempo a esta parte que não estava quase uma semana sem postar qualquer coisinha.
 Pois tal façanha deveu-se a imperativo de força maior: uma semana inteirinha de treino no duro, todos os dias, de Sol a Sol.
  Ao bom estilo dos filmes de cacete dos anos 80 em que o herói da pelicula jurava vingança pela namorada violada, pelo irmão assassinado, pelo pai raptado ou qualquer outro argumento merdoso que pudesse levar a 90 minutos de pancada barata, não sem antes ter que treinar com o mestre dos mestres que se retirou para um recondito canto do planeta, utilizando métodos e teorias artesanais e ancestrais, só elas capazes de levar ao expoente máximo alcançável só por um ou dois seres humanos e que no fim de tudo até supera o próprio mestre.
  Algo assim do género:

  

  Ora também eu parti em busca do Santo Graal dos treinos. Só que o meu "filme" não andou para a frente em tranches de flash-forwards nem tinha uma musiquinha ranhosa como banda sonora. Não. O meu dia de treino era exactamente um dia. Mas a minha banda sonora ao menos era muito melhor.
   Uma sova bem levada no corpinho todo menos no espirito. Varejar é arte antiga e diz que faz um gajo ficar mais teso.
   Veremos isso nos próximos dias quando os treinos voltarem ao usual. Há é que carregar outra vez. O Tróia Sagres está a chegar. Ou chamemos-lhe Tong Pô? Vamos a ver se isto vai lá...

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Duro de roer

E anda um gajo hoje em dia a ponderar se gasta mais uns trocos em tubless e mariquisses do género e depois toma lá morangos:

 não sei se este artista (que parece o Merckx) está a encher o pneu boca-a-boca, ou se de nervos resolveu descarregar à dentada na borracha. A segunda hipotese já me passou na cabeça bem recentemente. Já a primeira....





  A lição? nunca desistir. Desenrasca-te com o que tens à mão.... e à boca!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

TransArrábida 2012

11\11\2012
Btt - Arrábida


   Tomei conhecimento do TransArrábida por convite de um amigo. Uma prova de btt que não é uma prova.    100 km em btt com um acumulado de 2.500 m aproximadamente, soava a areia demasiada para "o meu carrinho de mão" (substituido por "a minha camioneta"), principalmente nesta fase do ano.
  Contudo, o desafio de me fazer a tamanha proeza já pairava na estupidez que reside na minha cabeça faz tempo, e juntando o facto verificar que um pequeno grupo de marmanjos juntara-se para organizar uma prova de btt que não é uma prova, a custo zero (??) levou-me à loucura de colocar um "sim, eu vou participar".
   E isto nunca mais saiu da minha cabeça. Tinha coisa de duas semanas para acelerar e melhorar a condição física, sabendo logo à partida que o acto era descabido e talvez mesmo suicida. Mas que raio, haveria de me esforçar enquanto forças houvessem.
   À medida que passava mais um dia mais empenho colocava sobre mim. Cada sofrimento nas aulas de spinnig, cada esforço na estrada, cada exercicio era alimentado a determinação.
   O dia 11 aproximava-se e quanto mais próximo estava mais praticava outro tipo de exercicio: o mental. As dúvidas, incertezas, receios, fobias gritavam mais alto do que qualquer grito de dor muscular após um esforço intenso. Logo era necessário controlo, foco e concentração.
  Fui buscá-lo uma vez mais ao mesmo alimento: a determinação.
 
   Confesso que a esta parte não me reconhecia. Eu que nunca fui dado a tais determinações. Sempre fui mais do fazer por fazer com prazer. Mas tinha que experimentar e pôr-me à prova e completar 100 era tudo o quanto almejava.

   Às vezes penso qual o motivo para traçar estes objectivos e de onde eles provêm. Pouco importa.



 
   Hoje, sentado em frente ao computador sinto as pernas. Sinto-as porque doem. Para ser sincero nem doem tanto quanto julgara. Nem ontem, nem hoje. As subidas foram variadas e brutas. Nas descidas incluiram-se alguns troços que nunca imaginei ver esta rapaziada a fazer e daí se calhar as quedas que vi. E os furos que senti. Dois mais um mal remendado. Muito tempo perdido com o frio a começar a fazer-se sentir e a frustração com ele a medir forças para ver qual de ambos mais estorvava. Um furo tolera-se. Dois é demais. Três é.... Bem, valeu pelo apoio dos companheiros de aventura.
   Contudo pelo avançar da hora ficaram 10 km aprox por realizar, o que não me permite dizer "missão cumprida", mas não foi por falta de forças, foi por falta de tempo.
    Saboreio hoje o doce sabor do orgulho naquilo que fiz. E saboreio mais do que tudo o sabor de querer fazer mais.

 Pelo caminho apanhámos este marciano. Ah não, esperem: é o prof Helder!
(curiosidade 1: o aspecto fresquinho que tinhamos e até parecia que estavamos de saida para o saturday night, principalmente o turtle com o seu pólo de marca
curiosidade 2: o pratinho vazio ostentado tipo mendigo como quem dizia "ponham lá qualquer coisinha no prato").



    Para que se dispõe uma pessoa a esforços desmesurados, tareias sem fim (quando penso em ultra-maratonistas, ciclistas, atletas de ski de fundo, e muitos mais),tentar perceber por que raio um ser-humano ser dá a tamanhos sofrimentos. Não vale a pena tentar.
   Mas vale a pena tentar!

    Agradecimentos especiais:
     - ao professor de cycling Helder Soares cujas aulas puxaram e puxam sempre mais de mim;
     - a ele e a turle por juntos embarcarem nesta aventura;
     - aos que não partem mas que estão sempre à chegada de braços abertos à nossa espera;
     - aos organizadores que dispenderam do seu tempo e trabalho (que não foi pouco) tão somente pela humanidade de partilharem com muitos o prazer de pedalar em btt. Não são muitos o que o fazem por nada. Um conceito que deveria ser estendido a outras paragens e a outras circunstâncias da vida. Têm a minha consideração e os meus parabéns.
   
   A volta no garmin com falhas em alguns troços pelo habitual esquecimento causado pelo liga-desliga está aqui.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Novo look

 Cara lavadinha.
 Um pequeno lifting ou qualquer outra dessas atrocidades que as almas penadas fazem aos seus corpetes.

  Mais agradável ou não?

domingo, 4 de novembro de 2012

Meta 100

  À parte do título (garantidamente influencia profissional), sai uma bela manhã.

  Os 100 km da Transarrábida aproximam-se rapidamente. O pseudotreino tem sido árduo. Digo pseudo pois dado ter começado tão em cima da hora, acredito que terá efeitos meramente psicológicos. Seja como for, tem-se malhado a bom malhar sendo a maior parte do treino indoor.
  Com efeito, as condições climatéricas não têm deixado espaço para grandes alternativas e por isso ontem convidei mais alguns amigos e fizemos uma das mais violentas aulas de cycling de sempre, de tal ordem que quase perdi o apetite para o almoço, imagine-se. Foram duas horas bem sofridas. A rapaziada parece ter gostado e diz de fonte segura in loco que o ritmo positivo ecoou até o balneário feminino onde se cantavam musica aqui musica ali.

   Hoje as nuvens deram uma pequena trégua e mesmo um pouco mais tarde não resisti em fazer uma pequena saida. Ou assim pensara eu já que pequena acabou por não ser.

   De Lau, Lagameças, Faralhão, Aguas de Moura.... o maior supermercado do país ao ar livre. Fruta da época, batata nova, cebolas, vinho e no fim tudo o que um mercado pode oferecer.
    A pedalada saía vagarosa mas sem grande dificuldade. Aliás, as pernas faziam mesmo o trabalho todo ao que apenas limitava-me a contemplar a paisagem, sentir os seus aromas e a arrumar pensamentos.
   A manhã escura bem tipica da estação do ano, pintada de tonalidades escuras, cinza escuro das nuvens do céu, verde escuro da vegetação, castanho escuro das videiras, convidavam a ficar em casa. No mp3, ao invés das habituais playlists, debitava a estação de rádio Amália. Ele era fado atrás de fado e de repente senti-me como se estivesse numa cozinha antiga, de uma casa antiga, de uma senhora antiga, com um rádio do tempo em que não existia televisão ligado em cima do frigorifico branco e redondo, cheirando a azulejos e tachos de barro pendurados em prateleiras feitas de tábuas de madeira,e ao sabão azul que transpirava dos panos e toalhas aos quadrados que ondulavam ao sabor do vento pendurados num estendal junto ao tanque de lavar roupa.
   Tal como eu disse: as pernas faziam o trabalho todo.
   Que bela manhã para pedalar.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Odor

  Já andava para falar disto faz tempo mas vou-me esquecendo.
  E de repente ontem (quarta) lembrei-me de novo forçadamente.


  O odor é algo incontornável no ser humano. Seja em todas as coisas, seja mesmo em si próprio. O odor humano é mesmo uma coisa por demais. Ele é cheiros por todos os lados, dos mais diferenciados conforme a parte do corpo.
  Também há humanos (e veja-se que até parece que falo como se não pertencesse à espécie) que têm um odor mais intenso que outros.
   Quando transportamos tudo isto para o campo da transpiração a coisa piora, ou em circunstância altera-se par pior.
   Quando transportamos isto para o campo da transpiração numa sala fechada a efectuar exercicio fisico com vários outros corpos de transpiração, a coisas piora... e muito.
   Curiosidade nº 1: o parceiro do meu lado, um homem já na casa do quase idoso, tinha um cheiro a chocolate derretido rançoso misturado com leite pasteurizado semi-azedo.
   Curiosidade nº 2: o meu próprio odor. Comecei por sentir o meu desodorizante, depois seguiu-se um aroma mais para o lado da normal transpiração, seguidamente passou a cheirar mesmo a cavalo, e no final ja em recuperação completamente ensopado, cheirava-me a marisco.
   Curiosidade nº 3: à noite em casa depois da deita era mais "ódor" nas pernas que não me deixa dormir...


    Hoje pedalou-se à do btt: 35 km com desnivel acumulado de 800m. A malta anda preguiçosa. Ai anda anda...

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Desafio

 100 KM NA ARRABIDA EM BTT????
 AHAHAHAHAHAH


E EU VOU???
AHAHAHAHAHAHA


E AINDA EM NOVEMBRO 130 KM CICLISMO???
AHAHAHAHHA


E EU VOU???
AHAHAHHAHAHAH


 Estes gajos não devem estar bem da cabeça e eu ainda estou pior.

 E o que tenho sofrido nos últimos treinos? 
 Nã...aqui já não há vontade de rir  (principalmente quando se fica sozinho a pedalar numa aula de cycling)
 

sábado, 27 de outubro de 2012

De novo o comboio...

27\10\2012
Ciclismo

  1º ciclista: "Então amanhã sempre vamos apanhar o comboio outra vez?"
  2º ciclista"Sim"
  não ciclista: "Vão de viagem para onde?"
  ahahahahhahah

  E perto das 09:15h lá passou o comboio certinho como sempre numa espécie de arrastadeira a apanhar a maioria dos que por ali transitavam à sua espera.
 Seguimos numa pedalada calma que até dava  para amenas cavaqueiras entre parceiros. Só de quando em vez, fruto do "elástico" que um pelotão gera inadvertidamente, dava-se um esticão que nos obrigava a acelarar a pedalada para logo meia duzia de metros depois, retomar a tranquilidade.
 Mas tudo isto não era mais que um engano e poucos km mais adiante, já para os lados do Pinhal Novo, as conversas cessaram. Agora apenas ouvia os ressssssssssss incessantes dos rolamentos das rodas e o buzinar de um ou outro automobilista mais impaciente que tentava ultrapassar o grupo à força.
  Dentes e punhos cerrados, músculos das pernas contraídos e bidons a serem usados com maior frequência eram notas evidentes do esforço que se dispendia para continuar no pelotão.
   Cada recta era feita a velocidade relampago. Cada subida dava direito a levantar o cú do selim.
   Se comer até nem foi dificl (misturando o triturar com o respirar de forma alternada), o urinar é que foram elas.
   Quando senti um pequeno abrandamento, decidi encostar. Quando regressei à estrada estava sozinho. Os meus dois compinchas esperavam mais adiante mas nem um sprint a três durante vários km serviu para recolar.
   À chegada a Alcochete demos a missão por terminada e regressámos solteiros e bons rapazes.
   Um experiência engraçada para repetir..... muito de vez em quando.

   A volta no garmin aqui (faltam uns km por me ter esquecido de ligá-lo).







 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Light it up



  Pergunto-me se terei passado da adolescência directamente para a crise de meia idade, precoce neste caso....





domingo, 21 de outubro de 2012

3º Raid Aldeias do Montado

 Domingo, 21\10\2012
 Btt - Monte do Trigo

   E pronto. Já está. A primeira maratona da época. E que primeira.
   Durante um jantar cá em casa, a escolha acabou por recair em rumar a pastos alentejanos isto apesar da distância pouco recomendada para a fase actual em que a preparação fisica ainda deixa muito a desejar.

    De véspera, o treino do "apanha o comboio" deixara bons indicadores. Igualmente pela primeira vez consegui deitar-me cedo. Até o pequeno-almoço foi massa (mesmo à campeão) e a alvorada às 05:45h da manhã não custou rigorosamente nada (explicar isto a alguém que não partilhe esta, como lhe hei-de chamar, paixão será demasiado?, é de todo impossivel. Um gajo madrugar desta maneira para fazer 260 km de carro ida e volta, pedalar 80km, ter dores, algum frio, sujeito a apanhar uma molha,gastar dinheiro.... ninguém compreende. Impossivel).

  Às nove em ponto (o sino da igreja deu o mote) começava o raid. Duzentos e picos participantes, dois deles em representação da equipa Proaventuras, que se distribuiriam pelos 80 ou 130 km. Não havia cá meias nem minis.



   A prova em si tem pouco que se lhe diga: um sobe e desce constante que arrebenta as pernas a um gajo, praticamente nenhuma subida ao alto (nem uma promessa anunciada se fez notar), estradões e mais estradões (tentaram um single track mas mais valia terem estado sossegados), e uma paisagem que roçou a monotonia mas que agrada sempre a qualquer amante do alentejo como eu. O velho hábito de partir no fim do pelotão com Rui Barbosa a alinhar, cedo percebemos ambos (coincidência) que estavamos em dia não. As pernas começaram a acusar aos...30km!!!! Isto só poderia significar muito sofrimento daí em diante. O que acabou por não se confirmar apesar das dores nas pernas seguirem às minhas costas.
  
    A prova:
    Pontos de abastecimento: fraquinhos (pouca variedade de comida e bebida)
    O trajecto: aquilo que a zona tinha para oferecer... Os 10km finais e a chegada foram o ponto mais forte.
    A Organização: marcações q.b., ausência de filas no levantamento do dorsal, banhos e almoço que é sempre bom. Muita gente nas intersecções com a estrada, gnr, membros da org. e escuteiros.Tudo funcionou bem. Gente muito simpática.



   Os 81 km aqui.
   

 

sábado, 20 de outubro de 2012

Comboio inter-cidades

20\10\2012
ciclismo

   Desenganem-se desde já aqueles que vêm aqui à procura de informações sobre a CP. O assunto aqui é bicicleta mesmo.
   Na véspera, num ameno convivio de shushi e shashimi, regado a sangria de sakê, sakê, vinho tinto e moscatel, fiquei a saber da existência de um tal comboio que aos sábados parte de Almada e ruma em direcção ao acaso passando por Azeitão. Um tal de TGV que vira inter-cidades. Eu que só por uma ocasião experimentei um regional, não podia ficar apeado.
  Agarrei no telemovel e ofereci mais um bilhete para esta viagem.
  Pelas 09:10h já pedaláramos até Azeitão e perto das 09:20h passou o comboio. Mal tivemos tempo de nos apercebermos do que era e não fossem os maquinistas, dois "séniores" bem identificados, a fazer sinal para que entrássemos e provavelmente não o apanhariamos.  Um sprint de rotunda a rotunda e em Vendas de Azeitão já fechávamos o grupo.
   Eram algo como 20 a 30 ciclistas a rolar num ritmo bastante interessante que de quando em vez dava um safanão, algo parecido com o estica e volta a encolher do elástico.
    Curioso era ver outros passageiros a entrarem enquanto que outros havia que abandonavam o comboio. Um autêntico corropio. Mas apesar de tanta mutação, no seu seio  ia-se bem com os maquinistas sempre a impor o ritmo. Os carros esses só tinham ordem para ultrapassar utilizando a faixa da esquerda. Ninguém encolhe o que permite rolar com alguma confiança e tranquilidade.
 

     Não fosse amanhã dia de maratona btt por terras do Alentejo (80km que nesta fase vão parecer muito mais) e teria ficado para ver onde o comboio me levaria.
     Cool, very cool.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

GP Arrábida - TTI

 14\10\2012
 Ciclismo


  TTI = time trial individual  (pensava eu)


   Já explico. Mas começando pelo principio.
   Depois da volta em grupo de sábado, a malta do btt baldou-se em barda e resolvi sair para a estrada outra vez, mas desta feita a solo.
   Confesso que estive quase para nao sair da cama e depois para nao sair de casa, com a desculpa de algum cansaço e de uma chuva anunciada para as 12h. Mas uma voz que puxa sempre mais forte e ecoa sempre mais alto fez com que caisse em mim e sai cheio de vontade.
   Para minha admiração as forças estavam retemperadas e posso mesmo afirmar que até me sentia melhor que o habitual. A bicicleta parecia pedalar por si só transportando-me  numa agradável manhã de Outono quente.
   O traçado escolhido foi o "Planando baixinho", uma rota tradicional mais para o plano.
   Com as ditas forças a quererem rebentar pelos musculos fora, fiz entoar a talega e rapidamente cheguei a Rio Frio. Tinha a convicção de nunca lá ter chegado tão depressa o que me motivou para continuar em força mas ao mesmo tempo levou-me a pensar que deveria acautelar o dispêndio de energias para não morrer no regresso.
   Fui sempre encontrando aqui e ali muita gente do pedal, tanto de btt como de estrada.
   Optei por comer em andamento para não quebrar o ritmo. Cautelas redobradas nestas manobras para o futuro, principalmente no que respeita ao embrulhar dos alimentos. Algo pratico recomenda-se vivamente.

    A seguir a Pegões rumo à Marateca, um forte vento frontal fez-se sentir. Vim a descobrir mais tarde que trazia consigo uma enorme carga de àgua que me ensopou até aos ossos.
    Por diversas ocasiões procurei o "limbo" sem nunca o ter encontrado.
    O "limbo" é para mim talvez das melhores sensações que se pode ter a pedalar. É quando a mente abandona o corpo para parte incerta mas o que deixamos de sentir é precisamente o corpo. Ou seja, deixamos a mente vaguear e sabemos que ela está precisamente nesse estado. Um Nirvana autorizado.
 
   Mas este estado não se domina. Não se entra nele por querermos, não se sai dele quando queremos. Somos completamente subjugados à sua vontade e só nos apercebemos que estamos nele quando... dele saimos! Paradoxo? sim, mas pura verdade.

    O melhor que o "limbo" tem é que o corpo descansa, pedalam-se km sem nos apercebermos das dores, do sofrimento, de nada. E a alma também, alivia-se de pensamentos, preocupações.

    Já perto de Setúbal apanhei um viajante. Um espanhol dos lados de Barcelona que partira de Sevilha para atravessar o nosso país rumo a Santiago e aos seus célebres Caminos. Distraido com a conversa, o catalão que ia arranhando um espanholês contra o meu portunhol, continuei numa toada forte e nem reparei que o homem fazia das pernas (e de um joelho dorido, segundo me contara o próprio) coração para me acompanhar. Afinal ele trazia alforges com mais 20 kilos dentro.


     A volta no garmin aqui


   Ah e no fim de contas, analisando o histórico, confirma-se que arranquei bruto. Cheguei a Rio Frio com menos 6 min que o habitual mas diluiram-se no restante troço. Talvez pela chuva ou por ter pedalado no dia anterior. Não é importante. É só mesmo uma curiosidade.

sábado, 13 de outubro de 2012

GP Arrábida - Proaventuras Team

13\10\2012
Ciclismo

 
   Um grupo composto por 8 elementos reuniu-se pelas 09:00h junto ao estabelecimento comercial do patrocinador da volta.
   Depois de chazinhos e torradas, cafés e bolinhos, foto paunlera para mostrar o orgulho de talegos, o grupo pôs-se em marcha.
    As conversas duraram até que o fôlego o permitisse, ou seja, até à subida do solitário. Aí perdemos dois elementos, um por blow engine e outro por solidariedade.
    Depois da subida ao Convento o pelotão reuniu-se no inicio da descida das antenas para se agrupar no seu fim onde viria a perder mais um elemento.
     O resto da volta foi feito ao rebolão e aos esticões, características próprias de amadores a tentarem rolar em solidariedade de esforço. Não funcionou mas também não matou ninguém.
   

     O strava aqui (nova aplicação para os picadinhos)
     O garmin aqui
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Doença Grave

- E então Sr. Dr.? já sabe algo sobre o meu estado?
- Sim, sei.
- Sempre descobriram então alguma coisa?
- Sim meu caro, sim.
 - E então...?
 - Bem, você sofre de Vicialeira.
 - Vicialeira Sr. Dr.?
 - Sim, Vicialeira.
 - E o que é isso afinal Sr. Dr.?
  - É um sindrome interno que se instala no cérebro e se propaga pelo corpo todo. Começa por uma pequena sensação que pode ser logo forte em alguns casos, e aos poucos e poucos espalha-se por todos os orgãos, pele, vasos sanguineos, pulmões, coração, etc. É complicado explicar mas penso que já dá para ter uma ideia.
  - Ahhh sim... acho.
  - Pois. Não é detectável em análises sanguineas, nem elctrocardiogramas, nem em raio-x, nem tac´s, nem sequer em ressonância magnética tão pouco. Mas os seus sintomas são claros.
  - Diga-me doutor, é grave??
  - Muito!
  - E tem cura Sr. Dr.?
  - Não.
  - Então e o que posso eu fazer??
  - Bem, vai ser preciso muito da sua convicção e força, reagendamento e planeamento da sua vida pois daqui em diante ela não mais será como era. A família e os amigos, bem como os colegas de trabalho e todos os que o rodeiam terão de ser muito cooperantes e compreensivos também. Não comparecer em festas, eventos sociais de quando em vez é certo.
  - Compreendo Sr. Dr...
  - Espero sinceramente que, caso não haja nenhum infortúnio, que a Vicialeira o deixe ser feliz até bem ao fim da sua vida. Você será muito feliz. Como se sentiu nos últimos anos?
   - Muito feliz Sr. Dr.
   - Pois. É sinal de que ela já aí andava!
   - Ah, a sério?
   - Sim.
   - E terei que seguir algum tratamento?
   - Vou desde já receitar-lho. Leva aqui este receituário. Quero que faça o quanto lhe apeteça. Ciclismo, btt, aulas de cycling, em grupo, sozinho. Faça como queira, mas pela sua saúde pedale homem, pedale.
   - Sim Sr. Dr. Fá-lo-ei escrupulosamente!!


   In Wikipédia: "Vicialeira - doença do foro desportivo que ataca o ser humano tornando-o obtusamente viciado em pedalar. Manifesta-se de muitas formas das mais discretas até às mais exuberantes como por exemplo alguém que não consegue parar de falar no assunto ou que está sempre a comprar bicicletas, peças e acessórios. Pouco mais se sabe sobre a Vicialeira mas os últimos estudos publicados por uma Universidade do Michiggam remetem a origem da sindrome para ..."

  

      Dedicado ao mais bravo de todos os gaitos.

     

 

sábado, 29 de setembro de 2012

Exame escrito

 Sabado, 29\09\2012
 Ciclismo
Setubal-Vendas Azeitão-Qta Anjo-Pinhal Novo-Setubal-Mitrena-Alto da Guerra-Setubal

 
  Exame escrito:

 1- Qual o nome do track que vai e volta ao Cabo Espichel que queria fazer e que colocou no garmin?
   R: planando baixo

 2 - Verificou de véspera a temperatura climatérica?
    R: vi só que não ia chover

3 - Verificou a velocidade do vento?
   R: vi só que ia chover

4 - Verificou a bateria do mp3?
   R: não

 5 - Identifique e descreva os vários tipos de ciclistas
    R: há os Pantani que são os carecas e pedalam bués
        há os rangos que são normalmente de tronco muito largo quase ou mesmo pró gordo, metem os ombros para cima e arqueiam os braços
       há os metricossexuais que têm a bicicleta a condizer com a roupa e os sapatos e o capacete, tudo da mesma marca
       há os carcaças que são os velhos todos secos e que têm bicicletas vintage muito bem estimadas
       há os nestinhos que são uns curiosos que aparecem de t-shirt, tennis de futebol, pedalam com os pés dez prás duas e alguns sem capacete
       há os bicharocos que são os que pedalam pa cacete e passam pum gajo que até parece que estamos parados
      há os picadinhos que passasm pum gajo a matarem-se todos e depois um gajo tem de os passar ou que um gajo passa por eles e eles não descansam enquanto nao voltarem a ultrapassar
      há os mete-nojo que nao falam nem olham pa ninguem (muitas vezes são inseridos na categoria bicharocos e principalmente metricossexuais
    há os nénadas como eu e que são a larga maioria.



   Nota:
   Não Satisfaz --+-
   O aluno errou nas 4 primeiras perguntas revelando estar bastante mal preparado. Apesar de ter acertado na 5, o que evitou o Não Satisfaz Bastante ---, a matéria base e vital encontrava-se nas anteriores. A não inserção de uma fotografia ou várias também revela total desinteresse na resolução deste teste.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Idos de Setembro

 25 de Setembro de 2012

 Carrega no play. Abre a tua mente. Abre o teu coração. Escuta. Escuta um pouco mais. Respira fundo. Abre a tua mente totalmente, toda a tua mente. Expira lentamente, mais lentamente. Escuta um pouco mais.
  Lê simultaneamente, docemente.

  

  Sigo sempre aquele fio preto, tal rio que corre por debaixo de mim. Não me leva a nenhum lado e leva-me a toda a parte. Mas se chego a alguma parte é porque ele corre em mim. Ou corro eu nele? Eu preciso tanto dele. Ele não precisa de mim.
   Sigo sempre aquele fio preto, tal rio que corre em mim. Sigo sempre sem saber para onde vou e por onde vou. Sigo sempre sem saber se volto. O regresso é incerto e é certo que é incerto. Muitos vão e já não voltam. Eu volto.
   Mas se volta não volta não volto, sei que aquele fio preto, tal rio que corre por debaixo de mim, que corre em mim bem dentro de mim, levou-me decerto ao incerto. Não volto. Não me importo!


   Este pequeno texto é dedicado a todos os ciclistas que morreram e morrem na estrada. A paixão de fazer aquilo que é uma paixão perdoa-nos a morte.

 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Corrida contra o Sol



Estado puro. Não corro contra o tempo. Não tenho conometro. Nem sequer relógio. Reparo na sombra que cresce ao meu lado e desenha os contornos do meu corpo nas sebes que ladeiam o meu caminho. Segue fiel como sempre, como nunca me há-de abandonar. A estrada inclina e tenho tempo para observar. Do lado oposto o Sol desafia-me para um duelo olhos nos olhos. Avisto-o ao longe e vejo-o esgueirar-se cobardemente no horizonte meu enquanto a noite anoitece sorrateiramente. Perde. No  meu horizonte não tem mais espaço. A serra acolhe no seu ventre o mar. Tenho pouco tempo para regressar. O tempo não parou mas eu queria que parasse sem que eu parasse, sem que a Bebel parasse. Estado puro. Corro contra o Sol. Ele ganhou.

http://connect.garmin.com/player/224372154

domingo, 9 de setembro de 2012

Férias "é" férias

  Ahhh não há nada tão bonito como pedir um Favaito!
  Nahh, nada disso:não há nada tão bonito como escrever no singular plural. Nem sei como não incluiram esta medida no novo adormecimento ortográfico. Um grande lacuna, sem dúvida.
   "é dois cafés, fáfavor" ou "é os jogadores que jogam" são frases que merecem toda a admiração construtiva e fazem tanto parte do nosso quotidiano que é mesmo um crime não considerá-las correctas.

    Bem, mas férias é férias o que quer dizer que só para a semana é que ligo o contador e começo a actividade física.
    E o Contador lá ganhou a Vuelta. É contadores a montes..

sábado, 18 de agosto de 2012

Óliday

 É tempo de fazer as malas. O dia do Óli está aí. A bicicleta também vai osbiviamente. Será btt ou será estrada? btt incorre numa das zonas de centro de btt e estrada terá de ser para subir a mitica Serra da Estrela.

  Aqui por casa o ritmo de treinos diminuiu drasticamente quase até à sua extinção mas vou agora mesmo para uma longa estradola. Actualizações dentro de momentos...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

bttolas

 12\08\2012
 Btt - Arrábida

    Muita gente a faltar à chamada para uma das últimas voltas da época. Compareci eu mas o comparecido russo mais o comparecido turtle.
   Desde cedo se fez ouvir que a preguiça era a mãe de todas as vontades naquela manhã à excepção do russo que estava desalmado.
   As primeiras pedaladas foram feitas em pura galhofa. As segundas também e as terceiras idem. Rire, rire e maise rire mas sempre a ouvir-se a preguiça.
   russo foi o galhardo mais forte e deu bailinho no par de sonambulos.
   Para que o bicho saisse de cena em grande resolvemos ir logo ali pra casa, isto a seguir ao fio dental.
   Km?? na sei... Teremos feito um??

   Ca podre.

domingo, 12 de agosto de 2012

Super volta nova ou o Paraiso aqui tão perto.

11\08\2012
Ciclismo


    There´s a new hero in town!
    Super volta nova ou o Paraiso aqui tão perto é um novo traçado feito previamente em casa antes de ser testado. E foi testado e aprovado. Tem um misto de alcatrão já conhecido e uma parte de novidades que souberam tão bem mas tão bem que é de louvar a sua descoberta. O único senão é que depois de percorrer os novos mundos em que quase não há automóveis, voltar à Terra é um pesadelo. Mas é impossivel regressar a casa sem os percorrer. Contudo fica registada como uma das voltas preferidas. Sei que quando pedalamos num local novo há sempre outra dinâmica e outro entusiasmo. Mas esta foi sem dúvida uma boa volta.

   Junte-se-lhe um novo recorde pessoal (4.49h a pedalar) e posso afirmar que cheguei a casa de barriguinha bem cheia e à chegada a subir a avenida de sempre apeteceu-me fechar o zipper do jersey. Não o fiz mas serrei um punho, ahahahhaha.
   Se doeu? doeu!
   Se fez calor? fez calor!
   Se custou? custou!
   Se gostei? adorei!

    Importante: muito liquido e muita comidinha.

    O track gps? não o divulgo para já mas também não é preciso. Just follow the tomatos. Ele os houve um pouco por todo o lado caidos pelo chão.
    Então e um gajo que no meio do nada me pergunta pelo caminho para Santarém??? Senti-me como se estivesse no meio do deserto e tivesse de lhe explicar onde ficava um oásis.... Loucos, loucos.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Treino da bandeira invertido

  08\082012
  ciclismo

   Mais um treino de curta duração pois não houve tempo para mais e a dar uma sova numa volta já existente. Excelente a velocidade média a contribuir para tirar largos minutos ao tempo anterior.
 

    Entretanto e porque isto tem levado mais texto que outra coisa, aqui fica uma imagenzinha pa descansar a vista.
 
 

sábado, 4 de agosto de 2012

Volta Balão

04\08\2012
Ciclismo

  Os dois suspeitos do costume, eu e turtle, de regresso a uma volta acima da marca 100 (finalmente).
  Sem qualquer imaginação e para o fim com alguma pressa no regresso porque nos esperava um belo de um almoice, o traçado saiu uma coisa esquisita com mistura de alguns percursos pré-feitos. Uma espécie de manta de retalhos.
   O turtle tá numa forma do camandro e por isso o ritmo foi puxadote. O vento nao ajudava e mesmo quando seguia na sua roda sentia-lo com força, principalmente porque soprava de lado. Já mesmo para o fim custei caro a acompanhar.
   Veja-se que a outra volta que fiz por Cabrela tem uma velocidade média de 24,2 e esta subiu para 25,5 (dois gajos a coisa rola melhor mas hoje estava definitivamente muito vento..).

    Sempre a improvisar, no regresso virámos para Algeruz e mesmo a chegar a Setubal ao passar pelo Cemitério, o mp3 brinda-me com Dave Matheus no seu tema Gravedigger. Fdsssss que ele à coincidências de arrepiar. Juro!

   Os dados do garmin aqui.

    O almoço e uma sesta no jardim foram merecidos por estes bitchos!

Duas pra dois

  Sexta-feira, 03\08\2012
  Ciclismo

     Desenganem-se aqueles que vêm já lançados a ver gajas e quê. O titulo nao tem nada a ver com isso. Mas podia.
   São 2 horas para 2 gajos treinarem em ciclismo numa volta meio à nora com muito vento à mistura de tal ordem que não foi possivel subir ao Convento na Arrabida. Em compensação houve direito a descer ao Portinho (mesmo até lá bá ao restaurante) e subir. Mais um mito que caiu por terra depois da subida de Sesimbra.
   Por mim venha a Sra da Graça.

    Os dados da volta aqui

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Doble Scott

 Terça-Feira, 31\07\2012
 Ciclismo

   Qual é o melhor dia para casar sem sofrer nenhum desgosto??? é o 31 de Julho porque depois entrágosto...
   O Quim é que sabe e o Quim é o maior!
   Casaram-se duas Scott´s e sairam siamesas para a rua.
   A volta começou um pouco atabalhoada sem sabermos bem para onde ir mas no fim lá se fez qualquer coisa de jeito e o "boneco" (ver aqui) até ficou uma coisa tipo o circuito de "Òkanaine". O circuito de F1 é bem conhecido por ser um dos mais rápidos do mundo. Assim também o foi esta volta. Com companhia é sempre mais fácil "cortar" o vento.

    As férias estão aí à porta. Este mês abandono o gim. O btt também está para acabar. Restam umas voltinhas de estrada e tenho um projecto no bolso mas a ver vamos se ainda conseguirei executá-lo antes do final de Agosto senão ardeu a tenda.

   "porra pá... tive que ultrapassar o carro pela direita" - turtle logo após descida das Necessidades.

   

sábado, 28 de julho de 2012

O ciclista que não rapa as pernas

Sábado, 28\07\2012
Ciclismo

 
    Era uma vez o ciclista que não rapava as pernas....
    Esse ciclista sou eu! Penso que serei mesmo o único e o último dos moicanos compelados. Tenho quase a certeza que quando passam por mim vêmme como um gajo qualquer que sai para a estrada de quando em vez, um zé que pegou numa bicicleta e veio dar uma voltinha, um cromo com um ganda canhão da Scott. Terá sido isso que pensou hoje um rapazito na casa dos quarentas, com uns gémeos que pareciam a minha cabeça, quando me ultrapassou em frente ao Leo Taurus para desaparecer no horizonte até perder de vista.
    Sinceramente pouco me importa o que pensam. Eu gosto dos meus pêlos nas pernas e sobretudo gosto de pedalar. E tanto quanto sei, os pêlos ainda não interferem na aerodinâmica e se interferem a minha bicicleta compensa o facto de eu ter pêlos. Em Azeitão apanhei os gémeos rapados. Afinal parece que os pêlos nas pernas pedalam. 


    Hoje a N10 parecia uma ciclovia com gente pra cá e gente pra lá. Tanta gente de bicicleta por aí desprotegida. Setúbal e arredores não faz (praticamente) nada pelos seus. Que desperdício.

    Não se aparentava vento e nestes dias assim há que aproveitar e ir ao Cabo. Foi o que fiz. Manhã fresquinha com direito até a uns pingos de chuva perto de Santana.
    Descer até ao "calçadão" de Sesimbra e subir do zero até aos 190m foi tranquilo (pensei que fosse pior).
    Sinto a forma a ir pelo canudo ou é a vontade de ir de férias a apertar. A ideia para esta volta era outra mas foi o que se arranjou (95 a 100 km com subida ao convento no regresso) dado ao avançar da hora.

   Não sei que nome dar a esta volta. O desenho não sugere assim nada de especial. Aceito sugestões. Deixem o vosso palpite. Os dados e o "boneco" aqui
    Entretanto de véspera virei o avanço do guiador ao contrário para ganhar alguns milimetros preciosos e tentar acabar com a dor do pescoço. Senti melhoras. Esteticamente a Foil fica mais feia e no terreno a descer principalmente perde um pouco da postura agressiva que tanta pica me dá. Mas não se pode ter tudo. Ainda é um aspecto a rever. Para já fica assim.

    Era uma vez o ciclista que não rapava as pernas. Esse ciclista sou eu!

 


terça-feira, 24 de julho de 2012

Soft mode

Domingo, 22\07\2012
Btt - Arrábida

   O grupo continua a "internacionalizar" e a trazer novos riders a este mundo.
   Desta vez, contámos com um canadiante (mistura de canadiano com emigrante) Dádinho com um grande acento no A, e com um ex-bomba, trina dos ginásios que parece querer parar de amolgar ferro e começar a  pedalar.
   Também apareceu um tal de bullas a quem passaremos a chamar nestas coisas do btt de natal. Porquê? porque o home é comó natal, aparece uma vez por ano.
   Eu e turtle ficámos com a tarefa de arranjar bicicletas e equipamento para esta parelha nova. Sapatos de cleats paqui, camelbaks páli, luvinha coise, calçãonete com almofadinha pó cócó.
   Uma ou duas explicações e serra acima numa volta que se queria soft pois a semana fora deveras cansativa (ainda no sábado foram 80km de manhã e um futebol 7 à tarde. Vale que este não foi mt puxado) e porque o exbomba também aparentava cara de quem não ia longe.
 
    Assim escolhemos o passeio turístico "Viagens Marranita", programa especial para reformados e outros idosos, apenas a roçar aqui e ali em pequeníssimos resquícios do que é btt a sério. Pouquinha subida para não moer a pernoca laroca e trilhos simpáticos para quedas confort.

    Se o canadiante mostrou pernas e jeito, ja exbomba vai ter um processo de ambientação bem mais lento. Náh pressas.

    Houve assim ainda uma espéce de convite para ir ao canadá quando o local hero descobrir uns trilhos. ATÂO VAMO LA DAR UMA AJUDA AO HÒME:

  


  PA MIM CHEGA ISTO, UM CANTINHO PÁ SOSSEGA E UMÁMBUGA!

sábado, 21 de julho de 2012

Le Tour stuff

Iamos 4 sair para a estrada mas parece que só vou eu...
Ao pequeno-almoço saiu isto:

O Tour é muito mais do que homens em cima das suas bicicletas e só estando presente no local dará para perceber o mundo que nele existe.
 Veja-se por exemplo a loucura da publicidade:

   

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Post x2

terça e quarta-feira

   Terça:  2 HORAS COM SERRA 1 horinha de ginásio e depois sai para a estrada. Subir à serra com um calor abrasador, quase sufocante foi uma experiência nova que até nem custou muito. A pior parte foi mesmo a àgua a aquecer dentro dos bidons. Argh!
   Talega em pedalada vigorante para forçar bem a perna. Foram 20 min aproximadamente a subir ao cume pelo lado da Sécil.
   Bom bom foi ver o granel armado nas praias da serra. Conclusão: o povinho está cada vez mais parvo. Como a partir das 19:30h o regresso já não obriga a saida pelo lado de Azeitão, fica toda a gente até mais tarde na praia. Resultado? sai tudo à mesma hora e o congestionamento automobilístico é caótico. Tudo a fazer sauna dentro do pópó e o mangas a passar de fininho. Fdssss, é que são mesmo burros!
   O trânsito afectou um pouco a média da velocidade.
    Tenho quase a certeza que vi um rabo de raposa cortado. Como é possivel????
    Os vasos da merda a gritar pela janela contra o meu esforço também foram aos kilos, mas a esses só lhes desejo uns bons cigarrinhos no pulmão.
   Ele há dias em que um gajo se revolta mas este nem é o caso, à excepção do rabo da raposa.

    Todos os dados aqui.

    Quarta:TREINO DA BANDEIRA - pouco menos de 1 hora de ginásio e mais uma escapadela desta feita para o lado oposto em terreno plano para esticar os músculos. Algum vento mas muito menos calor. Com o Sol a bater de frente pela 20:00h da tarde quase não via nada e deixei-me levar pelo hipnotizante rolar da roda dianteira e do alcatrão a passar rápido por debaixo, com uma playlist maravilhosa nos ouvidos. A cabeça foi para outro lugar. Bom, muito bom!

     dados aqui

domingo, 15 de julho de 2012

Mais um domingo qualquer

15\07\2012
Btt - Arrábida

   Depois de uma semana que se pode dizer com alguma intensidade fisica considerável, que culminou com uma futebolada 11 no sábado e a habitual pedalada de domingo, incorro em algum cansaço que rápidamente esqueço confortavelmente deitado no sofá a ver os verdadeiros "bitchos" do Tour.

   Quanto à volta de hoje pudemos contar com um grupo composto de 4 sendo que um deles era um Angela Merkel que veio pelas mãos do turtle. Tudo bem até aqui. Mas quando pusemos os olhos na sua montada é que a coisa piorou.
    Insistimos por várias vezes que levasse uma outra bicicleta (que até havia disponivel) mas o home foi fiel à sua cavalgadura e recusou.
    O que é certo é que com mais ou menos esforço fez tudo a que tinha direito o que incluiu subir o "cai de costas" naquele ferro de pau, e descer umas coisas jeitosas sem qualquer espécie de amortecedor, mola, almofada, nenufar, etc... Um alemão duro.

     E mai nada que 47 km e 900 m de acumulado.

    Boa tarde e um queijo.
     Ah sim, e estou cheio de vontade de ir pástrada: Páestrada, páestrada, sobraterra e sobre umar.... pástrada, pástrada, contrós canhões marchar marchar!

terça-feira, 10 de julho de 2012

A habitual domingada

08\07\2012
Btt Arrábida

  Um grupo composto por 2 elementos menores de 18 anos obrigou a moderação, não nas palavras mas nas pernas.
  Tinha ideia de trepar umas ladeiras bem jeitosas mas resolvi mudar a coisa, mantendo só o fim-do-mundo. Contudo até este foi por água abaixo para se ir fazer mais um ou dois singles onde o mcossos quase se estampava outra vez. Fosga-se.
   De resto tudo normal.
   Sem dados porque nao sei do ciclocomputador, vulgo VDO 1.0.

    Amanhã há nocturna outra vez!

sábado, 7 de julho de 2012

E o vento continua

07 de Julho de 2012
ciclismo

   Muita incerteza quanto ao real estado das minhas pernas. Os últimos dias acumularam algum cansaço e fadiga. Valeram uma aula de spinning ontem só para rolar e alguns alongamentos.
   Depois das primeiras pedaladas, deu para perceber que a coisa até ia, melhor sentado do que em pé, diga-se, ao que a volta fez-se por caminhos planos.

   Pelo meio um ligeiro ajuste no selim para tentar resolver uma dor no topo da cervical. Parece-me melhor mas se calhar ainda será preciso um avanço mais reduzido.

Diz que à beira da estrada as prostitutas são mais baratas...
... mas isto não é prostituição.


    Em comparação com a mesma volta feita à dois anos atrás chego à conclusão que a nivel físico estou.... na mesma com a diferença de ter uma bicicleta mais de dois mil euros mais cara: comparação aqui.

   Mas em defesa do atleta há que referir que hoje estava um vento de frente bem puxado (à dois anos atrás não me recordo mas já vou ver o post, se é que o fiz).

    Nada mai a assinalar a não ser que ficou a vontade de pedalar mais! Venha mais!

 

domingo, 1 de julho de 2012

À noite todos os gaitos são parvos

 Sexta-feira, 29\06\2012
 Btt

  O ditado não é bem assim mas é mais coisa menos coisa.
  Tocou a reunir morcegos e pirilampos para um raid nocturno.
   A montagem dos apetrechos luminosos criou um burburinho e agitação. Valeu tudo para amarrar qualquer objecto luminoso ao guiador, ao capacete, ao selim, à testa, ao cabelo, and so on and so on..
   Depois foi a vez de uns pedais de uma Santa que não queria sair. O tempo ia passando e um gajo já gritava "por amor à Santa, vamos embora carai.." Como os pedais não sairam, em vez de se mudarem os pedais, mudaram-se os cascos do rider.
  Eram nove coise e tal quando saimos.
  Cada um gabava a sua parca luz e foi só ao chegar à Cobra que deu para perceber quem não via corno e quem ia enfrentar os bois plos cornos.
  Ó pra eles:



  Tudo o resto foi uma imensa escuridão. Pratos fortes? o fio dental e o tanque feitos a rasgar a darem a sensação de que a qualquer momento sairia tralho e que até parecia por vezes estar em trilhos novos.
  Muuuuuiito bom!

Trio Talega

domingo, 01 de Julho de 2012
ciclismo

 O vento era algo que se fazia sentir... e preocupava principalmente porque o cerne do dia era subir à serra. Subir e com vento custa e descer com vento é um pouco mais perigoso.
 Um pequeno grupo de três fez-se ao bife e como a volta ia ser curta, a pedido do mestre tocador, lancei o desafio talega a volta inteira.
  E assim foi numa voltinha ao quintal. Foi bom subir pela Sécil a bom ritmo e regressar em ritmo de amena cavaqueira e bate papo.
  Muita gente na estrada a aproveitar uma manhã não tão quente quanto isso e afinal o vento até nem esteve assim tão bera.
 
   Os dados do garmim aqui.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Calor e siga...

Domingo, 24\06\2012
Btt

  3 riders aventuraram-se na veraneana pedalada. Anda muita gente na baldaria.
  O calor começou a fazer-se sentir logo cedo e os estragos começaram a ser visiveis.
   A volta nao teve sobressaltos de maior. Pouca gente na serra, poucos km nas pernas, mas ficou-me vontade de fazer mais.



Terça-feira, 26\06\2012
ciclismo

   Ginásio 20 min de musculação e pouco mais que o tempo fugia. Optei por sair para a estrada virando costas à habitual aula de cycling.
    Sai decidido e cheio de sangue na guelra e muitos liquidos na "algibeira". O calor era tamanho que até a àgua dos bidons ficou morna.
     Na subida da Cubata apanhei um companheiro que ao ver-me (leia-se ao ver a Foil) iniciou um interrogatório. Tinha acabado de sair da Bikezone e namorara uma do género senão a mesma. A sua maior preocupação era saber se valia os euros investidos e vender a sua actual montada. Despedimo-nos na Volta da Pedra (o rapaz ia fazer um treino suave porque brevemente tem uma maratona de 24h. Sai dali com o rabinho entre as pernas) e fiquei com a sensação que a Bikezone vai vender mais uma bicicleta.

     Meio atabalhoado lá fui decidindo a rota sempre a carregar na talega. Ao chegar ao Poceirão trazia a preocupação de ver um céu a esconder o sol o que àquela hora, 20:30h, era sinal de perigo para circular sem luzes, quando nestes dias de semana anda mais gente na estrada, e mais apressada e stressada por sinal.
   No turn back point em Águas de Moura o vento resolveu aparecer....de frente (como sempre, certo?) e a minha pedalada vigorosa tornou-se mais lenta muito contra a minha vontade. Ainda assim serrei punhos e dei o que as forças me permitiam.
  Cheguei um pouco mais cansado do que previra mas este vento....enfim, estraga muito do gozo.
  Ao ver os dados do garmin não pude deixar de ficar surpreso: 52km em 1:46h e velocidade média de 29 km\h????

   Tudo completo aqui


sábado, 23 de junho de 2012

Tour de France 2012

 Para dissipar todas as dúvidas aqui fica a data oficial do Tour de France:

   30\06\2012!

   Tá casi casi!

  O site oficial com toda a info:

  http://www.letour.fr/us/index.html

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Maratona Elvas 2012

10\06\2012
Btt - Elvas




    Era a prova que faltava no curriculum. Praticamente sem desculpas de não a ter feito antes.
    Na belíssima cidade de Elvas só poderia haver lugar a uma belíssima maratona de btt. Na realidade o trajecto passou por vários pontos de interesse tais como o Guadiana (parecia um postal) e sua margem, a Barragem, o Forte, entre outros. Foram aqui e ali aparecendo a cortar a habitual paisagem alentejana que saltita entre os longos trigais, olivais e outros ais e gado, muito gado.
    Quase sempre num sobe e desce e muito poucas zonas técnicas (ausência total de singletracks) o que é sempre uma pena, bafejados por uma manhã que começou fresca mas que viria a aquecer, as principais subidas guardavam-se para o fim e se o empeno já ia em altas, as duas últimas subidas bem coladas uma a seguir à outra, rebentaram com o resto e não me permitiram gozar das vistas finais que bem mereciam dois olhos de ver, já que o traçado permitiu-se a modos que passar pelo interior do Forte e pelas lindas e históricas muralhas da cidade.
    Muita espanholada pelo caminho, tantos tantos que até houve membros da Org a abordarem-me em espanhol (a bicicleta ser Mérida não ajuda eu sei...).
    O estoiro fisíco deve-se essencialmente à falta de comida. Um crime praticado pela Organização que não a colocou à disposição nos P.A. Agua, banana e laranja foi o que encontrei. Valeu-me uma barra e um gel que levara à precaução mas que foi uma gota de àgua num oceano de esforço e carência energética. Não se faz e a prova merecia muito, mas muito melhor.
   De salientar ainda a passagem por um terreno em que os enormes calhaus à superficie nas suas formas imponentes e arredondadas (sim, arredondadas) deram-me a sensação de estar a pedalar num planeta desconhecido. Lindo!

   Os 80 km anunciados deram lugar a 85 na realidade. Incha porco.

   Os dados todos completos no garmin aqui

    Dificuldade física: 4,5 em 5 (talvez não fosse tanto se houvesse paparoca)
    Dificuldade técnica: 2,5 (algumas subidas exigiram técnica já que as descidas raramente obrigaram a grandes artimanhas)

    O melhor: todo o traçado da prova, as marcações, a quantidade de membros da Organização e GNR nos cruzamentos e outros pontos e sua simpatia, a pontualidade e funcionalidade do Secretariado.
     O pior: os PA- Pontos de Abastecimento sem sólidos é autêntico suicídio.
 
   Frase que a marca: são duas "elah, deixem passar este que é dos duros..."
                                              "ó pai mas disseste que já não havia mais subidas" ao que respondi pelo pai "isto não é uma subida, jovem, isto é uma estupidez" - na ultima rampa perto do fim.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ginásio na rua

30\05\2012
ciclismo

  Semana a puxar bem para fazer compensações (no domingo faltei à chamada do btt e na sexta, sábado e domingo vou encostar novamente).
  2ª feira: treino musculação + 1 hora cycling
  3ª feira: treino musculação + 1 hora cycling
  4ª feira: ciclismo na rua. A ideia até era fazer hora e meia e depois musculação mas o tempotrocou-me as voltas e sai para a estrada já tarde mas já com a nova forqueta de carbono (a anterior veio rachada de fábrica). Mas sai e sai com força e disposto a vergar a mola.
    Rumei ao alto da serra pelo lado da Sécil e só naquela resolvi deixar-me ir de talega. Quando a estrada fica a descoberto, já bem perto do alto, e o vento sopra de frente, a talega parece que nos empurra para trás. Que estrebucho.
   Curioso o facto de ter visto muita rapaziada a treinar rampas neste local: subiam e desciam. Fui mesmo o único a seguir em frente e não encontrei mais ninguem a não ser esta menina:




 
 Depois foi continuar até Azeitão sempre a puxar e virar para Cabanas, Qta Anjo, Palmela já com as pernas a picar e alguma sede (um bidon de Isostar revelou-se "poucachinho".
 Já a descer forte para Setúbal o habitual gozo de dar 15-0 no trânsito daquela hora de fim de dia, principalmente naqueles picadinhos automobilisticos que não gostam de se verem ultrapassados por uma bicicleta. Bigode mesmo otários!

  Não posso deixar de me surpreender com o facto de ter registado uma velocidade média de 26,3 (em comparação com a velocidade média da volta boomerang anterior realizada com o turtle ou outras).    
  Impressionante também o registo e NOVO RECORDE de velocidade máxima: 74 km\h.
   Registo novo máximo também no RC médio: 136.

    Um treino fora de portas num dia de semana cheio de potência!!
    Amanhã venha musculação + futsal e depois um fim-de-semana de papo para o ar.

   A volta no garmin aqui.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Boomerang a dois

27\05\2012
Ciclismo

  Sai mais uma etapa plana ou quase (o track Boomerang ainda assim contempla +\- 800m de acumulado), mas desta vez com a companhia de turtle.
  Duas Scott´s a rolar um pouco mais forte que o habitual até ao Cabo Espichel.
  Perto de Alto das Vinhas rebocámos um "intruso" e seguimos os 3 até à rotunda da Cotovia, onde acabaria por nos deixar para rumar em direcção à Serra. Este não era o dia para me fazer à serra ao que turtle concordaria mais tarde (no finzinho da volta mesmo).
 
   Mai nada meme a assinalar. O resto é o costume.
   Ciclismo de manhã, super-etapa de decisões do Giro à tarde, jantar ca malta à noite.... like a baussss meme!!
 
    No domingo a Gt não quis pegar e lá se foi o btt...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Hell on Wheels

  De entre tantos momentos arrepiantes que o filme espelha, é o último momento que mais me marca.... (continua no fim da página mas ler só depois de ver o filme todo)

    " why didnt i became a surfer?"
                                    Erik Zabel




    






   ....quando no final das contas Zabel e Rolf, completamente abandonados, vendo ao fundo o vencedor cercado por jornalistas, apesar de tudo, montam nas suas bicicletas e saem de cena pedalando, porque "AFTER ALL THEY ARE CYCLISTS!!"

domingo, 20 de maio de 2012

Menos uma

A ressaca do Setúbal-Sagres continua. Aliada à semana de férias, não tem havido lugar para pedaladas. Ontem houve futebolada.

 Entretanto a familia foi reduzida a menos um elemento. A Masil já foi. Vai deixar saudades.

  Ainda reportanto à última maratona:


estilo


algum estilo



estilo embrenhados no mato



estilo perái que já tapanho.





estilo tou todo roto (não confundir com o estilo "sou roto")


muuuuuito estilo


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Setubal - Sagres Parte I

 Expedição ProAventuras
 Objectivo: Setúbal-Sagres em Btt

  O plano final que ditava a rota estava dificil de cozinhar. Foram necessárias várias reuniões e plenários para que se chegasse enfim a uma conclusão. Assim bem ao estilo das imaginadas que se passam no governo, mas pelo menos estas foram na sua maioria em estilo conference call rápidas poupando-se dinheiro e em jantares caseiros.
   Tudo começara a ser cozinhado 2 meses antes mas no fim-de-semana que antecedia a partida, uma gripalhada (a segunda no espaço de mês e meio) quase deitou tudo por terra.
   Uma alteração de planos ditou que o traçado inicialmente escolhido fosse posto de parte para ser substituido pelo já famoso Troia-Sagres, ou neste caso, Setubal-Sagres com algumas alterações como veremos no final.

   E segunda-feira, 14 de Maio partimos, isto depois de um almocinho moderadamente regado com prestação de assistência técnica pelo meio a um "atleta" local.
   O compadre em questão, vendo duas bicicletas à porta de uma casa de pasto entra em busca de uma bomba de ar. Dizia-se vitima de uma brincadeira, fruto de confianças a mais.

   Dois gajos, duas bicicletas, um gps marado e muita vontade de pedalar, comer e beber!



                                     (continua)