segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Troia - Sagres 2013

A incerteza vivida nos últimos meses mantinha-se presente firmemente na minha cabeça. O quadro clínico traçado uma semana antes não agoirava um dia pleno.
  Deitei-me com ela, dormi com ela, levantei-me com ela e levei-a comigo em cada minuto do dia. E foi esse minuto a minuto, talvez, o meu maior tormento.
  Tudo começou ainda nas férias quando no último de três treinos alentejanos o joelho direito acusou dor. Salto no tempo até ao sábado passado poupando a lenga lenga habitual das lamurias lesativas. Já bem farto delas estou na vida, não vale a pena perder tempo a escreve-las e le-las.
   Já naquela altura o assunto Tróia-Sagres saltitava entre conversas. Ao que parece o evento em questão é para muitos uma espécie de objectivo principal do ano. É visto como prova onde só os duros se aventuram, uma jornada épica que pode durar entre seis a oito horas, mais ou menos consoante a capacidade individual (ou de grupo) de cada um.
   Não é de espantar portanto que este ingrediente apimente a curiosidade e a vontade preponderando a tendência para o aglomerado que o ser humano em geral tem para coisas do género, e às seis da manhã era ver o acondicionamento do parque automóvel da zona de embarque dos Ferry´s em Setúbal a encher, alimentado por um filão de carros, carrinhas, autocarros, peões com bicicleta na mão, ciclistas, tal formigas de volta do formigueiro. Um autêntico frenesim a que só três ou quatro barcos darão vazão até que todos tenham alcançado a outra margem do rio azul que em certos dias tem a mesma cor do céu.
   Outros há que vêm de Este e de Sul ao que é perfeitamente normal que também a outra margem vindime cachos e cachos de participantes que se juntam aos mosto que os “grandes barris” Ferry´s vão descarregando em Soltroia.

   Não há organização. Não se trata de uma prova nem de um passeio ou de qualquer outro tipo de evento. É simplesmente um movimento que tem crescido no tempo e no número de intervenientes ano após ano. Começou com um apenas. Hoje há quem sublinhe serem mais de 3 milhares. É impossível contabilizar.
   Aquilo que foi e é a causa honrosa de um homem, virou a de muitos. Certamente que os motivos que levam os milhares a participar serão os mais diversos, tal não seja que provavelmente uma pequena minoria nem saberá a origem de todo este aglomerado.
   Não há hora de partida. Não há uma linha de partida pintada no alcatrão. Não há insufláveis, nem placards de publicidade. Não há musica em altos berros nem em baixos. Não há um megafone a gritar instruções. Nada.
   No escuro da noite vão brotando das bermas para a estrada pirilampos formando um afluente longo, interminável e iluminado de ínfimas luzes brancas e vermelhas intermitentes ou permanentes.
   A impaciência rapidamente é transformada em pedaladas firmes. O som é o de enxame enorme. É ouvir as correntes a rolar nos carretos, as mudanças a estalar, os cubos a zunir. Uma sinfonia que bem poderia ser de uma orquestra em ensaio ainda nos preparos de afinação.
  A estrada está repleta. É ver ciclistas a perder de vista até ao horizonte. Ainda que seja noite cerrada já se distiguem as suas silhuetas contra os primeiros sinais do raiar do dia.
   Cheira a campo e praia e a águas de lodo. Está frio. É ve-los forrados a lycra e similares da cabeça aos pés a acotovelarem-se uns aos outros esfregando as mãos, reforçando o fecho dos zippos que já nos limites dos seus limites não fecham mais. Ombros tensos arrebitados para cima apertando os pescoços. Alguns há que nem a cor da pele se vê, apenas o branco dos olhos. Raros como eu aventuram-se em calções.
   A faixa de rodagem está completamente ocupada. De quando em quando um automóvel inrompe pelo meio. São na maioria as viaturas de apoio que se vão adiantar no terreno e parar em locais previamente estabelecidos consoante a vontade dos ciclistas que vão apoiar. Outros incompreensível e desagradavelmente seguem atrás do seu grupo.
   Três ou quatro quilómetros mais abaixo e ainda se vêm carros nas bermas e até autocarros ainda a descarregar mais ciclistas.
     Em sentido contrário o transito não é menor. São os que vêm de outras paragens. Seguem para a ponta da península. Fazem sinais de luzes, buzinam e alguns mais afoitos até assomam pelas janelas e emitem gritos de incentivo para os que já iniciaram aquilo que eles também irão iniciar dentro em pouco.

   A seguir serão horas intermináveis em cima de uma bicicleta. Rectas sem fim, o perpetuar do movimento de pedalar, o nunca mais alcançar um horizonte que quanto mais se pedala na sua direcção mais longe fica. Mais cedo ou mais tarde as conversas animadas, os sorrisos e as gargalhadas darão lugar ao silêncio. Vão-se esbater contra o esforço de um dia que será longo. E até as gargantas mais afoitas daqueles que gostam de se mostrar presentes serão engolidas pelo espectro do tempo a passar lento.
  Aos olhos da alma apenas chegarão os sopros do vento que não lhes darão tréguas por um segundo que seja e serão por ele permanentemente fustigados até a levarem à surdez.
  É nesse momento que deixo de ouvir, de sentir, de pensar e de ser. Apenas as pernas movimentam. Quando voltar a escutar estarei em Sagres. Ouvirei o som do apertar de abraços, do pousar das bicicletas, dos sorrisos, da dor, do alivio, da sensação de dever cumprido.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Planando baixinho invertido

Ciclismo

Dia para esticar as pernas depois dos 200km da semana passada.
Para tal escolhi uma volta antiga com 77km aproximadamente.
Não sei bem porque decidi na ultima da hora virar à esquerda e não à direita e como resultado acabei por fazer o trajecto invertido. Dai o nome.
A outra parte do nome prende-se com o facto de certo dia, em Agosto de 2010, ter feito esta volta numa toada forte em que no final a média foi de 27km\h. Planando baixinho pareceu-me indicado.
 Hoje, 3 anos depois faço-a ao contrário quando precisamente a única vez que a fiz nesse sentido foi também à 3 anos em Dezembro (12). E 3 anos depois constato que estou praticamente na mesma, pelo menos no que respeita a velocidade média.

http://connect.garmin.com/activity/comparison?activityId=418068263&activityId2=59499815


A manhã estava esplêndida de Sol. Um luxo por estes dias frios de Dezembro que com a roupinha correcta nem se sente.

Quando pedalo sinto. Quando sinto vejo. Quando sinto cheiro. Quando sinto penso.
Hoje senti e lembrei os cheiros. E quando pedalo cheira ao orvalho da manhã, cheira a terra molhada, cheira a terra batida, cheira a pequeno-almoço, cheira a almoço, cheira a roupa lavada, cheira a alcatrão novo, cheira a estrume, cheira a adubo, cheira a suor, cheira a flores e mato e àrvores de fruto, cheira a animais e aos seus currais, cheira a perfume de mulher que sai dos carros, cheira a baunilha de aromatizar os carros, cheira a escape, cheira ao mosto do vinho, cheira a pão acabado de fazer, cheira a ervas aromáticas, cheira a taberna, cheira a tabaco.
Quando pedalo, cheiro. Quando cheiro sinto. Quando pedalo sinto-me vivo!

 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

dia de blogar

Quando a gente anda tão ocupada, o blog é que pagaaaa. O blog é que pagaaaaa. Mas não o deixa pagar, não deixa pagar....
  Parece o Tony Variações.
  Ainda falta aqui o Troia-Sagres. Está na forja quase quase a sair.

   Hoje blogo mais simples pois o tempo anda escasso mas não queria deixar passar mais um dia que fosse sem postar aqui uma qualquer posta!
  Portanto ei-la.
  Os treinos têm andado assim assim. Com isto de dar umas aulas de spin penalizou-se algum do tempo para os treinos pessoais mas tudo há-de recompor-se e se Deus quiser com o Natal à porta, haverão mais dias para pedalar na rua.
   Upa upa.

    Bons sonos porque o descansar é muito importante para recuperar!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Amanhã é dia de romaria

 Chegou aquele dia mitico.
 Faz tempo a esta parte que não se houve outra conversa senão sobre ele, isto claro está, entre praticantes da modalidade.
  É dia de TS. Um longo dia em que se dá uma enorme romaria de Troia até Sagres.

  Este ano os joelhos atraiçoaram e atraiçoam-me. A preparação física está aquém aliado ao diagnóstico clinico, resta-me pedalar enquanto for possivel e numa cadência mais tranquila.

   Preparos:
 
  1 - comida: 3 mini latas de coca-cola
        2 geis
        4 barras energeticas
        2 sandes presunto
        1 sandes de manteiga amendoim e chocolate
        1 sandes de queijo
        2 bananas
        2 bidons (um de agua outro de Isostar)
        1 bidon suplente com pó Isostar (para juntar agua)
        1 sopa

  2 - roupa
        a de clismo que ja vai no corpo (inclui luvas e capacete)
        uma muda caso seja necessario (uma peça de cada)
        roupa normal para vestir no fim (inclui um casaco)
        toalha + toalhetes humidos para banho a seco
   
  3 - acessorios
       mp3
       gps
       kit ferramentas
       bomba ar
       3 camaras de ar

    E é isto.
    Jantar massa, pequeno almoço às 05:00 da manhã de massa.
    Barco às 06:15h
           

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Rei dos Batoteiros

Ontem (domingo) fui ao cinema. Fui ver "A mentira de Armstrong", um documentário que retrata o escandalo do doping do mais mediático ciclista de todos os tempos.
 Posso dizer que fiquei algo desiludido.
 Senti o filme todo que o realizador tem aquela mesmíssima dúvida que me acompanha sempre que surge um caso de doping. Primeiro o descrédito na modalidade, depois o deixa para lá. Porquê? Passo a explicar:
 - a forma que tenho de estar no desporto e em tudo na vida, prende-se sempre muito com o gosto de fazer, estar, agir. A injustiça, a desigualdade, o desfavorecimento, a mentira, a batota são conceitos feios e horrendos que combinados com os individuos que pretendem ganhar a todo o custo, tornam-os em animais, bestas sem escrupulos.
 Este tema dava uma enorme composição para a qual nao estou nem para aí virado. Portanto limito-me a falar do do caso do ciclismo e do Armstrong, objecto central do filme.
  Armstrong ganhou 7 vezes o Tour. Nunca foi apanhado em controlo positivo de doping ou se foi, nunca soubemos. A questão é: e os outros não estavam? Resumidamente Armstrong acabou por ser o batoteiro dos batoteiros ao que juntou provavelmente as grandes capacidades fisicas que tinha e ter ainda a capacidade de reunir provavelmente os melhores técnicos e médicos ligados ao ramo. Todos os anos há casos de doping. Todos os amantes e acompanhantes do desporto sabem que este está carregado de doping até à raiz dos cabelos. Não é nem nunca vai ser limpo. A industria do doping gera milhoes que lhe permitem ir sempre à frente dos controlos de despiste financiados (pouco e se calhar propositadamente) pelas entidades oficiais. É uma luta desigual.
  Mas voltando à vaca fria: se estão todos dopados, se são todos batoteiros, então o rei dos batoteiros é Armstrong e é agora veemente atacado como um marginal. Então não deveriam ser todos? Ah pois deviam.
  Aqui a pequeníssima diferença é que, dizem algumas fontes tais como ex-colegas e até o próprio, que Armstrong seria o maior sem escrupulos quando alguém se lhe opunha, ao que chegou a dar cabo da vida de umas quantas pessoas. Se estas mereciam ou nao e em que contornos, desconheço. Mas nisto parece que Armstrong era efectivamente um canalha.
   Ora esse comportamento é para mim punivel até à ultima consequencia. O doping? para mim são todos batoteiros e assumo o espectáculo partindo desse principio.

    Quando soube deste documentário fui ve-lo, confesso, com vontade de um julgamento em asta publica: um linchamento com sangue a escorrer de todos os poros do Rei dos Batoteiros, não pelo doping, mas por aquele poder que Armstrong tinha (ganhou\deram\arranjou). Mas depois de dentro de mim, sai aquele sentimento de humanidade que às vezes até me irrita e por vezes tanto baralha: o perdão, a capacidade de misericórdia. Ao ver o filme percebe-se que o realizador tinha inicialmente a ideia de um filme apoteótico para a ressurreição do Deus Armstrong. Depois, nao ganhando este o Tour de 2009 e provavelmente com acesso a alguma informação\rumores sobre o escandalo que ai vinha, o realizador meteu o filme na gaveta até ver... No fim, acabou por fazer de um documentário sobre um herói, uma manta de retalhos sem raciocinio nem opinião nem visão. Um grande conjunto de indefinições limitando-se ora a dar uma facada no "herói" ora dando-lhe uma ovação de heroismo. Em que ficamos afinal? em nada. Num vazio que ja se trazia do passado de um documentário que não acrescenta nada. Não que o tivesse de fazer mas nao o ter visto era a mesmissima coisa para mim.

   Portanto nao temos heroi nem mercenário. Temos as duas coisas? A unica opinião com que fico era a que já tinha: Armstrong foi obrigado a declarar-se culpado para nao ir para a cadeia (pelo menos para já e por mais anos), mas fá-lo dizendo entre linhas (pois nao lho permitem dizer de outra forma) que é tão culpado como todos os outros logo não compreende a punição, a hipocrisia. Mais me fica que é um mentiroso compulsivo e que jamais o deixará de o ser ao manter-se fiel que nao se dopou no Tour de 2009. Niguem morre a subir uma serra e no dia seguinte está para as curvas. E é isto que diferencia Armstrong de todos os outros. É que ele é impiedoso. Na arrogancia do "sou culpado mas fui o vencedor de todos que sao culpados como eu" nao consegue largar o papel de querer ser o melhor continuando a mentira do Tour de 2009. Está enraizado. O que o distingue dos outros é o facto de que o Contador nesse mesmo Tour te-lo "rebocado" até ao terceiro lugar (isto mal aparece no filme), apesar de "inimigos" no seio da mesma equipa. Contador foi "misericordioso (tb a mando do patrao da equipa é certo, mas Contador poderia perfeitamente ter ignorado como o fizera dia antes), coisa que Armstrong jamais conseguiria ser pois Armstrong teria de esmagar.
   Mais, Armstrong revela a sua verdadeira personalidade ao ve-lo defender-se sempre de jornalistas e afins com "eu criei a Fundação de luta contra o cancro", "eu represento todos os milhoes de pessoas com cancro, acha que me doparia"? Tanta hipocrisia.

   E nisto sim eu queria um linchamento! Pela pessoa que mostrou ser e que foi. Era aqui senhor realizador que com um pouco de coragem que nao teve pois nao sabia bem o que fazer ao seu filme e que o proprio convivio com o Armstrong lhe deixou afinal misericordioso, teria feito um bom documentário.
  Assim muniu-nos de nada para deixar a cada cabeça a sua sentença numa espécie de "faça você mesmo" o seu juizo disto tudo. Atem nem tinha mal, mas eram precisos, lá está, dados novos ou mais profundos que o sr realizador não trouxe.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Apenas uma miragem

30 de Novembro 2013
ciclismo

  08:30h Fresquinho pla manhã mas o que há de novo? as pessoas olhavam para mim como se fosse uma especie de alien. Sou friorento e a pedalar posso ter frio em todo o lado menos nas pernas. Daí os calções, tá?
   Pouca gente na estrada comparando com o habitual. Afinal anda aí muito ciclista de Primavera.
    Alem de toda (tanta) a carga, levava comigo a dúvida sobre o estado de ambos joelhos.

    hora H: um ataque combinado (isto ainda deve ser efeito de ter estado na véspera até às tantas na "guerra"). Um bezouro (sei que era um bezouro porque bem o ouvi a fazer bzzzzz) esbarra de encontro ao centro dos óculos na zona de apoio do nariz. O cacete foi tão grande que me despistou por um momento. Entre fecha e abre olhos e tenta perceber o que aconteceu, isto tudo numa fracção de milésimo de segundo, tau... um buraco na estrada. Resultado? furo. Nem sei bem a quantidade de palavrões que proferi. Não podia o bzzzz ter colidido segundo antes ou depois? não, tinha de ser ali precisamente na zona do buraco.

  diferentes estados de espírito: as comparações entre btt e ciclismo e suas gentes são faladas um pouco por toda a parte e de seus praticantes também. Por vezes nota-se quase uma rivalidade, coisa que não entendo. Mas às vezes realçam-se pequenas evidencias. O btt é muito mais bonacheirão. Podem-se juntar grupos para simplesmente amenos passeios e cavaqueiras e é habitual verem-se umas barrigas bamboleantes pela serra. O convivio e convivencia é mais humurado e bem disposto. O ritmo é mais pausado. No ciclismo nao. O mais normal são os corpos definidos mais finos e ou atleticos, secos. Poucas conversas e muito pedal. E depois nota-se isto: um gajo parado na berma com a bicileta no chão, um pneu na mão e uma bomba de ar noutra. Passa um grupo de 15 ciclistas. ninguém diz nada.... 5 minutos depois passam 2 btt´s. É preciso ajuda?
  Obviamente que não se generaliza aqui nada.

   a gnr: pelos dias que correm hoje a moda é dizer-se mal. Mal disto mal daquilo e por ai em diante, e já ninguém elogia quando as coisas correm bem. Tenho que deixar os meus agradecimentos à GNR de Sesimbra (deduzo) que pelo meio da sua patrulha que cortava um dos sentidos da estrada por motivo de remoção de árvores, foi de um cuidado e apoio ao ciclista a toda a prova. Em uma situação tão simples, pequenos gestos às vezes fazem toda a diferença. A ambos agentes o meu elogio pelo seu profissionalismo e dever cívico. Porque afinal a policia não é só para multar!


  A dúvida. Ao chegar a Azeitão a dúvida: virar para a serra ou seguir directo? ao momento estava bem e como era o derradeiro teste antes da consulta médica da próxima semana, virei para a serra.

   A dúvida 2: no alto descer para as praias ou seguir a subir para o convento? apetecia-me tanto ver as praias mas como estava bem...

   O estoiro: dor no joelho. Depois descer as antenas quase de raiva e lágrimas nos olhos, não sei se de raiva, se do vento que a velocidade impunha. Acho que nunca desci tão rápido. Belos 74 km\h.

   Arrastado para casa em sofrimento a tentar não forçar mais a masela. Horas antes uma miragem chamada Sagres. Do alto da serra nesta linda e bela manhã quase que a conseguia avistar dali. Apenas uma miragem...

   Os dados do garmas aqui

sábado, 23 de novembro de 2013

ATÂO E A CHUVA PÁ????

  Isto assim até parecem as previsões à moda antiga antes do telejornal com o Anthimio, e que por vezes falhavam tão redondamente que até dava dó.



Siga para o btt amanhã.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Training Camp

 Ginásio? népias.
 Ciclismo? nem ver bicicletas.
 Btt? zero

 Então mas que raio de treino afinal?
 Azeitona! Apanha da azeitona. Do amanhecer ao entardecer. Tudo à moda antiga. Vardascada nas oliveiras, carregamento de sacos, reforço alimentar com vinho e ginja, exercicio o dia todo, noites de sono bem dormidas.
  No ano passado levou-me de Troia a Sagres sem problemas. Este ano, não fossem os joelhos...

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ser blogger

 Ser blogger ao que parece é uma raça em vias de extinção.
 Dos 12 que seguia\sigo com regularidade apenas 3 estão activos, ou seja, que publicam de quando em vez.

 Isto do escrever tem muito que se lhe diga. Para mim é um prazer aliviar a alma e colocar um pouco dela nesta tela. É materializar um pouco daquilo que é de mim, sem me revelar, expor, talvez um pouco, talvez pouco a pouco.
 
   Ser blogger é ser livre. É sentir os dedos a voar leves em cada letra.
   Ser blogger não paga nada.
   Ser blogger não ganha nada.

  Sê blogger. Continua blogger.

   Tenho saudades dos bloggers.

sábado, 9 de novembro de 2013

Volta mista

09 de Novembro de 2013
ciclismo

Vontade, muita vontade de pedalar e aproveitar estas ultimas manhãs pintadas de Sol. A temperatura fez terminar a época da manga curta.

 Nem de véspera nem na hora consegui escolher um percurso. Sai à sorte e decidi rumar serra acima pla Secil. Depois logo ia decidindo. O objectivo era fazer entre 03:30 a 04:00h de pedalada.
  Muita mas mesmo muita gente na estrada hoje. Grupos pequenos, grupos grandes, individuais como eu. Não há ninguem que aproveite isto nem orgãos sociais que desenvolvam condições. Mas também quem é que acredita em milagres a esta data??

  A talega continua a funcionar bem e nunca saiu do sitio mas confesso que se as pernas estavam optimas, foi o pulmão que mais acusou já na ultima rampa antes das antenas. Foi bom subir com o mp3 desligado só a ouvir a natura e a saborear a linda paisagem.
  Esquerda ou direita? no cruzamento da variante da vila, virar para Azeitão ou para o lado da Qta Conde? escolhi o pior. Até chegar a Cabanas foi fazer o troço mais horrivel da zona (turtle nunca mais me enganas). Um transito infernal naquela zona da Qta Conde.
   O velho dos gémeos. Um sr. com os seus 60 anos com um par de gémeos que pareciam ir explodir a qualquer momento. Não forcei o andamento mas não se deixou passar. Ganda bitcharoco..
   O tractor de estrume: um fedor horrendo que gramei no Pinhal novo inteiro. Quase de ir ao vómito. Felizmente nao seguiu para Rio Frio.
   A dúvida: quanto tempo de Rio Frio até casa? não queria exagerar no tempo e consequentemente nos km e aqui estava meio baralhado nas contas. Mas como as pernas estavam bem, lancei-me às sortes.
  A desilusão. tudo seguia perfeito. Força nas pernas como há muito nao sentia, a encher a barriguinha de uma manhã inteira de pedalanço como há muito nao fazia, o joelho mau a aguentar na boa como há muito tempo não aguentava e.... o outro joelho começa a dar de si. A principio pensei que fosse apenas um pequeno apontamento mas por esta hora a volta já acabou mas a dor ficou. Sinto-a a subir as escadas
 :-((((

  Desta vez nem me esqueci uma unica vez de liga o Garmas nem nada....
  os dados aqui

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Maniv

02 de Novembro de 2013
ciclismo

  Em pleno Alentejo para o aniversário do mano (daí o titulo), nada como uma boa volta de bixicreta para abrir o apetite antes da festividade.
  Havia portanto que sair cedo para chegar cedo e estar a postos à hora de almoço. A vontade de pedalar era muita, era mais que muita. Na cabeça algo como fazer três horas e meia ou até um pouquinho mais mantendo a intenção de aumentar gradualmente tempo de pedal.
  O sol brilhava alto mas nao estava calor. ao começar a descer para Juromenha, mergulhei num mar de nevoeiro serrado e gélido que me queimou até ao osso. O orvalho acumulava-se por todo o meu corpo pingando de cada saliencia. Os (poucos) carros que passavam por mim pareciam ver um extraterrestre. As vacas indiferentes aos automoveis, seguiam-me com os olhos à minha passagem. Um alien definitivamente.
 Pedalava com mais força e cerrava bem os pulsos e o tronco para que o frio não me incomodasse tanto mas era praticamente inutil. Rezava pelas subidas que me permitiam aquecer um pouco, mas esta parte inicial era sobretudo a descer e quanto mais descia mas embrenhado nesta grande nuvem branca de humidade ficava.
  Um afluente do Guadiana de aguas escuras, àrvores cinzentas desfolhadas nele mergulhadas, a neblina dois palmos acima, uma cegonha num voo razante sobre a superficie. Que linda fotografia a preto e branco. Um momento unico, uma imagem que nao se ve todos os dias. Demais.
  Olhava para o céu e via um ponto branco. O sol nao tinha forças para irromper por entre este monstro cinzento que tudo cobria com o seu manto. Marcamos encontro às 10?
  Nos meus braços via os pêlos eriçados cobertos de gotas de àgua e do capacete pingavam outras tantas gotas.
  Uma hora depois de partir senti cansaço nas pernas. Ui, a coisa ia ser sofrivel se já estava assim neste momento. Era a factura de uma semana cansativa e intensiva.
   Às 10h pontualmente apareceu o astro rei, incentivo para subir até Vila Viçosa mais animado. Contudo percebia perfeitamente que este não era o meu dia. A cabeça queria muito mas as pernas simplesmente não.
   Ao percorrer a praça central de Vila Viçosa...


.... virar no castelo à direita e apanhar o carrocel à esquerda. São minutos de plena diversão descendo uma estrada de inclinação reduzida mas que serpenteia a torto e direito para gáudio pessoal.

   Mais alguns km voltando à habitual sina deste percurso (estradas que hora sobem ora descem repetidamente - um autentico quebra ritmo, quebra pernas) e aparecia a infindavel recta que me leva até à Terrugem. 
    Bebericando aqui e ali, já depois de uma buchazinha no papo, sentia agora sim o braço quente do sol aquecer-me o rosto. Mas pouco.
   Fui fazendo contas à medida que me aproximava da dita terra. Mais 10 km como pensara inicialmente ou apanhar o caminho mais curto para casa? As pernas responderam por mim.
    Chegando ao fim a recompensa nº 1 

  coca-cola mine e uma sande de parsunte

Depois uma aula de grupo de alongamentos. 
Passatempo: descubra os 6 gatos.

    E depois ao almoço a recompensa nº 2 com um belo manjar de perdiz, javali assim e javali assado, bem regado a vinho tinto e branco maravilha. Depois uma ginja caseira para ajudar à digestão com um cafézito. Ao fim da tarde umas imperiais com uns camarões e um presunto de chorar por mais.

   Hoje (domingo seguinte) ainda tentei mentalizar as pernas que pedalar é muita do bom, mas elas nem pó...

   Os dados do garmas aqui

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Pára raios

 Domingo, 27 de Outubro de 2013

  Convite de ultima hora para ciclismo. Aceite. Companhia de dois "bichos" gran gran fondos. Com o turtle nas calmas até à quinta do anjo para apanhar o puxador Rui Barbosa. Até ao Cabo Espichel foi um fininho. Uma manhã adorável e muita vontade mas sempre a "olhar" pelo joelho que não permite nem de perto nem de longe loucuras. Seguir na roda sempre é mais fácil.
  À vinda para cá paguei a factura e era ver-me no elástico ora a descolar do duo ora a colar. Mais adiante sentia nitidamente que abrandavam para que os pudesse acompanhar.
  À chegada a Azeitão a montada do puxador começa nos barulhos. Reparamos no empeno da roda e raios parta... que era preciso partir um raio que se soltou mas não se partia.
  E quando os raios fazem parar um ciclista (pára raios) o melhor mesmo é parti-los do que deixá-los à deriva. Como Azeitão estava mesmo ali à mão, foi seguir com cautela e no primeiro estabelecimento comercial, na instância uma florista, pediu-se um alicate.
  O puxador Barbosa queria mais mas com o aro deste jeito não teve remédio senão abandonar. Por mim era seguir para casa e já estava mais que feito.

   Neste dia ainda nos cruzámos com os btt´s da tasca do xico que atravessavam o alcatrão junto à Quinta do Anjo.

    No final 83 km em 3 horas não está nada mal para o avançar da hora (a recuperação segue e a preparação também, e sim a hora mudou neste dia).

   Os dados aqui

domingo, 27 de outubro de 2013

1º Dura Trail Arrábida

 Sábado, 26 de Outubro 2013

  Eram perto das 06:00h da matina quando o despertador tocou. Em pouco mais de uma hora chagava ao rendez-vous com alguns outros gaitos. Motivo? um dia de btt mas um pouco diferente: prestar apoio ao 1º Dura Trail da Arrabida, uma prova de trail para verdadeiros duros.
 Diz quem participou que foi uma bela prova e que tudo esteve bem. Ainda bem.

  Gaitos Bravos a fazer serviço publico de cólidade!

  Ah, e ainda ficou na retina um singletrack novo lá para os lados do castelo.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Seguro Bicicleta

 Aí está um produto que fazia falta no mercado: um seguro para quem anda de bicicleta.
 Penso que é bastante interessante e acessivel no aspecto financeiro. é pena que não inclua seguro para a nossa própria montada mas pode ser que se chegue lá um dia.



  Eu já fiz o meu!

  http://www.fidelidade.pt/pt/familias/protecao-bens/bicicleta/Pages/Apresentacao.aspx

  Principal vantagem: para além da responsabilidade civil e seguro vida bla bla bla, cobre despesas de tratamento o que é muuuuito bom. Eu que o diga.


  Amanhã é dia de Dura Trail, prova de trail organizada pelo melhor ginásio do mundo, o ginásio Proaventuras. Convocado para fazer parte do "stuff" de apoio aos participantes pelo que tenho que ir já para a caminha que a alvorada é às 06:00h da manhãzinha.
  Será que vou ter uma t-shirt a dizer stuff??? ahahahaha

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Im still alive

Domingo, 20\10\2013


 ALIVEEEEEEEE!




 .....and kicking some butts.
 http://connect.garmin.com/activity/394557927

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Filme

Eis uma sugestão cinéfola em jeito de "obrigadinhes" a estes hippies!



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Passo a passo

  A inactividade espelhada aqui no blog é reveladora em parte da inactividade da prática desportiva, ou de alguma dela.
  Vou mantendo as esperanças em melhorias dos sintomas traumáticos mediante a execução de exercicos de fortalecimento muscular e outros.
   Para consumo interno já vou conseguindo realizar aulas de cycling com um pouco mais de intensidade e no passado domingo até já deu para 30 e poucos km de btt na companhia dos gaitos.
   E tão bem que soube novamente rolar por entre o ar puro da serra e conviver com o gang. Deu também para ir a algumas das descidas favoritas mas aí o alarme passou para amarelo. Há certos movimentos que ainda são proibitivos de aventuras arrojadas.

  De resto é continuar a "engolir" duas horas e meia de ginásio por dia.
  No fim-de-semana há mais btt e vou pensar em dar umas pedaladas de estrada.

  E no domingo é já a prova de que me vejo forçosamente afastado. Boa sorte aos meus companheiros que vão ter esse monstro do granfondo pela frente. Força nas pernas e na alma compads.

168km
4.100 d+

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

I need air

 Pece que já nao chove no fim-de-semana.
 Vou arriscar umas pedaladas na rua, dependendo do treino de hoje e de amanhã.
 Saudades de ar puro..............

domingo, 29 de setembro de 2013

CAMPEÃO DO MUNDO!!!!

 as lágrimas de todos nós.





quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Gaitos em digressão

 Os gaitos foram ao Norte e trouxeram de lá a barriguinha cheia de adrenalina e umas belas fotografias que até "bourro" as cuecas todas. Sras e srs. Terras de Bouro:

 







quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nem tudo é um mar de rosas

 A vida de um desportista está repleta de boas sensações, de fazer o que gosta, de ter prazer no exercício físico.
Contudo, a malfadada nuvem negra do espectro das lesões paira sobre ele constantemente. Mesmo nos dias em que o Sol brilha mais alto e mais forte, ela lá anda a pintar uma mancha no horizonte.
 Do simples praticante ao atleta profissional, ninguém está livre de ter um dia de chuva.
 Quando se está em boa forma física, o praticante desportista sente-se invencivel, invulnerável. Mas quando começa a chover é como um mundo que desaba.
 Ora mais tratamento, menos tratamento, mais comprimido, menos comprimido, mas fisioterapia menos fisioterapia e rapidamente chegará a bonança. Faz parte da vida e aceita-se e compreende-se com naturalidade.

 Mas quando está sempre a chover não é fácil....


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

MTB oldschool ca no nosso quintal???

E esta hein??

Numa "rua" bem nossa. Muita bom!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Regresso ao....zero.

 Com toda a frustração que o titulo possa sugerir e ainda mais alguma.
 Depois de um meio ataque à garganta, senti forças a regressarem e atirei-me saudoso para a Foil.
 Era a volta dos noventas seguindo gradualmente na recuperação física pós férias. E para esta distância nada melhor que uma volta clássica hà muito não rodada: Vendas Novas 100 bifana.
 Tudo conjecturado pelo melhor: manhã para o fresquinho, vontade de pedalar até mais não, bicicleta com um bike fit finalmente realizado (Goopersports). E ao arranque boas sensações.
  Em Rio Frio apanhei boleia de duas "parigas" e um rapaz que se não estiver enganado tem qualquer coisa a ver com a Goopersports! Ele há coincidências...
  Viro para a interminável recta do Faralhão. E que bem que me soube. Podia durar e durar porque eu parecia estar para durar.
  Alimento aqui, aguazinha ali, a musica sempre boa a ajudar. Tudo perfeito numa pedalada segura e confiante.
  Em Vendas novas meia volta e siga de regresso. E aqui começam as complicações. O joelho começa a doer, e a doer e a doer. A principio mal um sintoma, depois permanente mas sem ser nada de mais.
  Na rotunda de Pegões a coisa já não estava famosa. Mas depois passou. Estranhamente desapareceu durante uns km para minha felicidade.
  A vontade de pedalar era estranhamente igual à que tinha quando sai de casa. Sentia-me cheio de força, completamente viciado.
  Mas na Marateca acabou. A dor voltara pior do que nunca. Agora sim estava em sofrimento. Sentado, de pé, com força ou quase parado, já nao tinha como a largar.
  Arrastei-me penosamente um par de km com uma máscara de dor. Aproveitava as descidas para não pedalar e as subidas fazia-as pé ante pé, ou melhor, pedal ante pedal.
  Mas não valia a pena evitar o inevitável. Eu sabia-o bem. Estava arrumado.
  Hora de chamar o "reboque".

  Não estou nada contente. Não, não estou.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Os loucos anos 80

 Mais um video maravilha dos tempos idos, dos primórdios do btt.
 Constata-se facilmente que por aquela altura ainda não tinham inventado àrvores e por isso o btt era como que um desporto que teria evoluido do slalom ski. Também ainda não tinham inventado a dor pois os gajos malham forte e levantam-se de pronto. A musica também ainda estava para ser inventada...






quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Alguém viu por aí...

 dois gaitos-bravos a subir a serra?? diz que pedalavam de jeito e tal e que fizeram coise em pouco menos de 3 horas...

  O gang tá de volta!

domingo, 25 de agosto de 2013

Jeitinho de campeão

Hmmm, e que tal a actividade do blog? é sempa bombar. Dinâmica, dinâmica. Tópicos mais tópicos. É a loucura.

 Louco também deve andar o Bradley. A epo deve andar a fazer uns efeitos estranhos que o rapaz anda com umas cenas maradas.
 Mas há que louvar o jeitinho que tem para "arrumar" 8.000 euros.

 Atenção: não tente fazer isto ao seu "dinheiro". Este video foi feito por um profissional.




Já o Peter Sagan é mais do género "eu faço o trabalho todo, não se incomodem"

Mais uma vez não façam isto nem à vossa bicicleta, nem ao vosso carro nem a vocês próprios..




sábado, 24 de agosto de 2013

Ainda há comboios?

 Depois de uma semana feita de treinos em potência (terça treino Proaventuras outdoor, quarta e sexta a carregar no cycling), e devido ao forte vento anunciado para hoje e verificado no terreno, sentia-me capaz de ir ver se a CP ainda nao terminara com o comboio.

  Capitulo 1º - A Ape50

 Por causa do vento decidi então fazer-me ao comboio. Sempre se vai um pouco mais protegido e como o ritmo é bem mais acelarado faz-se uma volta bem boa.
   Toda a gente sabe o que é uma Ape50 (vulgo mata-velhos)? são aquelas motas de cabine com caixa fechada atrás. Chegam a levar dois velhotes na cabine onde só cabe um.



  Sai em direcção a Azeitão e fui apanhado em esforço por uma destas desgraçadas. O barulho e o fumo do escape matavam-me a respiração enquanto esse prodígio dos veiculos motorizados ganhava-me terreno muito lentamente.
  Na subida das Necessidades ultrapassei-a e dei ao pedal para que não mais me apanhasse ou corria o risco da surdez...e da intoxicação pulmonar. Verguei a mola mas fui bem sucedido (e o prazer de dar um bigode num veiculo motorizado, hmmm??).

  Capitulo 2º - Comboio inglês

   Às 09:15h cheguei a Entre-Rotundas de Azeitão. Abrandei a pedalagem, consultei as horas e quando preparava uma molha de boca e um mini relaxo vi a meia dezena de metros a cabeça da locomotiva a cavalgar velozmente na minha direcção. Nem tive tempo de mudar de faixa. Inverti marcha e segui logo mesmo pela berma em sentido contrário até que o transito automovel permitisse encaixar-me no pelotão, este mais pontual do que nunca. Parece que alguém foi passar férias a Inglaterra e trouxe de lá um relógio com manias de pontualidade.
 Vinha compacto e em bom ritmo fazendo adivinhar que não ia ser pêra doce, principalmente com o vento a fustigar.
  Mais alguns foram entrando. O grupo era vasto e ia devorando os que rolavam na mesma direcção. um grupo de cinco deu luta para não ser apanhado mas em vão. Eram como gazelas a fugir de leões esfomeados. Foi uma sensação agradável. Parecia estar a viver uma etapa do Tour por dentro.

  Capitulo 3º - O descarrilamento

  O Pinhal Novo chegou rapidamente tal era o ritmo que se levava. Comer agora nem pensar e beber era de rajada pela goela abaixo. Ainda assim aguentava-se.
   Na recta para Rio Frio o vento soprou lateral e era ver o grupo a esticar tipo elástico com cada individualidade a procurar protecção ora pela berma ora pela limitação da faixa e por vezes além desta (nada recomendado) mostrando um efeito tipo peças de dominó. Curioso (efeito este que se repetiu ao longo de toda a manhã).
  Até então tudo bem. Em Rio Frio curva-se à esquerda para o lado de Alcochete e chegava, como se diz nas aulas de cycling, o primeiro desafio da manhã. Dois ou três bichos tomam a dianteira e nas subidas que se seguiam aumentaram a velocidade que, para manter-me colado a este grupo, só em sprint de mudanças bem altas. Senti ir aos limites das minhas forças, km após km, metro após metro até que... abrandou. Um esticão que faz favor. Nestas alturas toda a gente busca o melhor posicionamento e sente-se uma certa hostilidade do tipo ou matas ou és morto. Mal cedes um centimetro, alguém atrás ou ao lado toma o teu lugar. Portanto há que manter as unhas e dentes bem cerrados.
  Assim sem mais nem menos, outro pico. Pimba, pimba, pimba. Um ritmo alucinante outra vez. Pus a carne toda no assador e baixei a cabeça. As minhas pernas imploravam que parasse e ajudava ao pensamento que me assolava em cada segundo: deixá-los ir. Mas lutando com todas (mesmo todas) as forças que tinha continuei. Vi-me a ser ultrapassado por muitos e vi muitos que ultrapassei esgotados.
  Já só perto da zona industrial de Alcochete a coisa abrandou. Estava nos meus limites. Mais um minuto e não aguentaria. Ainda valeram fortes buzinadelas de uns carros e as palmas de uns peões à chegada à Praça de Touros de Alcochete.
   De repente apercebi-me que há muito que ninguém assomava ao meu lado. Olhei para trás e não vi ninguém. Pelo menos duas carruagens descarrilaram. À minha frente seguia somente um grupo de não mais que vinte.
   O comboio não espera por ninguém. O comboio não tem amigos. O comboio não tem familía. O comboio não tem compaixão. O comboio não tem sentimentos. O comboio não pára nuca. O comboio não olha para trás.
  Contornando Alcochete pelo flanco esquerdo foi hora de novo pico. Uma recta enorme - a estrada da Atalaia- até à estrada nacional. E aqui gastei aquilo que pensava serem os meus últimos cartuchos, chegando inclusive a descolar do grupo por breves minutos.

  Capitulo 3º - aproveitar o embalo

  Já em plena nacional é chegada a hora de turn para o Samouco. É o apeadeiro em que saio. Comigo vêm outros dois. Seguimos juntos até Montijo depois viram para a Moita e sigo já sozinho para o Pinhal Novo.
   O vento continuava a fazer-se sentir e eu só pensava a que horas estoirava a minha bomba. Já devidamente alimentado o efeito banana apareceu e as minhas pernas queriam dar-lhe larguesa. Tentava resfriar a cadência mas as pernas diziam que não. Que se lixe, pensei. Quando rebentar, rebentei. Mas o motor foi aguentando sempre em altas. Sentia força. Dores também mas a força estava mais forte.
  No Pinhal Novo uma mota a pedais seguia ora a pedal ora a motor. Pimba, bigode nº 2 neste semi-motor (mais uma vez aquele sentimento do bigode...).

  Capitulo 4º - o auto-stop

  Estava tudo feito. O último grande teste, a subida para o alto da Volta da Pedra picou o resto das pernas mas sem maselas de maior. Agora era só rolar a toda a velocidade até Setúbal.
   Bem antes da descida da Cubata uma cara conhecida passa por mim de automóvel e faz um cumprimento. Respondo com um aceno ao mesmo tempo que constato a ausência de um sinal stop. Fico ali decidido em segui-lo até ao gim para o alertar do facto.
   Contudo logo ali uns metros à frente, três agentes da autoridade forçam-no a uma paragem. Pronto, tá lixado, pensei.
   Passei nitidamente em excesso de velocidade (xiiii, e lá vem a sensação do bigode outra vez aahahahha) e dou o resto até à meta final, e afinal o compadre até nem foi multado. Soprou o balão e tal e coise.
   Olho para as horas. ????? mas....como????...ainda é tão cedo??? quantos km fiz afinal???? 83km em 02:45 e uma média de 30 km\h, com este vento? Pois.
 
   Sem dúvida o comboio mais tgv que já apanhei que não estava para brincadeiras.
   Os dados aqui e na cena troféus e medalhas strava aqui (papei medalhas cmó camandro. Uau, que bom para mim. Já nem preciso jantar. Foleirice!

    Ah e sim. Para quem venha cá com coisas que o comboio e não sei o quê e a média e tal e coise e bébé bébé só digo. Estou moído e dorido e fiz mais do que se tivesse feito sozinho. Não é para todos.... os sábados.



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Bichooos

- Pah e tal (que a malta fala mesmo assim), vamos num treino outdoor ao final do dia?
- ah e coise...
- vou e quê!
- talvez também e prante...
- vou!
- tou lá de caras.

  e apareceram 3 zéis para uma volta sem abusar.
  mas quando se leva o turtle, não abusar não é uma hipótese.

  olhái os bichos:

  http://connect.garmin.com/activity/362765806

  e até deu para ver um gajo fazer 2 nós com a corrente. F*** inédito!

domingo, 18 de agosto de 2013

Lembram-se disto?

Ainda não é uma nova rubrica mas poderá vir a ser um dia mais tarde. Para já é só um recordar.
A cena aconteceu em Abril de 2012 perto da Quinta da Califórnia e fez-nos depois incorrer numa longa travessia em direcção ao Barreiro ahahhahahah.


 Inté parece duma obra da Cambra Municipal: um trabalha e os outres estão todes a olhar.

Trabalhos da "cambra" de ar!

sábado, 17 de agosto de 2013

A continuacion...entrenamiento.

 Fecha-se mais uma semana de treinos. Esta teve um feriado pelo meio que deu direito a mais uma ride de rua com o turtle. A ideia era fazer 02:30h mais coisa menos coisa e acabou por sair 03:00h com 70 km (o garmin ficou desligado muito tempo mas para registo a volta foi a da "pá de forno").
 A coisa ainda vai muito sacrificada para o meu lado, principalmente quando estou a acompanhar o Fromme do Sado.

  Como fiz ginasio terça, quarta com pesos e cycling e na quinta o supra descrito, ontem foi dia de descanso. Mas hoje já foi dia de rua outra vez não sem antes amargar o treino de pesos no gim. Sim, não há cá espaço a baldas nesta fase.
  A volta não podia ser muito longa para não abusar do joelho mas até apetecia e já deu para ter um cheirinho de potência com o corpo a reagir com muito boas sensações e até introduzindo já umas subidinhas ligeiras.
  E no final até ficou um traçado bastante agradável. A repetir sem dúvidas.
  http://connect.garmin.com/activity/360342003



  E para o gang do BTT é só para que saibam os que andam por aí na engorda que o clã Russo anda a malhar forte e feio no ginásio. À pois é. Depois digam que não têm pernas para eles.
  E para abrir o apetite fica já a referência que há aí novos singles para explorar.


  O conceito de férias de praia de um rider é mais ou menos este:


   O melhor do fim das férias é sem dúvida o regresso à bcicreta! Ouh heaaaaaaa!!


sábado, 10 de agosto de 2013

Urban ride 50

10 de Agosto de 2013
ciclismo

   E já repararam que a Volta a Portugal está aí? Ontem vi o fim da 2ª etapa e hoje o da 3ª. Bem bom por sinal. E amanhã termina ao alto.

   Entretanto as férias já lá vão e uma semana de treino idem. Mas as maselas (um adutor e um joelho) continuam por isso há que começar devagar e com juizo.
   Terça, quarta e sexta com musculação (a bater bem no abdominal) e cycling, e hoje dia de rua.
   A reboque do turtle que está no auge da forma, seguimos tranquilamente numa volta para rolar sem grandes sacrificios. O calor fazia-se sentir mas nada que estragasse uma bela manhã de ciclismo.
   Em Novembro de 2011 fizera este traçado pela primeira vez. Na altura deu só 42km. Hoje deu 48. Deve ter dilatado com o calor. Mas mais curioso que isso é o facto da velocidade média ser exactamente, mas mesmo mesmo exactamente igual.

   Ler aqui o que foi em 2011 e ver a volta de hoje aqui, uma volta muito urbana.

sábado, 3 de agosto de 2013

O Novo Código

Já agora vale a pena ler isto:

http://www.biclanoporto.org/?p=1382#more-1382

Defeso

Serão dois ou três dias no máximo. Ler, traçar alguns objectivos (sendo o principal fortalecer para evitar lesões), lamber ainda algumas feridas, planear, agir.

Depois é tempo de dar arranque a mais uma época. Começar bem devagar porque as últimas duas semanas foram de repouso absoluto.
Fazer as coisas com juízo e não cometer abusos.

Boas férias para os que agora vão.

sábado, 20 de julho de 2013

A continuacion...

 Sexta-feira

 Ontem dia de descanso. Hoje voltar à carga. Apesar de me parecer que é sábado todos os dias não o é. Esse facto levou-me a abortar uma vez mais sobre o track que escalonara para o presente dia. Porquê? porque implicava passagens por estradas bem mais movimentadas. Ora se por estas terras a escolha é vasta e existem esses paraisos asfaltados predileto de qualquer amante do pedalar, porquê ir para o caos?
 A escolha recaiu portanto no percurso do primeiro dia mas invertido.
 E assim está tudo dito acrescentando que efectivamente a forma melhorou bastante (menos sofrimento, mais diversão, menos esgotamento no final).
 Os dados do garmin aqui

 E um pequeno asterisco: luxo é acabar a volta, colher uma laranja da árvore e come-la logo ali, dar um mergulho fresquinho no tanque, abafar uma sardinhada a estalar na brasa e virar uma sangria branca à sombra de uma amoreira.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Quarta-feira
 
Novo dia, nova volta.
Acordo mais cedo para mais cedo sair e voltar. O calor vai continuar a subir e aqui no Alentejo o gaijo não brinca.
As pernas ainda picavam ligeiramente do dia anterior e como o portátil pifou (pela quarta vez) fiquei sem ferramenta para alterar os percursos previamente redigidos. Que fazer então? manter o inicialmente programado reeditando um trajecto recente (Conquista de Olivença) ou optar por algo mais curto para não abusar e principalmente para não estoirar? 
Como ambos partilhavam os km iniciais decidi deixar a decisão para o momento da separação. E no exacto momento optei pelo "curto". Definitivamente não sentia a força necessária e a cabeça já só pensava na easy way.
O percurso escolhido não era circular, ou seja, era ir e vir pela mesma estrada. Contudo ao chegar ao ponto de retorno achei pouco e investi em continuar.
A coisa estava a saber-me bem. Talvez por tudo o que já ontem referira: a paisagem, a estrada deserta, a musica nos meus ouvidos, e as pernas até estavam a deixar ir...
O calor apertava mas suportava-se. Em mente a preocupação de me manter permanentemente hidratado.
O ter investido em continuar direccionou-me para uma localidade lá mais longe mas desconhecia quanto mais longe. O meu garmin infelizmente não permite fazer navegação (erro de programa) e via-me agora deparado com a maior das dúvidas: voltar para trás pelo mesmo caminho ou continuar em frente... e seja o que Deus quiser.
Eis que apareceu um amigo chamado telemovel e mais a sua ligação à net. Numa consulta rápida apercebo-me que seguir em frente é um pouco mais distante mas sempre mais interessante. Estava decidido!
No final, contas apuradas, constato que fiz mais do que o desejado mas a sentir-me bem. Claro que com a sensação e cansaço de que se tivesse feito o dobro mas bem. A forma anda lá longe, longe.
Duas coisas: Vila Viçosa continua tão bonita; a interminável recta de S.Romão - que tirada, que recta.

Fecha-se a jornada com uma sardinhada regada com uma sangria branca que improvisei bem fresquinha e carregadinha de hortelã acabadinha de colher.

Os dados do "garmas" aqui

terça-feira, 16 de julho de 2013

Btt - fecho de época

Domingo, 14\07\2013
Btt

 Chamada para a minha última volta em Btt da época.
 Começo por esclarificar (nova palavra que é uma mistura de esclarecer com clarificar - parece-me e soa-me bem. Se calhar se nada dissesse ainda havia uns quantos que a papavam sem notar e percebendo inteiramente o seu significado).:
  Uma época desportiva funciona normalmente de féria a féria. Assim o é principalmente por dois motivos: porque na féria o corpo só quer é descanso e porque a féria normalmente é em Agosto e em Agosto à moda antiga está sempre muito calor e o pedaling torna-se mais agressivo. Também em Agosto fecham as actividades do futeboling.
  Assim, fecho de época não será em Dezembro trinta e um mas sim quase à moda dos jogadores da bola mas completamente contra-ciclo do ciclo_ismo. Giro e Tour cedo mas Vuelta e Volta a Portugal bem à torreira do Sol.

  Contudo este ano vi-me forçado a antecipar as férias e a época tem cara de fechar mais cedo e perdurar mais no tempo. Veja-se que ainda estamos em Julho.
   Mas para forçar ainda um pouco, porque estive parado recentemente por duas vezes devido a lesões, e porque depois ainda entra Agosto e se parasse já seria novamente muito tempo sem exercicio, decidi fazer um estágio em baixa altitude (ver tópico anterior aqui no blogue).


   Assim em btt (salvo excepção) esta foi a última da temporada.
   Compareceram alex destroya, costinha xc, paul piquen, ricardo e o seu junior, mais uma estreia absoluta e mais um junior que talvez comece a juntar-se ao gang. Vamos ver.
    Uma volta relaxada com muita galhofa e risada pelo caminho, pisando os habituais percursos sem grande espaço para os mais arrojados que ficaram de fora. Pelo caminho exploração de um novo track que o destroya descobriu. Um single espectacular que vai garantidamente ser alvo de muitas incursões e momentos de puro fun. Era só termos mais uns 10 destes....
    E lá se fez a volta. Sinceramente ja nao me lembro de grandes acontecimentos a nao ser de rir pa cacete e dos furos. Ao que parece o ritmo de furos que aconteceu na nocturna (algo como uns trezentos) arrastou-se para domingo.
   O paul piquen (alcunha atribuida face à sua pequena estatura) rasgou o seu pneu tubless slick traseiro. Mete-se uma camara de ar e siga. Momentos depois o pneu novamente em baixo. Afinal tinha um espinho também cravado (ja lá devia estar à anos). Como já não havia mais camaras e nao havia elasticos para fazer um torix à moda do desenrasco, destroya saca de fita-cola e siga. E andam prái gajos a inventar remendos e cola e lixa e sei la mais o queim...Fita-cola meus amigos, fita-cola. Ainda nao foi desta que deu para usar o torix de encher o pneu com folhas, ahahhahah.
   De resto o costume com o costinha xc a puxar nas subidas, a familia ricardo a sofrer mas com muita tranquilidade, e uma "jola" fresquinha para os mais sedentos na avenida.

  Bela manhã de bttolas!
  Vou mas já tenho saudades.

Treino alentejano

Ai tanto para escrever. Organizeeeeem-se!

Como funciona o treino alentejano? treino de manhã, bucho e tinto ao almoço, Tour de France ao inicio da tarde, tanque piscina e agricultura à tarde.

  Inicialmente pensei que entrando de férias já não colocaria o cú na montada. Mas com as paragens forçadas dos últimos tempos e com o Agosto a entrar depois em que o calor obriga quase sempre a parar, contabilizei muitos dias parado.
  Além do mais desperdiçar este paraíso ciclístico que é o Alentejo seria um crime.

  E que melhor maneira de começar com uma volta deliciosa? um piso sempre bom, uma brisa para disfarçar o calor que já se faz seco, uma paisagem emblemática muito minha querida, passagem por terras, aldeias e vilas pitorescas e lindíssimas. Um autêntico cerco a São Vicente.

http://connect.garmin.com/activity/343485323


  Foi engraçado cruzar-me com outro ciclista em sentido contrário. Momento identico ao de dois putos desconhecidos um do outro que se encontram de repente frente a frente e um deles tem uma bola de futebol. Dá para ter ideia? penso que percebem ao que me refiro.

   Também foi engraçado constatar que Campo Maior cheira mesmo a... café.
   Menos engraçado foi o regresso com a brisa a transformar-se em vento e a fazer estrago nas minhas pernas. Mas isto à parte e foi tudo puro prazer.


 E para culminar um belo dia, Rui Costa dá um grande prémio a si, a Portugal e à sua equipa. Grande, grande!

 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Asneira

 E quando a virilha me rebenta, invoco Spartacus!
Tenham juizo nos treinos.






Ainda as boleias

 No sábado passado fui com o turtle apanhar o comboio. Seguimos a passo de caracol até ao Pinhal Novo via Venda do Alcaide e aí assomamos atrás da locomotiva.
 A mudança de andamento foi brutal e dizia eu ao turtle:
  - ou estou mesmo em baixo de forma ou hoje os gajos vêm brutos
  - não és tu. Quem diz que este comboio é fácil é porque nunca cá pôs os pés - respondeu de imediato.
 Certo certo é que o ritmo obrigava-nos a pedalar forte e foi num instante que chegámos a Alcochete com a lingua de fora.
  Aí, numa das rotundas, um ciclista derrapa mesmo nas minhas costas e fica estatelado no chão. Auxiliado por dois ou três, parei para ver se era necessário algo mais. Nisto o turtle faz sinal para continuar e quando olhámos já o comboio seguia bem adiante.
  Iniciámos uma brutal busca rolando a 40km\h durante alguns minutos, mas era óbvio que a luta ia ser inglória. Aos poucos e poucos, os dois ou três que vinham connosco foram abandonando esta carruagem puxada a força de tartaruga veloz e a missão ficou ainda mais dificil até que no Montijo desistimos.
  Depois foi rolar até casinha.
  E assim se soma mais uma boleia, mais um comboio perdido!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Boleias perigosas

 Apanhar boleia. Uma actividade em desuso e quase extinta.
 Ainda me lembro de ser puto e ir para a praia com o bando lá do bairro esticando o dedo. Era de carro e até de mota cheguei a ser levado.
 Hoje em dia é um perigo e nenhuma criança, jovem ou adolescente se aventura nestas coisas. E compreende-se.

  Mas eu cá armado em patego, depois de meia horinha de ginásio a dobrar ferrinhos e um sprint rasgadinho, apanhei boleia de 3 matulões.
  Iam nas calmas N10 acima e pareceram-me um bom reboque até à Rasca. Mas este mini grupo decidira o mesmo que eu: ir bater com os costados na serra. Siga.
  Apercebi-me que conhecia um deles. Dois dedos de conversa e comparar bicicletas e gémeos. E apercebi-me que eram uns bicharocos.
  Foi subir a serra à pressa e acho que nunca tinha tido tanta pressa a subi-la. Ao chegar ao alto voltaram para trás para subir outra vez. Eu segui em frente e fiz uma volta bem agradável que vai ficar para novos treinos semanais.

   Com boleias perigosas destas já não se pode andar por aí :-)))
    Bem bom! Ó os dados aqui

terça-feira, 25 de junho de 2013

Está quase a chegar

 Aí vem mais uma edição do Tour de France a começar já no sábado.
 Como diria o Fernando Mendes no Preço Certo "xxxxpétácl"!!!!

 Ai é tão bom não haver futebol. As merdas de conversas da merda do costume.

 E só por curiosidade eis os montantes que andam envolvidos nestas coisas das grandes voltas:

 in Eurosport.pt.


"No ano em que não há bonificações para os sprints intermédios nem para os finais de etapas, os corredores não só vão correr pela glória ou o prestígio de participarem na maior prova de ciclismo do mundo, mas também para obterem prémios monetários avolumados.

Os números dos prémios da Volta a França são gigantescos: no total são 2.022.900€ em prémios, 1.127246€ em despesas e 264.000€ em pagamentos adicionais para as equipas que cheguem a Paris com pelo menos  sete corredores, uma soma de 3.412.546€.
Caso um corredor termine uma etapa em primeiro tem um cheque de 8000€, 4000€ para o segundo, decrescendo até a uns modestos 200€ para o 20º lugar.
Quem envergar a camisola amarela no pódio dos Campos Elísios, no dia 21 de Julho, vai ter mais 450.000€ na conta. O corredor que ficar na segunda posição recebe 200.000€ e na terceira 100.000€.
O 25º classificado arrecada 650€, do 26º até ao 30º 600€, do 31º ao 40º recebe 550€, do 41º ao 50º 500€, do 51º ao 90º 450€ e todos os outros corredores que terminem o Tour contam com mais 400€.
O camisola verde também tem à sua espera 25,000€, tal como o camisola de montanha. Já o camisola da juventude, atribuída a corredores com 25 anos ou menos na classificação geral vai para casa com 20,000€.
O melhor classificado na geral de cada dia, além de poder vestir a amarela no dia a seguir também leva 350€ para casa. Os corredores que usem as outras camisolas recebem 300€.
O corredor mais combativo das 21 etapas recebe 20,000€ no final da Volta a França. Em cada etapa o ciclista que mais lutou recebe 2000€.
Também há um prémio para a melhor equipa de 2.800€, atribuído todos os dias, calculando-se através dos três corredores mais bem classificados na geral e 50.000€ para a equipa vencedora no final.
Por último, todas as equipas recebem 51.243€ no início do Tour para cobrir despesas. Caso uma equipa termine a Volta a França com sete ou mais corredores pode ir buscar mais 1.600€ por cada corredor que chegou aos Campos Elísios."

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"Respira fundo

 e lembra-te da força, guardo dentro do meu corpo e espero que ela ouça"

  Porquê? porque este mundo está perdido.
 E quando oiço dizer que o melhor do mundo são as crianças. Se elas são o melhor do mundo, e não há dúvidas que o são,  deveriam ter um mundo no mínimo tão bom quanto elas. Mas olhem bem à volta para o mundo que lhes estão a oferecer. Pois eu acho que o melhor do mundo não merece um mundo tão mau.
  Ganância, egoísmo. Só estas duas palavras encaixam tão bem no mundo de hoje e explicam praticamente tudo o que nele se passa.

   Fim de off-tópic.

 

domingo, 16 de junho de 2013

Rui "Suiço" de novo

Ei-lo novamente a vencer a Volta à Suiça. Poderá um gá sonhar em vê-lo a lutar pela classificação numa grande volta?
Carrega Rui Costa!

sábado, 15 de junho de 2013

Evitar o óbvio

 Mais uma semana fortíssima mas com juizo... ou quase!

  Terça-feira de hora e meia na malhação do cycling + meia-hora reforço muscular tronco
  Quarta-feira hora de cycling mais suave+meia-hora do reforço bla bla bla
  Quinta-feira ligeiras corridas de futsal
   Sexta-feira: 40+40 min futebol7 piso sintectico a trabalhar bem os adutores.
   Sábado a parvoice total: 02:30 min ciclismo de manhã e 45+45 minutos futebol 11 à tarde.

   Preciso de um comprimido para as dores s.f.f.

   O ciclismo:
   Evitar o óbvio. Sai sem rumo certo. Cada vez que me deparava com uma encruzilhada decidi tomar a escolha contrária ao habitual. Acabei a rolar pela Venda Alcaide, Pinhal Novo, Qta Anjo, Azeitão, N10, Comenda, Setubal.
   O joelho sempre a picar ameaçava fazer-me parar a qualquer momento mas foi aguentando. As pernas sempre a doerem mas com uma força que não consegui compreender.
   Não sei dados porque o "garmas" ficou em casa.

   Amanhã nem os olhinhos mexo. Je suis tres fatigues parse que je suis tres fatigues. Tres e quatro e cinco e seis....

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Altos e baixos

 Diz que a vida é feita deles.

 Eu cá sinto-o na pele mas na forma física. E vai tudo bem com treinos e provas e voltas e tudo. Depois fica-se doente e lá vai a forma para o galheiro (diz que é uma terra lá longe). Fica-se bom recupera-se a forma, tudo vai bem e de repente uma lesão. Para-se uns tempos e lá vai a forma para o cú de Judas (diz que Judas também anda por longe). Volta-se devagarinho a ver se já não doi e quê começa-se a ganhar forma e tal e... vai-se de férias. Pimba: papo para o ar, comer e buer, desporto nem por laser e vai a forma para o raio que a parta (diz que tem que estar trovoada e um raio tem que partir algo).



  É assim a vida. Cheia de altos e baixos.

sábado, 8 de junho de 2013

Pá do forno

08\06\2013
ciclismo

  Muita coisa pra falar.

  Nestes dias em que nem é carne nem é peixe, a escolha da indumentária é sempre complicada. Mais roupa menos roupa, mais quente menos quente, mas para a chuva mais para o sol. Nunca se sabe quando o calendário diz que é Junho, o guri diz que podem cair umas pingas, não está sol mas está para o quente mas de manhãzinha ainda está fresquinho.

  Depois de uma semana activa, hoje tinha curiosidade para saber como o corpo reagiria. Obviamente que a volta teria de ser curta nunca mais do que duas horas e meia a três horas no máximo já a esticar. Decidi ir a Sesimbra, um pouco mais para lá.
  Parece que acertei na roupinha.

  O estranho caso do triangulo das Bermudas em Azeitão.
  Coisa esquisita. Quando se chega a Azeitão, há um transito de bicicletas que é uma coisa parva. Entre rotundas é ve-los a circular sozinhos, aos pares, em pequenos grupos, em grandes grupos. É impressionante. Depois vire para onde se virar, quase não se vê ninguém. Para os lados de Sesimbra é um ou outro; para os lados da Serra, mais meia duzia menos meia duzia, para os lados da Qta Anjo pouquinha coisa.
  Das duas uma: 1º -ou andam só a rolar nas rotundas e fazem ali tipo 3horas de exercicio naquele kilometro e meio (se calhar a Junta paga para promover a coisa) 2º - ou vão todos para o lado da Quinta do Conde (direcção do obscuro no Cosmos para onde evito ir) 3º - dividem-se pelos diversos afluentes que ali convergem. Não sei. Das duas uma.
  Uma coisa é certa: é um autêntico triangulo.

   Já no regresso perto de Cabanas cruzo-me com o turtle. Já vai sendo costume e se fosse combinado não saía melhor.

   O calção que pica sem cueca.
   Calção é novo. É da Scott e diz que não foi barato (pelo menos nao tao barato como aqueles da decatlão) e vai daí o bicho começa a bicar-me o péne (péne=orgão reprodutor masculino). Provavelmente uma costura qualquer com um ponto de fora suficiente para me incomodar de tal modo que uns minutos depois vi-me forçado a parar de urgência para ajeitar o....calção e exaltar "ATAO E SE FOSSES PICAR O C*******??"  Imediatamente percebi a incongruência do que acabara de dizer. É que isso era o que estava a acontecer literalmente. Epah mas doeu.

   No final, quase 70 km em 02:38h. Os dados todos aqui numa volta que ganha o nome da forma que tomou: uma pá de levar um assado ao forno de lenha!
   E afinal senti-me tão bem.



domingo, 2 de junho de 2013

Taking the bus

 Eis um autocarro que poderia muito bem fazer a carreira aqui perto de casa!


sábado, 1 de junho de 2013

Ter tino

 Por vezes queremos tanto tanto tanto que perdemos o discernimento no cumprimento dessa(s) vontades. O fim-de-semana forcei-me a pedalar. Sábado e Domingo. Coisa leve no sábado mas sova no domingo (a rapaziada do btt estava endiabrada logo em dia que me dava jeito só a walk in the park). Ambos os dias o esforço saia-me do âmago. Na terça insisto numa corridinha e em meia-hora de exercícios caseiros (flexões, manguitos, etc). A "corridinha" foi um sofrimento com um brinde sobre o joelho. Decididamente não dá.
 Na quinta um futsal só para acelerar o processo de limpeza gástrica.
 Na sexta desisti e fui ao médico.
 Assim a comer caldinhos de àgua, arroz branco e peixe ou carne transparentes, o fim-de-semana fica dedicado ao poisio :-(((
  A isto chama-se ter tino. Não é ter o Tino de Rãs (o tal que canta "pão pão pão cão manteigué tão bãum - eu que nem manteiga posso...) cá em casa. É reconhecer que tem de ser assim.

Agora e porque já faz algum tempo que não há imagens por este lado, imaginem que isto é uma foto do Tino:






 E pronto.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A fechar Maio

Num só mês, dois opostos tão grandes: o bom e o mau e a tentar fechar já no assim assim.
De que falo? Mesmo nos finalmentes de Abril, já com uma roda em Maio, saco uma maratona btt. Dias depois, sai na bitola (acho que bitola é qualquer coisa no casaco tipo bolso...também pode ser um restaurante...ou um bar...ou uma embarcação naval da Marinha ou da escola de Sagres, "O Bitola"... também pode ser uma papelaria de bairro com jogos da Santacasa aos milhões, ou uma taberna. Isso, uma taberna!) a mítica subida ao Alto da Torre, e mais um fim-de-semana depois uma outra saida até Porto de Mós.
 Portanto o resto do mês seria feito de uma semanita de féria para descansar e depois fechar em beleza. Mas estava enganado.
  Uma virose deitou arrumou-me em k.o. técnico 2 semanas.

  Um mês quase perfeito virou um pretérito imperfeito. A recuperar devagarinhoooooo......

sábado, 25 de maio de 2013

esticar as pernas

 Mesmo mesmo a forçar sai hoje para uma pequena volta e esticar as pernas um pouco. Afinal já lá vão duas semanas sem qualquer exercicio e a última delas cheio de bicho no corpo (que ainda nao saiu na totalidade).
 A ideia era uma coisinha bem soft e que nao fosse mais de duas horas para assim nao fazer parvoices.
 Cedo percebi que não estava nos meus dias. Ao passo que me mentalizava para nao abusar, por outro lado vinha a rijeza estupida a puxar para uma volta maior. Sentia-me bem das pernas mas o motor, na parte da caldeira, não estava a carburar nada bem e sem a sua cooperação tudo se torna complicado.
 No Alto das Necessidades fui ultrapassado por um "dez prás duas" que deveria ter perto de 60 e muitos anos. As pernas rapadas exibiam orgulhosas um par de gémeos invejáveis a qualquer jovem. O bronzeado ostentava ser frequente habitual do asfalto. A sua montada era uma "vintage" imaculadamente tratada como se fosse uma Nossa Sra de Tróia no altar.
 Quando chegou à Capela das Necessidades inverteu marcha e desceu no sentido inverso. Eu pensei para mim: "fosga-se....está a fazer séries". Tive que ligar a música para ganhar alguma moral e nao ir logo para casa.
  Uma horinha pra lá, uma horinha pra cá. No final as pernas continuavam a 100% assim como a vontade de pedalar. Mas a tripa nao está ainda para abusos.

  Assim a esticar as pernas andou hoje o Nibali também. Até parece que foi só dar uma voltinha ao alto. Não arranjou foi amigos à altura para o acompanhar. Fez do Giro uma proeza fácil.
 
  Entretanto o "estupido" (titulo atribuido por Armstrong que disse a este respeito "não tenho muita legitimidade para falar do tema, mas um ciclista assim só pode mesmo ser estupido) do Di Luca volta a reincidir na EPO, isto aos 37 anos (!!!) de idade e depois de já ter estado dois anos suspenso.

  Ainda em relação ao Giro, dizia à dias o Nibali "ah e tal o Tour e a Vuelta e não sei quê, mas duro duro é o Giro em que há Sol, chuva e neve pois ocorre numa época do ano em que tudo acontece..". E isto é bem verdade!.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

caldinhes e xázinhes

 E exercicio nem vê-lo vai para 2 semanas. Ou melhor ver até se vê: um Giro de Itália aqui e ali quando o tempo deixa, e o que o tempo nao tem deixado é que o pelotão faça subidas bem ao alto. Hoje novamente são canceladas algumas subidas que inclui o famoso Stelvio. Uma grande baixa.
 Por outro lado o Nibali também já rebentou com toda a concorrencia e a maglia rosa só nao será sua se se der um imprevisto ou se se acabar o sumo de laranja natural. O homem está cá com uma pujança...

 Pra mim depois de uma semana de descanso, é mais caldinhos de sopa e xázinhos para expulsar a bicharada que também ela veio passar férias no meu corpinho. Tá na hora de bazar rapaziada.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

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vamos para um curto intervalo

 (completamente nonsence)

sábado, 18 de maio de 2013

Giro

As coisas são como são e às vezes por mais que se queira são incontornáveis.
Vai daí que a Organização do Giro criou para este ano uma prova das mais interessantes dos últimos tempos, quer pela dureza quer pela sua estruturação.
 A rapaziada conhecida atira-se de cabeça à coisa com a Sky e o seu Wiggins (e também o Hesjedal) a namorar o 1º lugar desde logo.
  Ao fim de uma semana estão os dois fora por problemas de ordem física. O que terá falhado? não deixa de ser estranho. Longe já de atingir o pódio, a Sky terá preferido retirá-los para iniciar um flash-training e levá-los ao Tour, por exemplo, abdicando que um deles ainda pudesse vencer uma etapa? Hummm.
  O que é certo é que hoje e amanhã vão-se realizar duas etapas seguidinhas de montanha. E que montanhas! e que etapas!

   O duelo para mim será a dois com Nibali e Evens. Não sei se mais alguém terá pernas para meter o rabo no meio destes. É pena. Esta edição merecia muito mais.

Eis alguns dos top (antes do inicio): Samuel Sanches, Cadel Evens, Vincezo Nibali, Ryder Hesjedal, Bradley  Wiggins (com halo effect), Michele Scarponi e Robert Gesing (a esticar-se a bom esticar para lá chegar)

  E a propósito do Nibali, contou a sua agora esposa que no primeiro dia em que sairam para se conhecerem, o encontro foi a 3 (!!). Ele, ela e a bicicleta dele. Ahahahahhahahha. Mais uma "after all, im a cyclist"
  (conta que ele levava a bicicleta em cima to tejadilho do carro)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Porto de Mós vs Gaitos Bravos

 Sábado, 11\05\2013
 Btt

  Chegara o dia da desforra. Depois do jogo da primeira mão do ano anterior em que os forasteiros sairam derrotados (ainda que tenham feito um belíssimo jogo - vêr aqui), Gaitos fizeram algumas remodelações no plantel e na táctica, para dessa forma levar de vencida o osso duro de roer Porto de Mós.
   Sair mais cedo, pedalar em melhor ritmo, fazer figas para que não haja tanta avaria técnica, levar muita comidinha e bebida e córtir pra cacete.
   O track também foi refeito, incluindo na segunda metade uma zona nova que diz ser bastante córtida!
   Alvorada pelas 05:30h da manhã, partida às 07:00h depois da concentração e às 10:00h pedalava-se. Era Porto de Mós a criar já as dificuldades iniciais.
   5 min depois da partida, a primeira avaria! Uma corrente partida. Como ainda era cedo, fizeram-se piadas e o regozijo foi geral. Problema rapidamente ultrapassado e seguia-se para a primeira parede. Aliás, os primeiros 15 a 20 km são a grande maioria do acumulado (aprox 1.000m) o que dá para ter uma ideia que quem não tiver perninhas não vai comer bolachinhas.
  Uma descida aqui e ali e as belas paisagens sempre a acompanhar faziam as delicias da equipa e o resultado até parecia que poderia tender positivo para o lado dos visitantes. Contudo os da casa não estavam ali para facilitar e rapidamente encarregaram-se de lutar pela sua reputação. Numa marcação cerrada ao ponta-de-lança, anularam por completo o ritmo de jogo que caiu drasticamente principalmente para os que pesam mais de 230 kg.
  Depois num campo tradicionalmente conhecido por ser de erva dura, os furos são uma constante. Desta vez foi o mais novo do plantel a vitima.
  Alguns km mais à frente e já depois de ultrapassado o desfiladeiro dos Cohones (uma passagem onde os ditos vão bem agarradinhos ao pescoço com medo de cairem), chegava mais uma "lesão". Uma entrada dura de uma descida de Porto de Mós, arrumava com o meu cabo de mudanças do desviador traseiro. Uma autêntica entrada de pés juntos no calcanhar de Aquiles. Nada que o médico de serviço não conseguisse arranjar. Pior foi que ao levantar-se as caimbras quase que o atiraram para a maca.
   Mais uns poucos km à frente, depois de um grande desnorte da equipa no terreno sem saber que rumo tomar, uma pequena parte da equipa tinha dado o estoiro. Eram já perto das 15h quando Gaitos-Bravos decidiram abortar.

  Resultado final:
  PORTO DE MÓS 2 - 0 GAITOS BRAVOS

  Ainda não foi desta que o track é levado de fio a pavio.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Serra da Estrela

04\05\2013
ciclismo

 Mais um desafio que veio de frente. Um projecto antigo que já datava do ano anterior mas que nunca foi nem uma obsessão nem uma fobia. Foi uma ideia que um dia surgiu quase por acaso depois de ver a Volta a Portugal. Na altura não se realizou e acabou por quase cair no esquecimento mas num lampejo de heroísmo, turtle desenterrou-a e trouxe-a à luz do dia.

  Que mais posso dizer? Num cenário idílico tudo teria que saber mais que bem. A metereologia não seria melhor se escolhida por catálogo; o traçado feito em casa mostrou-se mais que bom no terreno; as bicicletas  perfeitas para o plano (comportamento tranquilo nas subidas e rainhas das descidas).
   No fim ficou a sensação que faziamos mais. Ou era a emoção, ou a adrenalina, ou o desafio, ou tudo junto, mas ambos partilhámos o sentimento que o cansaço não invadira o corpo. Uns bichos portanto!
 
  Eis algumas imagens


 Na chegada ao alto o garmin indicava o ponto mais alto de Portugal

Depois ponho mais fotos.

  E o queijo?? e o presunto?? e o vinho tinto?? e o zimbro?? e o javali??? e os licores?? e o jogo de matrecos?? e os de ping pong só para rebentar com as pernas?? e o de setas?? muita bom, mesmo muita bom.

Os dados todos aqui