domingo, 18 de dezembro de 2016

O estranho caso da diminuição da média

  O estranho caso da diminuição da média e o fenómeno Empada!
 
   Nada a ver com esta média e a diminuição do seu conteúdo...

 


  O estranho caso da diminuição da média tem a ver tã simplesmente com o que passo a contar (alerta-secas!!! alerta-secas!!! alerta-secas!!! ....continue a ler por conta própria e não se recrimine ao fim pelo tempo inutilmente nela dispendido)

   Sainda de casa numa daquelas manhãs de vento e quem vais não vais e não sabes para que lado hás-de ir. 
   Dar seguimento ao treino da semana anterior ficou fora de questão pois o mais provável seria levantar voo assim que iniciasse qualquer uma das descidas.
  Então vamos ao calhas e com sorte encontrarei algures algum grupo munido de imaginação para uma manhã soprada pelos idos de dezembro.
   Dito e feito. À chegada a Azeitão, um gang de malfeitores fazia-me uma esperinha. Aguarrei-os pela cauda e fui às sortes que nem um fuso.
   A coisa seguia num ritmo que escolhido por mim não seria melhor. Com o vento a bater ora daqui ora dali, esta era a melhor forma de "viajar".
   Mas inesperadamente dá-se aquele fenómeno da picada de insecto (coisa comum no bicho que vai na frente a puxar) e sai de lá um coice de mula que meteu respeito e vigor na pedalada. 
   Agora era a doer. Quase em sprint em alguns momentos e assim durou um par de km até perto do Montijo.
   O gang virava à direita ao passo que eu virava à esquerda. 
   O pior do pós-apear é que, para além de teres agora toda a tua gadelha ao vento, o corpo pede que mantenhas aquele ritmo, intensidade e sensação de rolar. 
   Bem, enquanto a mão do vento empurrou pelas costas, eu era o maior do mundo. Meio aparvalhado com isto, resolvi dar um olho no garmin para tornar as coisas mais cientificas que é como quem diz, refrear os animos, não fosse partir o motor mais adiante.
   A média estava baixissima. Pulsação? nem ve-la. Cadência? idem. Que raios, então mas comot al era possivel?? 
  Mais um par de km e a média continuava a baixar. Uma olhadela rápida na velocidade: 30 a 35 km\h. E a média continuava a baixar.
  Mas o que se passa aqui, pensava eu. Então mas se tenho a velocidade a contar como é que a média já reduziu para inferior a 25 km\h? E 20 km\h? e 16??? ké lá isto??
  Se isto se prolonga ainda acabo em negativos


   O fenómeno Empada   
   Com tanta distracção, a hidratação e a alimentação ficaram de mãos a abanar e fizeram o favor de se manifestarem logo ali. As minhas pernas, que são umas vai-com-todas-do-caraças, aderiram solidáriamente de imediato a essa causa.
   Mete ao bucho a primeira coisa que vem à mão: uma empada de galinha.  Empurra a golos de água. Pedala, pedala.
    Minutos depois estava novo. Era de fazer inveja a ultrapassar WV Siroccos e tal (xiiuuu, presos na linha montagem, um pequeno detalhe).
   Voava. O homem agora voava. A empada foi feita só de asas de galinha. Ou isso ou tinha o vento outra vez pelas costas. Naahhhh, isso seria estupido. Era mesmo a empada.
   Curva que não curva e fica Coina pelas costas (aiii Taveira) já só com olhos nas tortas. Não nas costas tortas.
   Uma pequena paragem para endrominar o almoço à chegada e siga para uma talegada até casa, o ultimo sopro do guerreiro.
   Subir à capela foi tranquilo e descer até à aldeia, igual mas depois levo uma estalada nos cornos capaz de deitar abaixo qualquer culturista de 100....gramas. 
    Vento de frente e eu sou uma arrastadeira. 
    Era marrar contra ele a cada investida na talega mas o cabrão não se desmorecia e aquilo que são 2,5 km feitos normalmente em 3 min, foram em 4,28 min (1,28 min mais lento em somente dois km e meio?? cabrão do vento)

   No final, já parado a barafustar contra o mundo, olhar o garmin só para ver os números: 404 km percorridos em 3 horas a uma média de 129 km\h. Estou um animal e o garmin está todo marado.

   Em suma, uma bela manhã de se pedalar.
   Ai, ai as histórinhas do ti blog. Ca bom!

  

  
   

domingo, 11 de dezembro de 2016

Finalmente estamos bem ou mal?

  Tá dificil de voltar ao "antigamente".
  É certo que a paragem foi mais ou menos prolongada. Também é um facto que os treinos têm sido meio meio (longe vão os tempos de meses de treinos semanais indoor intensos de 2h). O dia-a-dia também tem sido mais agitado o que trás consigo algum cansaço adicional. E quer se queira quer não, a idade já não é a mesma (???).
  Bom é tudo um monte de desculpas ou são tudo aspectos com fundamento?  Fica-me a dúvida.
  O que importa é ter saudinha para pedalar. Fora isso, mais rápido ou mais lento, mais longe ou mais perto, é tudo uma questão de detalhe.
  É claro que quando estamos em forma as sensações são mais saborosas. Isso já é um objectivo que me apraz.

    Para aqui ou para ali, meti na cabeça que já chegava de "rolar" e numa manhã tão bonita como a de hoje (que luz de Sol tão brilhante), subir à serra não poderia ser descartado de forma alguma.
    Uma subida por Azeitão, outra pela Secil, mais umas voltas lá por cima que as curvas estavam quentes e boas, e descer pelas praias. Que luxo.
     De facto as subidas ainda custam mas fez-se luz em mim. Às vezes andamos à toa com juizos pré-concebidos disto e daquilo. Meu amigo, não há cá enganos! sempre foi a malhar nas subidas que ganhei perna. É por ai sr deputado, é por aí.
    Se no fim não chegares cansado, não vergaste a mola.
    Esperemos que não chova tão cedo.

   A volta tá no Strava mas só acedo eu :-P

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

12 horas depois...

 Caso para dizer que ainda nem as pernas arrefeceram e já estão a malhar outra vez.
 Depois de uma hora indoor cycling que terminou pelas 20:30h de ontem, vá-se lá perceber porquê e meto-me à estrada pelas 08:30h (mais coisa menos coisa que é para o titulo ficar giro e tal).
  Provavelmente para querer curar a frustração de não ter pedalado no domingo, vinha decido neste feriado a uma volta boa, sem contudo deixar de acreditar poder haver algum cansaço ante tão pouco tempo de descanso.

   O que normalmente acontece é começa-se lento e pelo avançar da manhã as pernas soltam-se e lá se vai indo.
  Hoje foi precisamente o contrário (ou pelo menos assim pareceu no "terreno"). A sentir bem solto N10 acima e durante a primeira hora sempre com boas sensações.
  Contudo à segunda hora, e com uma aragem a levantar-se lateral e frontal, tudo ficou mais complicado. A cabeça também não puxava e em resultado foi melhor mesmo acabar mais cedo.
  2 horas hoje, mais uma indoor amanhã e domingo há mais.

   Pouca gente vi mas em contrapartida cruzei-me com 4 ou 5 grupos, uns maiores e outros menores. Certamente num último esticar de pernas antes do Tróia-Sagres.
   Vi gente coberta da cabeça aos pés. Ou ando muito encalorado (not) ou andava tudo com pressa de estrear roupinhas de inverno novas? Não é que tenha estado ameno, que não esteve, mas nada de exageros.

   E porque se falou do Troia-Sagres, este ano por motivos de força maior, fico arredado desse belo dia. Enfim, para o ano.

   

domingo, 4 de dezembro de 2016

prisão domiciliária

 retido em casa pelo mau tempo. Não se aguenta!
 sai a ganhar o sono, mas antes preferia as pernas na rua a pedalar.
 veremos se o feriado trás uma manhã melhor.
 e provas btt? começo a pensar nisso!

  quanto mais pedalo mais gosto de pedalar!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

oh my precious blog

 De facto mais vale escrever qualquer coisa para encher ou não escrever nada de nada?

domingo, 13 de novembro de 2016

de regresso às 3

 Manhã nebulada e fresca, manhã de sol amena. Não é um ditado nem nunca o será. Mas descreve de uma sopapada só como começou e acabou esta matinal de domingo.
 
  Chegamos àquela fase do ano em que não sabes qual o trapo a usar. A máxima "se saires de casa e não sentires frio é porque levas roupa a mais" assenta sempre que nem uma luva.
  Meio à sorte, lá acertei na indumentária.
 
  Ainda sem ritmo e sempre a pensar no joelho, sai com cautelas mas com a ideia de voltar às 3h de treino.
  Pelo caminho ia maldizendo da falta de condição. È de facto necessária paciência para levar de vencida a falta de ritmo. E certo é que sem um plano de treino mais fundamentado e equilibrado ao longo da semana, ainda mais dificil se torna. Nesta fase, desde que me seja possivel ir para a estrada já não é nada mau.
  E enquanto estes pensamentos distraem a luta entre a vontade da alma e a capacidade do corpo, são os aromas a campo que me satisfazem (à excepção das estrumadas\adubadas claro está). Nada como um pouco de humidade para os libertar por essas terras fora.
  E com humildade fui seguindo no meu caminho. Dores vieram e dores foram até que a meio da volta, marcava-se uma bela média de 26 km\h.
   Cada pedalada é um sacrificio e um receio. Tudo tão distante de outra forma de outrora. Pena-se por esta fase mas depois qualquer dia sem se dar por ela, ela aparece.
   E vai disto, um sol radioso e uma empada de galinha puxam-de de volta ao selim e começo a impor um ritmo mais médio. Pensava que a qualquer momento partiria o motor e lá refreava os animos mas as pernas pediam mais e deixei-las ir. Lá estavam as boas sensações a aparecer, mais cedo que julgava e que agradavel surpresa.
  Coloquei os fones nos ouvidos e veio de lá uma playlist do cycling. Mais dificil ainda conter "a passada".
   No final uma segunda metade feita a 29km\h.
   Estes não são numeros que me preocupem mas esta diferenciação serve para perceber algumas coisas.
   Vamos prá frente.

   

domingo, 6 de novembro de 2016

Passo atrás

 Joelho.
 Fim de Semana passado sem pôr o cú na rua
 Terça feriado: 2h indoor cycling (maratona)
 Quarta: 1 h indoor cycling +  30 min natação
  Sexta: exercicios musculação e abdominais 20 min + 40 min bicicleta
  Sabado: natação 25 min
  Domingo: 1:45h ciclismo

 Gelo todos os dias. Não vai bem nem mal.
 Receita: continuar com cautelas; aumentar intensidade gradualmente.

  Há sempre qualquer coisa.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Passo a passo

                               

                                                 Escadas amigas das bicicletas???






Passo a passo...ou melhor, degrau a degrau.... ou melhor, deslizando escada acima, escada abaixo.

  Uma boa ideia residente numa rua de Lisboa, para seguir no caminho correcto.




quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Banhos x3

 Vai mau isto pois. É só post´s a falar do treino e das voltas de fim-de-semana, e da dor aqui e de sei lá que mais.
  Onde anda a criatividade?
  Pois quando o tempo é curto, de facto as coisas tornam-se mais "apressadas". Nunca fui gajo para tal, da tal expressão "ah e tal não tenho tempo para nada e quê...", mas a realidade é que agora ando mesmo apertado de tempo... e tal.

   Conciliar é a palavra de ordem. E regressando ao trabalho muscular, já deu para perceber que estou uma bela mer...tal.
    Continuando a bater nos 3, a coisa agora virou para o lado dos banhos. O primeiro pela manhãzinha, o segundo pós-cycling e o terceiro pós-natação.
   Vale mesmo é que a pele não se gasta.

domingo, 23 de outubro de 2016

4 estações

 Sai de casa já cansado, mas a fome de estrada era tanta, tanta que não dava para evitar não ir pedalar.
  Uma espreitadela pela janela. A manhã estava amarela. Suficiente para sair.
 
  Quando tens tanta vontade que nem raciocinas e só mais tarde te apercebes que se calhar foste um pouco mais forte (vento frontal) do que devias e depois assim do nada...Bummm, rebentas o motor.
  Com dores no joelho primeiro, e nas pernas depois (a pagar a natação de véspera e caimbras que deixaram maselas), os ultimos 30 min foram somente para cumprir calendário.

   Saindo ao Sol e com calor nas Necessidades (dizia para mim que levava o base layer quente demais), parecia Verão, apanhando uma bela chuvada de Inverno antes do Meco que não via um palmo à frente dos olhos, para depois secar ao vento de Outono perto do Espichel, e por fim um Sol timido e ligeiras pingas primaveris em Azeitão.

    Volta molhada, volta abençoada? não pareceu nada. Esperemos para ver o resultado da primeira molha do ano.
   

   Muito pouca gente na estrada a pedalar hoje. Que diferença.

   

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

E vai uma

 Paragem forçada para aviar uma constipação.
 E ainda mal começou o Outono.

 Pena ter falhado o Festival Bike de Santarém.  

domingo, 9 de outubro de 2016

a bater nas 3

 continuando o caminho.
 hoje consegui finalmente "desligar" o cérebro. E tudo foi melhor.
 Quanto consigo pedalar e vaguear nos pensamentos, mergulhando neles de tal forma que quando chega a hora do duche já nem me lembro do que pensei, é quando não sinto a dor, o cansaço, o vento ou o que quer que seja, e tudo sabe melhor. Bem melhor.

  Sinal que a forma começa a melhorar? possivelmente. Seja como for continuo a bater nas 3, ou seja continuo a fazer voltas de 3 horas (esta um pouco mais) para:
  - criar novamente a habituação ao exercicio;
  - cimentar a base muscular que vai dar suporte depois a voltas mais longas;
  - escutar o corpo e as zonas lesadas para prevenir que se manifestem;

   Mantendo para já o registo das 3h, incluindo agora serra (à semelhança da volta anterior), apercebo-me que afinal o quanto me custou subir às antenas foi nada mais o registo de o 2º melhor tempo próprio.  Tá explicado. Curioso que no momento parecia que ia tão devagar até pela manifestação dos musculos e do suor. Como nos enganamos às vezes...

   O resto da volta foi puro prazer.
   Sei que o blog voltou a um registo quase em exclusivo de treinos e tal mas é que não há mesmo tempo para mais de momento :-(

   o que foi ao lume:
    2x 0,75L água
    1 sandes manteiga amendoim e nutella;
    1 banana
    1 barra cereais

    Fome não houve mas àgua podia e devia ter sido mais.


  

domingo, 2 de outubro de 2016

Dia animado

 Dia de Granfondo Arrábida.

 Por esse motivo frequentemente cruzei, em sentido contrário, com os atletas participantes. Foi uma curiosa forma de viver estas coisas.
 Reservei o dia para regressar ao treino de subida. Apesar do cansaço dos últimos tempos, chegou a hora de começar a ganhar musculo outra vez, senão nunca mais.
 Há que aproveitar os lindos dias de sol e de tempo seco.
 No final as pernas sentem o esforço. Tudo normal portanto

domingo, 18 de setembro de 2016

Mais uma volta

mais um treino.

 Continuando gradualmente par ver se a coisa aguenta.
 Hoje foi o reeditar de mais uma volta antiga, coisa para 3h de pedalada.
 Boas sensações, resistindo à tendência para loucuras, portanto mantendo sempre um registo controlado.
 Surgiu uma dormência no pé esquerdo. Será falta de hábito? os meses de calor foram feitos de chinelo no pé... Há que ficar atento.

  

  Consumos: 1,5 L água
                     0,5 L bebida energética


  Ainda um registo: muita gente a pedalar para estas bandas, o que não é normal ou então foi da hora em que por la passei, pois costumo ir mais cedo. Curiosamente tudo em sentido contrário ao meu.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

as primeiras pedaladas



   Sentimento:

   Se não consegues escutar a alma, coloca os phones e escuta a música!


   in uma estrada qualquer dos arredores.

Nova época

 (nada a ver com o post anterior)

  Momento de regresso. Aquela altura em que volto a pedalar. Com calma ainda, para ver como estão as sensações e principalmente para ver se o joelho aguenta.
  Não vai haver muito tempo para treinos mas tem que se arranjar.
  Depois nesta pouco treino há que decidir o que treinar. E nisto tanta coisa que vem a lume:
  - manutenção muscular (musculação gym);
  - natação;
  - pilates ou streching\alongamentos
  - pedalagem (obviamente)

   Escolher o que fazer, conciliar como der. É o primeiro objectivo.
   Hora também de renovar e retocar o plano alimentar. Dar um olhinho em alimentos nutritivos para a práctica desportiva dentro do saudável (tentando evitar os quimicos comercializados ou guardando-os somente para os "dias de festa")
 
   Para já tem-se pedalado qualquer coisinha in and out. Mas ainda com alguma vagareza.

   Provas e desafios? É melhor não fazer promessas a mim próprio.

INICIO

 12\09\2016

 

                                  É APENAS O INICIO!

 

Daqui a uns meses falamos.

sábado, 3 de setembro de 2016

Fui parte II

  Olhe ó fáfavore, agora é meter areia por baixo e o mar ao fundo, sim?
  Obrigadinhes.


Fui

 Hoje foi o fechar de época, isto oficialmente que é como quem diz a pedalar, pois foram pouco mais de dois meses sem o fazer.
  O regresso não foi mau:

   1ª semana: 3x1 h indoor
   2ª semana: 2x1 h indoor + 1x1,30h outdoor
   3ª semana: 2x2 h outdoor + 1x 2,45h outdoor

    Pois hoje foi dia desta 2,45h outdoor. Já deu para perceber algumas boas sensações e também as muitas lacunas da falta de treino.
    Mas a vontade e o prazer? Uii essas estão em altas.
   
    Pedalando na hora semi-profissional (das 10:15h às 13:00h) as "emissões de CO2" foram estas:

    - uma sande
    - uma empada
    - uma banana
    - 1\2 L bebida caseira
    - 3x 0,75L água

    Tou a gastar água que me pelo.



    Logo, logo haverá mais, assim espero.

    


 

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

poesia das dores

Na minha bicicleta não sinto dores
Na minha bicicleta sofro horrores
Mas os horrores que sofro nela
Sabem-me a limão e canela
E mesmo o pior dos horrores
Sabe-me melhor que o melhor dos sabores
Na minha bicicleta não sinto dores
Na minha bicicleta sofro horrores
A minha bicicleta, amor dos meus amores


Dedicado a todos os que por esta ou aquela limitação, não podem praticar a acitvidade fisica que tanto adoram.
Só nós é que sabemos!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

O que se vê por essas estradas fora

A saber:

Karaoke? animação garantida
depois Festa do Chupa? não sei o que é, mas sendo tudo actividades da cavidade bocal (karaoke+festa do chupa) é capaz de ser coisa só para profissionais.
O remate final "venha-se divertir" só por si ja dispensava o boneco revirado de prazer com a lingua de fora.


In & out again

 Depois de duas semanas em indoor, chegou a hora de me aventurar novamente por esse asfalto fora.
 Quinta e domingo. Voltas tranquilas. Não há números, não há nada. Apenas muita saudade, muita vontade de pedalar.
   No domingo à tarde ainda houve mais uma actividade fisica. À noite caí redondo na cama.

                                                               Cromagem de manhã:
 


Cromagem à tarde:



 

  Hoje e porque ao dia de semana à hora de ponta é dificil escolher caminho, fiz-me à serra. Demasiado? Talvez mas a ideia era fazer bem vagarosamente. E assim teria sido, não fosse o vento trocar-me as voltas.
  Descer não foi muito agradável. Uns safanões aqui e ali quase provocaram o susto.
  Para lá de dois meses parado e a forma foi-se. Tudo muito preso ainda. Há que ter paciência até as coisas começarem a fluir, mas vai daí ainda falta a minha silly season.
 
 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Droigas


   Pregabalina, Deflazacorte, Cianocobalamina, Piridoxina, Tiamina, tudo isto num cocktail misturado com calor aqui, gelo ali, fisioterapia acolá.
   Não tentem tirar-me sangue. O doping não dá espaço para tal.


  Diz-me o que tomas, dir-te-ei quem és.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A prova mais dura

  A prova (ou a etapa) mais dura é aquela que nos fica no lembramento para muitos e muitos anos, aquela que nos queixamos a vangloriar por vangloriar, como quem diz que a dor foi insustentável para valorizar o feito glorioso de a concluir.
   O frio que queima e faz sofrer, o Sol que seca e faz desidratar, a distância interminável que nos faz acreditar nunca mais ter fim, o esforço previsivel que se torna insustentável.
   A maior das subidas, o maior dos obstáculos. As maiores subidas congregadas, os maiores obstáculos congregados. Adamastores e outros horrores....



   Mas essa, a tal prova que nos fez duvidar até da continuação, a que nos fez pregar, rezar, amaldiçoar, chorar (não necessariamente por esta ordem) não é a prova mais dura.
   A prova mais dura de superar é aquela que nos acontece quando já estamos parados.
   Superar uma lesão impeditiva de praticar o que gostamos de praticar é a Mãe de todas as superações, o derradeiro desafio à capacidade do individuo.
   E à medida que o tempo passa, adensa-se a força necessária para a sua superação. A desilusão bate à porta e vem de mala às costas para se instalar por uns tempos e o desespero está já confortavelmente vestido com a nossa frustração.
  Mas não há volta a dar. Como qualquer outro feito de elevada estirpe desafiadora capaz de fazer tombar o mais forte dos Deuses, também aqui há que continuar.
   Remar contra a maré, lutar. Querer vencer o maior dos obstáculos é a maior das superações. Querer curar, sarar, tratar, para fortalecer, voltar, regressar.

   Que saudades!

   Sejam guerreiros.

sábado, 6 de agosto de 2016

A Volta a Portugal em Setúbal

PARABÉNS SETUBAL
Hoje Setubal saiu à rua. Num dia de trinta e tal graus, a população encheu as artérias da cidade para brindar e apoiar a passagem da caravana da Volta a Portugal.
Que fantástico foi ver nas bermas da estrada, de uma ponta à outra, um filamento de gente, a desaguar numa enorme multidão na principal avenida da cidade.
Dos mais miúdos levados pelos pais aos mais graúdos levados pelas suas bengalas, à sombra ou ao Sol, trocaram a praia ali tão perto para aplaudir estes atletas do pedal num espectáculo para toda a familia para todas as idades.
Sim, um espectáculo pois é todo um arraial de oferta colocado ao dispor da população, desde passatempos, ofertas de brindes, comes e bebes, jogos, e até ecrãs gigantes para se assistir à prova quando esta ainda vem longe.
Vi uma multidão com alegria, com emoção, com vontade de estar na rua, com vontade de viver.
E vi o comércio cheio: cafés, restaurantes, esplanadas, negócios de ocasião montados ali para o efeito, as publicidades das marcas e das equipas a trabalhar.
E vi uma Organização exemplar. Por todos os seus intervenientes, desde a Direcção da prova às forças de segurança, auxiliares, irrepreensivel. Tudo a funcionar de forma perfeita e harmoniosa.


Só não vi as vozes contestatárias que levaram à discussão e alteração do traçado, pois entenderam que todo este fantástico evento daria conta dos seus negócios à beira-mar das praias montado. Não os vi e eles também não viram que perderam somente o melhor dia de negócio do ano, talvez mesmo dos últimos 40 anos.
Mas sobre isso não vale mais a pena falar.
À cidade de Setúbal e às suas gentes, os meus parabéns pois aquilo que mostraram hoje, nesta forma de celebrar e receber na sua terra, foi de uma grandiosidade enorme igualavel à da natureza do próprio evento: a Volta a Portugal.
Venham mais eventos. Está provado que os queremos.
Assim vale a pena viver em Setúbal.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O caso Froome - Tour 2016



COMO PELUCHES NAS MÃOS DE CRIANÇAS

Vi na altura e nem quis acreditar no que os meus olhos presenciavam. 

Todos os anos, em todas as provas mediáticas, e mais principalmente em todas as subidas mediáticas em que os ciclistas forçosamente seguem mais lento, assisto de coração nas mãos ao que é para mim um espectáculo igual ao de um suicidio.
De que falo? do mesmo que falo todos os anos: do público! Podem muitos dizer que o aglomerado de pessoas que se assomam aos ciclistas na sua passagem para além das bermas das estradas, dão colorido, dão enfase, dão entusiasmo a quem vê e a quem pedala. Podem dizer isso tudo e que mais queiram. Para mim não é assim e passo a explicar:
Parto logo do principio que na maioria das modalidades desportivas, o publico está no seu devido lugar e não tem acesso aos atletas, ou se tiver é prontamente colocado no seu lugar, que é na esquadra mais próxima. Depois disso, a presença de todo aquele maranhal de gente que vemos subidas acima,
1 - prejudica o espectador: quantas vezes em casa acabamos por apenas ver quem vem na traseira do grupo ou quem vai na frente;
2 - no seguimento do anterior, prejudica quem está a trabalhar: seja para os cameraman, seja para os comissários, seja para os carros de apoio, etc;
3 - prejudica o próprio publico: por mais que se cheguem dentro da estrada, pouco ou quase nada conseguem ver, isto senão os mais afoitos, vulgo loucos, que tomam os lugares da frente quase ao colo dos intervenientes na prova;
4 - e apesar de ser 4º deixando para último propositadamente por ser o mais importante: prejudica o ciclista que nem consegue ver o que se passa com os seus adversários e que se quiser lançar um ataque passa por onde? quantos mais casos precisarão de acontecer como o de ontem? quantos ciclistas já foram prejudicados com situações semelhantes ou outras? o incauto publico, muitas vezes em excesso de alcool (e que mais sabe.se lá..) atira-se para a frente, toca, empurra, ostenta bandeiras em frente ou ao lado dos ciclistas (muitas vezes nem è a bandeira do atleta, vá-se lá perceber o acto) sem noção que esta pode prender-se no guiador, na roda, e mandar o ciclista ao chão, correm ao lado quase tombando na estrada (e que desgraça daí poderia vir) e tudo o que demais possam imaginar.


antigamente era assim...




A coisa vai agravando ano após ano, pois decidiu-se (além das próprias pessoas que gerem a transmissão TV, outros que demais) que os "cromos" e outros parolos, passassem a ser um espectáculo a visionar dentro do espectáculo.
Ora se dás destaque a um estupido, passado um dia tens 5 estupidos a quererem o mesmo destaque, and so on, and so on.


hoje em dia é assim (veja-se onde está a berma da estrada)
















     estrada? onde?

    A coisa já vai de tal maneira que até se vêem "tiffosis" (segundo os comentadores de determinado canal TV) a largarem fumos à passagem dos atletas. Ora isso então é que deve saber mesmo bem! Vai um ciclista a subir com o Carmo e a Trindade nas mãos ofegando quase que rebenta, e uma golada bem funda de fumo era o que vinha a calhar.

      Depois vamos vendo aqui e ali, os desgraçados dos ciclistas a serem verbo de encher. Como peluches nas mãos de crianças, têm que aguentar que lhes façam tudo, acrescendo que vão em esforço intenso de cento e tal km nas pernas quando ainda têm que dar o maior impulso chegando à subida, e o desgaste já faz o raciocinio tender para o lado do nada, têm que aguentar! . Alguns (poucos a meu ver) não aguentam e têm gestos menos bonitos com o publico, o tal elemento que paga isto tudo e que depois estraga o próprio show.
E muito mais por aí poderia ser dito mas acho que já dá para se ter uma ideia.



Alguns de vós poderão agora dizer que não há solução possivel, que é mesmo assim, que é tradição. 
Lembro-me num Giro bem recente que havia tantos mais policias como outra força de ordem que na altura não consegui perceber, e barreiras sem fim, nos ultimos (longos ultimos) km de etapas de gabarito montanhoso. Foi um exemplo e foi tão bom de ver, tão limpo, tão tranquilo.
Infelizmente o próprio Giro abandonou esse conceito. Demasiada despesa? talvez, não sei.
Sei que a continuar assim, é o espectáculo quem perde, o espectador, e acima de tudo, aquele que é o artista principal de tudo: o ciclista.

Agora vêem as teorias de que a Organização deve tomar os tempos à queda ou não, que isto e aquilo... Tarde demais. Tudo isso seria evitado se nada disto se tivesse dado. E se se deu foi por culpa da Organização.
E a Froome já ninguém lhe tira mais um pouco de mal-amado pois goste-se dele ou não, ficará sempre a polémica de algo onde ele foi prejudicado.




O que aconteceu ontem, não me admira, já previa (e como eu destesto dizer "eu não disse?"), e a continuar neste ritmo vai voltar a acontecer...cada vez mais.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

O jantar está servido!

 Ora parece que ja dá para escrever qualquer coisinha.
 Ainda a braços com recuperação fisica que impediu escritas e tudo mais, mas já com força para bater umas teclas.
  Tempo nao tem faltado e vai daí até deu para ver a apresentação das equipas para o Tour 2016. Coisa bonita e tal de se ver, somente porque não dá para fazer mais nada senão estar de cu sentado e comando na mão.
    E como poderia imaginar o que estava para vir? A primeira parte da big meal, mesmo mesmo pronta a ser servida.
   Sobe ao palco a equipa da Astana: Aru e Nibali são os primeiros dos azuis-bébé todos alinhados lado a lado.
  Só o facto de os ver ombro com ombro não pude deixar de achar caricato. Depois ambos a sorrir? hmmm.
   Se a coisa só por si já estava fenomenal, um dos dois apresentadores vai numa de perguntas. E começando pelo Aru dispara:

   - então e o objectivo para o Tour é...?
   - vencer - responde o Aru (isto é somente um resumo muito curto do que realmente para aqui interessa)

   Muito bem, penso eu, e assunto arrumado, siga para a frente venha a próxima equipa. Not!!
   Não satisfeito, o jornalista destemido e armado em Teresa Guilherme, versão "picante" sem ser na area dos relacionamentos gratuitos e sexuais, vai de microfone em punho (epah, poupem-me arremessos ronaldeanos) em direcção ao Nibali, e antes que eu tivesse tempo de pensar que tipo de pergunta se poderia colocar depois ao que já fizera ao Aru, dispara:

   - então e o Nibali?? qual o objectivo para o Tour???

    Uiiiiiii, eu nem queria acreditar! ké lá isto??? pimenta na mesa da cozinha logo assim ao abrir?? um apresentador destemido e pronto para a loucura??
    Isto só podia ir dar merda. Tudo para começar ja round 1 entre dois galos na capoeira azul.

  E enquanto afio a faca e o garfo, de babete já colocado e lingua a salivar, vem de lá a resposta em inglês manhoso e escasso do vencedor do Giro:

   - ajudar o Aru

   WTF?????? O mundo acabou ou isto é para os apanhados???

   p.s. a foto abaixo não é do evento em questão mas não deixa de ser igualmente surrealista. Im lovin it e ainda não começou

 



domingo, 19 de junho de 2016

Mau demais para ser verdade

Um belo dia estava eu a seguir entusiasmadamente o Tour de Suisse, continuando a dar largas à minha satisfação de uma temporada de ciclismo emocionante que nos tem brindado com provas de elevada competitividade e muito mais.
  Já me ando quase a sentir como aquele anuncio da Sumol....




  Continuando, esta eu a assistir à transmissão quando vai nisto o ecrã divide em dois e passados alguns minutos, na outra metade de ecrã que não ciclismo, vem de lá uma conferência de imprensa do "mister" Santos. Tudo o resto a minha opinião é tal e qual esta:

http://www.etaparainha.com/2016/06/a-cmtv-e-volta-suica.html



  Mas se julgamos isto mau, na etapa do contra-relógio, seguia a transmissão dentro da normalidade, quando nisto o comentador rapidamente introduz um "alerta de última hora" tendo para o efeito que interromper-se a transmissão. Pensa o telespectador: que raio terá acontecido?? acabou o Mundo, acabou a crise financeira, ou mais grave e no seguimento do mesmo tema que fizera interromper a transmissão num dia anterior, o CR7 encravou uma unha do pé.
  Nenhuma das anteriores e nem que tivesse acabado o Mundo, primeiro quereria o amante da modalidade, terminar de visionar a sua paixão.
 Inspire-se fundo e que venha de lá essa "ultima hora" que qualquer comum amante de ciclismo aguenta uma pequena interrupção.
 Pois o que me leva a sentir que esta interrupção foi pior que a da conferência de imprensa foi mesmo que de pequena interrupção nao teve nada. Nem quis acreditar.

   Mau demais. Mas também vindo de onde vem não é de esperar.
   Mas, reflectindo melhor chego a outra deliberação, esta bem mais adequada: o que não era de esperar era um canal destes com um conteudo destes, ou seja, o Tour de Suisse.

  Isso é que é totalmente desajustado e a reclamar o telespectador de algo, deveria ser disso mesmo.


  P.S. já agora, acho que o Fernando Santos colocou o Rafa em campo aos 87 minutos cedo demais e deveria haver um prémio jornalístico para o ou os profissionais que conseguem ou conseguiram (e conseguem em tantos outros temas) encher xórisses durante tanto tempo sobre a mesma peça, em directos cuja duração breve de 5 a 6 minutos seria suficiente para dar o todo da noticia...

sábado, 4 de junho de 2016

Indoor cycling + volta ao ovo

 Sábado,

 "Cravado" para aula de substituição, mas nem por isso deixando a manhã pela metade.
  Assim, no pós-indoor 45 minutos, mais 55 outdoor a malhar bem.

  Percebe-se que sai a bom ritmo. Terá sido:

  hipotese A: a gelatina + home-made energy bar
  hipotese B: só a gelatina (pois a energy bar nao fez nada)
  hipotese C: cheio de pica e ainda com o bálanço do indoor
  hipotese D: a pressa de chegar

   Who know´s?? Who cares??

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Preparação 1 e 2

 Gerês será uma miragem ou talvez não?
  Vai depender de 2 factores: alta médica e condição fisica\psiquica

   Até lá, são duas semanas. Duas semanas para perceber estado do bicho.
 
  Preparação 1
  Em ressaca da Maratona do SW - Odemira, em que cometi um erro parvo (pouca hidratação) e paguei a factura, fiz 1 hora de cycling.
   Boas sensações. Zero cansaço, mas também nada de exageros.

  Preparação 2
  Aproveitando o feriado e sendo aquela bela criança de 1 de Junho, fui brincar para o quintal. A ideia era fazer 2 horas, mas incluindo subida.
  Custou um pouco a subir, já que a rolar nem por isso. Contudo olhando para os numeros, afinal nem fui tão lento como pensava que tinha sido (a cabeça na altura prega-nos grandes partidas, de facto), mas as pernas doeram e não tinham muita vontade.
   No fim, nenhum cansaço por demais.

   Venham os próximos treinos, ao que o fim-de-semana será fulcral para um teste mais à séria. Depois é esperar.

  

sábado, 28 de maio de 2016

Pré-provas

 Bonito nome, quem sabe para um cão: préprovas. Préprovas anda cá ao dono!

 Hoje escrevo. E no momento em que me sento para o fazer, reparo em como tenho estado desligado disto. Motivo? não sei.
 Também ela, a escrita pela escrita não deve ser forçada. Não deve ser por obrigação nem tão pouco desinspirada. Por isso mais vale "calado" que escrever por escrever.
  Vivem-se dias de maior passividade. Desportivamente falando, claro está. São tempos de abrandar, respirar fundo, relaxar. Com mais ou menos vontade. Certo é que não se pode andar sempre a fundo e agora antes mesmo do fim de mais uma "temporada", dá-se o momento ideal para levantar o pé, ou mais adequadamente, esticar as duas pernas sobre um puff.
  Até porque o futuro próximo é incerto e muito provavelmente vai obrigar a uma paragem forçada.
  Mas não é do futuro que venho escrever, nem tão pouco do passado.
  É de pré-provas.
  Pré-provas são os dias que antecedem a participação num evento. Pré-provas são as sensações, os sentimentos, as dúvidas e incertezas, os preparativos, as últimas verificações,

   Isolado do mundo faz três dias mas perto da localidade onde se vai dar a participação em mais uma maratona de BTT (finalmente o regresso), agora no final de tarde véspera do evento, vem à cabeça todos esses predicados.
   Em luta, em pleno braço de ferro, sem saber quem vence, é de um lado a vontade em colocar o rabo novamente na mérida maratonista. No outro todas as dúvidas e incertezas de um teste fisico dificil, exigente.
   Mesmo quando o principal objectivo é "passear", saborear o momento, custa a não duvidar da capacidade de não vir a sofrer.

  Mas para lá de tudo, e porque o jantar já cheira e o momento não é de mais escritas, uma coisa já está do lado dos ganhos, matando essa saudade: nada mais do que aquele bichinho que nos percorre da cabeça aos pés, causando um formigueiro com um misto de estranho e bom. Como se chama esse bichinho? pré-provas!
  Pré-provas, anda cá ao dono!


sábado, 30 de abril de 2016

TGV quê?

 Eram perto das 08h da manhã quando o despertador tocou.
 Apesar das apenas 5 horas de sono, dei um pulo da cama e fui raiar à janela. Num instante veio-me à cabeça que para além do sol lindissimo lá fora e de uma temperatura agradável, andava por aí um vento moderado. E em outro instante, uma decisão: TGV.
  Faz tempo que não o "apanhava" e assim seria juntar o util ao agradável.
  Como a hora já era tardia nao me restou senão colocar a bicicleta no carro e rapidamente ir até Azeitão.

   Mal estava despachado e já outro ciclista alertava: "ele aí vem". De um impulso sem mal dar para aquecer, apanhei-o de um safanão que quase me saltou o pequeno-almoço. O comboio vinha desgovernado.
   As pedaladas seguintes foi estabilizar numa carruagem confortável. Por esta altura já matava saudades.
   Mais adiante a coisa começou a desagradar-me. Uma catadupa de acontecimentos deixou-me incomodado. Algo não estava bem. Não parecia o tgv que conhecia.
   Este organismo mutante que é um pelotão, que toma formas e jeitos que o vento molda ou que a ferocidade, maior ou menor, impõe, tem algumas regras.
   Não é dificil nele coabitar mas aquilo que sentia, via não me agradava:
    - Já ninguém indicava os obstáculos da via publica: buracos e tampas de esgoto eram galgados a seco, em que o barulho dos cavalos de aluminio ou carbono doiam na alma de quem os ouvia, mas não eram suficientes para abafar uns "fodsssssss" que os galgadores emitiam.
   - já ninguém ou poucos sinalizavam as mudanças de direcção, fossem as suas fossem as de apanhar outra estrada adjacente.
   - já ninguém sinalizava o abrandamento ou quase paragem do pelotão.

    Tudo isto junto e os calafrios misturados por entre os sustos, fizeram-me descair para a cauda do grupo. Uma ou outra reclamação mas poucos pareciam dizer mais o que quer que fosse.
    Adiante uma rotunda e passam a eito. Simpaticamente o carro que nela tinha prioridade parou. Seguidamente um semáforo vermelho e poucos foram os que pararam.
   Cada vez mais desagradado vi ainda um automobilista fazer uma ultrapassagem a todo o grupo de tal forma medonha que foi sorte não cair ninguém.
   Mas na raiva demonstrada à laia de esbracejar de braços e levantar de cabeça num só golpe e dos proliferados palavrões dos ciclistas que não respeitam mas querem respeito, todo o grupo se desorganiza.
    Naqueles segundos de hesitação o insólito dá-se. Vá-se lá saber porquê, um ciclista sai para fora de pé, que é como quem diz, vai para fora de mão. E outro como que num movimento simetrico sincronizado, dita do mesmo movimento cruzando-lhe pela frente.
   Resultado? os dois para o chão. Felizmente ninguém se aleijou. Felizmente nenhum carro surgiu em sentido contrário. Infelizmente a cabeça destes dois nao funcionou.
  E se tal nao fosse suficiente, ainda queriam estes dois lampejos de inteligencia pegar-se em pancadaria. Bom pelo menos um deles ao que ainda o ouvi barafustar "só não lhe dei porque a bicicleta não sofreu nada". Bom, há que dar a mão à palmatória, pelo menos pelo amor que tem pela sua bicicleta mais que por si próprio.
   Bem, também eu partilho de igual amor: mais pela sua bicicleta (fosse ela qual fosse) e nenhum por ele próprio.

   Foi o ponto final. Ou quase.
   Arredei-me de tudo aquilo mas um parceiro a estrear-se em comboios fora de carris lançou-me a corda. Em dois dedos de conversa daqui e dali e sem reparar ja estava novamente com o grupo, sabe-se lá em que parte do distrito.
  Foi ir indo. O ritmo aos safanões não fazia bem ao meu joelho e às minhas pernas, vitimadas por uma semana mais "pesada".
   A acusar algumas dores pensava "como estou fora de forma, que antigamente acompanhava tão bem". Afinal, a média seguia nuns simpáticos 34,5 km\h. Não era eu que estava mal...

   Um pouco mais adiante e sai da twilight zone e depois de ver um namorado a fazer lançamentos com o braço a impulsinoar a sua namorada para a frente, para que esta assim ganhasse balanço e aliviasse as pernas não perdendo o comboio, isto vezes sucessivas sem conta, não hesitei mais: apeei-me de tanta confusão.

    Vinha sozinho com os meus botões, ah, sozinho com os meus pedais, e sentia as caimbras a aparecer, coisa rara que me sucede. Enquanto decidia se mantinha um ritmo vivo ou deixava fluir até Azeitão, fui caçado novamente pelo comboio.
    Desta feita já só vinha a locomotiva e assim pensei: que se lixe, vai mais uma viagem até à próxima estação.

    Assim não.

  



segunda-feira, 25 de abril de 2016

onde anda a vontade?

 Fim-de-semana grande, bom para pedalar.
 No sábado nicles. Só me apetecia dormir.
 No domingo, mesmo tendo deitado cedo, só me apetecia dormir. Sai para a rua ja um pouco mais tarde. Forcei pouco mais que uma hora a pedalar mas sem qualquer pica. Decidi abortar e voltar para casa.
  Na segunda mais do mesmo, mas a lutar para ter vontade. Depois de uma primeira parte a "passear" liguei a raiva. Mas afinal que passa aqui? É a cabeça, são as pernas, é o quê afinal? Comi uma empada, meti os phones nos ouvidos, ignorei todas as vozes dentro de mim com excepção de uma: pedala cabr**ão, pedala com força.
 
  E assim foi uma segunda parte a sério.

  Fico para perceber se é o corpo, se é a mente.... Ou se foi de uma cabidela que comi.

 

domingo, 17 de abril de 2016

Fim de semana agitado

 quando o social combina juntar tudo no mesmo fim-de-semana e te baralha as contas da tua vida (tua vida= vida na bicicleta= a vida).
  Este foi um desses fins-de-semana.
  Jantaradas, futeboladas, titaradas e hoje de manhã, a vontade ainda me fez pedalar pouco mais que uma hora mas tive que abandonar a team e regressar a casa.
  As dores nas pernas e nas costas e a caldeira avariada não deixaram outra solução senão parar.
  Mais vale assim que fazer asneiras.

 

sábado, 9 de abril de 2016

Sobe e desce

 Há sempre desculpas. É um facto.
 É porque dormi pouco, é porque dormi mal, é porque está vento e frio, é porque tenho que chegar cedo a casa, é porque esqueci os óculos, é porque estou mal dos intestinos. É porque, é porque....
  Deixa-te de desculpas.
  Dormiste pouco? dormisses mais. Dormiste mal? hoje dormes melhor. Dói a barriga? pedala que a dor nas pernas faz essa passar.
  Desculpas são lamurias. Ou vais ou não vais. Se vais dá o que tens.

 Fui editar uma volta de à dois meses atrás. Escusado será dizer que estava algum vento. De hoje em diante passarei a assinalar apenas quando não houver vento. Sempre poupo no latim, no leitor e em mim próprio.

  Manhã toda ela muito "desértica". Muito poucas gentes do mundo do pedal. Serra muito livre só para mim!
  Com o cenário de chuva ao fundo mas com o Cristo Rei a aguentá-lo, senti algumas dificuldades em determinados momentos, tanto na primeira subida à serra, como na segunda.
  Se me perguntassem, diria logo ali que não teria sido das minhas melhores voltas. E no entanto foi (das que ficam registadas, entenda-se).
  Mas mais importante, claro está, foi o prazer de se fazer aquilo que se gosta.
  E por mais que saibamos que vamos sofrer, que vai doer, que em determinado momento gostaria de ter a porta de casa logo ali, uma hora depois de acabar já tenho vontade de sair outra vez.
  É a isto que se chama paixão. É bom, dá prazer, por vezes dói, não se vê, não se consegue explicar.

   Love to cycle.

   

domingo, 3 de abril de 2016

Sem saber para onde ir

 Às vezes é assim. Muitas vezes é assim.
 Pegas na bececlete e sais sem rumo. Normalmente acaba por não dar bom resultado. Hoje até nem foi bem assim. Nem sai completamente sem rumo, nem acabou por não dar bom resultado.
  Explicando melhor: até levava na ideia editar uma volta habitual, contudo não sai pela certa. Digamos que estava quase decidido.
 
   Fiz-me à estrada com uma ou outra alteração. Cedo comecei a sentir o vento a aumentar de intensidade e decidi que em Palmela ou Azeitão tentaria apanhar uma roda. Só que vai daí nem na terra do castelo nem na terra das tortas vi vivalma... no meu sentido. Todo o povo pedalava na direcção contrária. Um clássico portanto.
   Mais uma ou duas talegadas e lá aparecem mesmo em boa hora 3 marialvas a descer em direcção à Quinta do Conde. Em boa hora pois o vento estava mesmo de frente. Venha de lá essa roda e começamos a "rodar". Sim, porque nem só de boleia vivo.
   Mas rapidamente apercebo-me que o "rodar" desta malta era aos esticões. Saia um em sprint (literalmente), depois saia outro, depois abrandavam todos.
   Mais adiante na confusão do mercado (domingo dia de mercado), por entre carros e mais carros, deu buzinadela e um deles quis chegar a vias de facto com o automobilista.
  Foi a minha deixa. No cruzamento seguinte despedi-me cordialmente e fui à minha vida.
 
   Desisti da ideia de apanhar roda. Viesse de lá o vento. E veio... mas pelas costas. Ah, grande amigo. Sentia-me o maior da cantareira. Parecia que era tudo meu e que as forças não se esgotavam.
   De regresso a casa não me apetecia parar. E não parei.
   Atravessei a cidade a meio e apanhei outra saida. Mais uma volta para outro lado qualquer, sempre a improvisar no momento.
    Mas o vento agora fazia-se sentir mais veementemente. Estava colado ao chão. Curva para a esquerda e vinha a maior subida da manhã, senão a única. Forças retemperadas apesar de uma alimentação muito mal feita.
    De punhos cerrados não hesitei em atacar o que viesse pela frente. Sem loucuras.
    Soube bem esta manhã às sortes.


   

terça-feira, 29 de março de 2016

dificil de entender

 Ele há coisas que realmente não são nada faceis de perceber.
 A pedalada alentejana mistura o puro prazer de pedalar no campo, estradas desertas, bom piso, ar puro, paisagens tranquilas, com.... sofrimento.

  Pois parece que de cada vez que saio à estrada é para levar porrada. Faça 75 ou 90 km, para norte, para sul, etc, no último terço parece sempre que já fiz uns 200.
   O que pode explicar isso? a única coisa mais óbvia é a altimetria dos percursos. É que se por um lado não há serra, por outro as estradas são todas num sobe e desce de tal ordem que o acumulado nunca fica longe dos 900 a 1.000 m.
  Pois será isto que se chama o quebra-pernas. Poucas são as zonas onde acabamos por deslizar a direito e manter um ritmo constante.

   Falam que o Alentejo é plano. É, mas visto ao longe.

sábado, 26 de março de 2016

Na Páscoa, pascoar!

 Ou seja,
 Trabalhos de campo (sim, não é só o Rui Costa), comer bacalhau de várias maneiras e beber tintos.
  No dia seguinte pedalar, aviar assado de borrego e coisas e beber tintos. Sobremesas que até dói.
  Ver o Tour de Cataluna e passear em Badajoz.

  Ainda falta um dia.


 

sábado, 12 de março de 2016

Pegões by Viegas e um conto de encantar



   Uma semana complicada. Uma destas viroses da moda que teimam em ir embora, dificulta a respiração e a paciência.
   Ainda assim na dúvida, mesmo com a dificuldade sentida no ginásio durante a semana, hesitante, acabei por sair com a equipa.
    Sensações estranhas com dificuldades no grupo muscular do trem inferior e as óbvias capacidades respiratórias reduzidas.
    Ainda assim, renasci depois de um mini pastel de nata e mini croissant de chocolate em Pegões. Vida nova, animo novo, bom ritmo neste trio de sábado.
    Conclusão: os bichos da virose vão-se abaixo com miniaturas gostosas.


    Um conto de encantar:

     Titulo: Um conto que vale por dois contos (na moeda antiga)
   
      Manhã linda para pedalar, pelo ginásio passo em primeiro lugar,
      Logo na recepção levo um sorriso e uma oferta, simpatia assim já não é descoberta
      - desejeis um café bom senhor da estrada?
       - oh quanta gentileza colega prezada. Aceiteis dois contos para pagar?
      - não seja educado, depois havemos de acertar
     
       Não saio com pressa, tamanho bem-estar mas é o vento que me há-de levar.
       No fim do meio-dia torno à boa casa, trago conversa de grão na asa:

      - colega prezada dexei minha nota?
      - de que faleis ciclista de estrada?
      - dois contos que trazia, mais nada. Incauto que os perdi.
      - oh que incauto, não vi, não vi
      - pois que numa taberna percalço passei, comi bebi e não paguei...
      - Jesus credo, que coisa senhor! Andais fugido agora da Lei?
      - pois não que nada roubei. O taberneiro duas escolhas me deu
      - quais, quais? que aconteceu?
      - a filha virgem me ofereceu, feia como o breu ou uma porca que nunca nenhum rebento concebeu
      - oh pobre senhor pois agora tendes que casar?
      - não por demais, mas para a Páscoa um leitão lá terei para manjar.
     

domingo, 6 de março de 2016

oh blog quanto sofres

  ...de solidão!
 
   Passam-se os dias e o tempo, esse malfadado bem escasso que nos escorre por entre os dedos como areia fina, para escrever nunca chega.
  Chegou agora passadas quase duas semanas. Certo que também pouco se passou que seja digno de referência.
   Para além da rotina semanal, o domingo passado teve direito a uma saida com um outro grupo, uma junção entre WSP e Goopersports, numa volta que apesar do muito vento, acabou por ser agradável.

   Hoje, de molho com uma constipação, a luta é outra.

   Entretanto abriu a época do sofá, e que belo começo: A estrada branca trouxe já uma pica que só apetecia ver mais. Cancellara, Stybar, Sagan no fim, mas tantos outros por ali fora. Que maravilha.
  Depois um belo jogo de rugby do Torneio das 6 Nações. Fantástico! E pelo caminho ficou um Tottenam vs Arsenal para ver que lá está, o tempo não dá para tudo..

   Ah o quanto queria estar na rua a pedalar.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

95km Sobe e desce

 domingo

  Numa bela manhã destas só podia ir pedalar. Proibido ficar em casa e desta vez saindo com o caminho bem definido. Qual?
  Com ideia de fazer um sobe-e-desce, definindo 3 objectivos expecificos e se no fim houver forças, tentar um ritmo forte.
   Assim foi. Subir à serra pela Sécil foi o primeiro. Que belissimo dia para subir. Há que aproveitar quando não chove e mais ainda quando está um lindo e caloroso Sol como o de hoje. Deu para sentir bem o seu calor. Assim como deu para sentir bem o frio quando desci para Azeitão. Cá em baixo estava mais frescote.
   A roupa, esse eterno dilema destes dias mas assentou que nem uma luva. Um baselayer dos mais simples, casaco normal, protecções nos pés (fabulosas as de inverno - pés sempre quentes, finalmente), luvas maravilha, tão finas e tão boas, calções pois claro.

    Seguindo para Sesimbra foi hora de comer. E por falar nisso o que foi ao lume hoje? um conjunto de coisas novas que explorei. Não não comprei. Eis a bebida energética e as barras energeticas que meti:

   - sandocha de manteiga de amendoim + nutella;
   - nozes;
   - farinha torrada (Cabo Espichel);
   - chá de cidreira+mel+sal;

   Porquê cidreira?? porque a cidreira tem capacidades de .... esquece isso. Era o único que tinha cá em casa.
   A onda naturista vai continuar, ao passo que geis, barras e bebidas coise ficarão sempre guardadas para provas e eventos dessa natureza.
   Metam mais merdas, metam!

   Ao chegar ao Espichel estava um enxame de motards como à muito nao via. Aliás, foram passando por mim ao longo do caminho inumeros zumbidos. Já há muito que não via tantos. Penso que dantes encontravam-se aos sábados o que me leva desde já a garantir que Espichel ao domingo fica riscado das voltas.
   No regresso uma surpresa: vento! Sim, esta zona tem sempre vento, mas este soprava mais forte que o anunciado e nao contava com a sua visita. Nada a fazer senão pedalar com mais força.
 
   Começava a sentir as pernas a querer doer. Vinha-me à lembrança que ainda tinha que subir a serra outra vez, agora pelo lado de Azeitão. Mil e uma desculpas vieram-me à cabeça: ia chegar tarde a casa, ia-me rasgar todo, já ontem pedalara logo hoje estaria mais cansado... Esquece isso. Ia e vou. As dores que se lixem. E nada de olhar para as horas.
   Mais a mais queria fazer um "ataque" na subida toda.
   E quando a cabeça está determinada, o corpo ganha outra vida.
   Ao iniciar a subida, rezava por uma lebre, mas nada. Poucos ciclistas com que me cruzei na manhã toda e somente em sentido contrário. Muitos bttistas nas estradas que amparam os tracks de btt.

   Subida acima e aquilo que queria que fosse um ataque, parecia nao o ser. Ou melhor, era-o somente na minha cabeça.
   Empenhei-me mais um pouco mas a coisa nao parecia fluir. Sem saber os "números" (como habitualmente) tentava controlar a respiração e... as dores nas pernas. Tudo controlado e ao chegar ao cruzamento da Arrábida, sentia-me revigorado. Pronto para um segundo ataque agora na subida do Convento.
  Indeciso entre o sentado e o em pé (longe vão os tempos em que fazia tudo em pé), fui alternando para perceber como me sentia melhor. E alternei até ao fim.
  No alto, a rapaziada do parapente e o seu publico. Passei largado.
  Depois foi descer. O vento voltou a fazer-se sentir mas tentei ignorá-lo. Não é facil para os meus 69kg.

   Por ultimo, faltava subir para Setubal. Novo ataque agora já para "quase" dar as ultimas mas ao chegar à avenida ainda me sentia empolgado: ora que o ataque continuasse.
   E assim foi até à porta de casa.

   Que loucura. Que bem que me soube. E afinal, para matar a curiosidade, até parece que os "ataques" deixaram numeros, assim se vejam os "numeros".

  

sábado, 20 de fevereiro de 2016

60km a inventar

 Frio?? qual frio??
  Passados muitos anos, mete um gajo calças nas pernas e roupa com medo do frio, frio que se tem feito sentir nos ultimos dias, e se calhar nestas andanças, terá sido mesmo a segunda ou terceira vez que as usei, e ao chegar ao Hospor já estava arrependido.
  Cosiam-me as pernas mas ao mesmo tempo sabia-me bem aquela compressão em torno dos músculos. Ainda assim prefiro o calção.

   A volta foi às sortes. Sem rumo e sem destino mas somente para fazer um par de horas. Com frio o melhor é pedalar mais forte e foi isso que fiz inicialmente.
  Depois procurei "amigos" mas em Azeitão realmente tudo desaparece. A rapaziada simplesmente evapora.
  Meio desamparado nesta manhã com algum vento, dei por mim na Moita. Fazer aquele pedaço de estrada até Palmela é de longe a mais perigosa das estradas mas felizmente apareceu um grupo de 4 que me deu boleia atè ao cruzamento da casa das febras.
   
   Nada mais a assinalar a não ser vontade de sair já outra vez.

   

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Preciso de algo

 Algo...bom!
 Depois de um fim-de-semana sem tocar na chicha, que mais posso dizer?

  O ciclismo está a ser o que mais prazer me dá no momento, mas de quando em vez lá vem aquele estalo de uma maratona de btt.
  Mas neste momento nem sei se é bem isso que me apetece. Por outro lado o Grandonfo algarveano está aí à porta mas eu ainda não decidi se vou bater a essa porta. Não é bem isto que me apetece.
  Então é o quê? Chiça que o rapaz está baralhado.
   Bem se calhar até não. Está-me a saber bem pedalar cá no quintal. E quando assim é, pra quê inventar?

 

domingo, 7 de fevereiro de 2016

110km Vendas Novas - invertido

 Bom,

 e se a ultima volta foi 110km Vendas Novas, que tal a volta seguinte ser precisamente a mesma...mas ao contrário?
  É a imaginação que não dá para mais? talvez, não sei. Sei que não me apeteceu ir para a fogueira das vaidades, onde se calhar também não pedalava muita gente mas mais do que os que certamente encontrei. Neste registo só mesmo um grupo de 20 em Vendas e nada mais. Sozinho a volta toda com excepção daqueles que fazem mesmo da bicicleta um modo de transporte do dia a dia.

  Uns pingos pela manhã que deixei secar com o andamento. O Sol começou a espreitar e que bem que soube. Trouxe aromas da Natureza simplesmente divinais que quem fica na cama não respira.  Um vento ao virar em Vendas Novas que me foi batendo em todo o regresso. Chato.
  Fora isso, trazia na ideia de um ataque a partir do Poceirão. Contudo já trazia um ritmo forte desde à muito e com o já referido vento frontal, não tive margem para conseguir melhorar. Fiquei-me por um remate final desde a rotunda da Mercedes até Setubal, sempre a grande velocidade e a apanhar todos os semáforos verdes.

  Conclusão em comparação destas duas voltas: gosto mais do formato original, apesar deste também não ser mau.
   Curiosamente a fazer a mesma média em ambos.

    

   
     Por vezes pode alguém pensar que isto do pedalar é como dar uma voltinha no parque. Não é! Dói? sim, em muitos momentos dói tudo. Dói o rabo e levantas-te, estás de pé doem-te as pernas, sentas-te doem-te as pernas, dói as costas, dói o pescoço, dói a cabeça, dói a alma. E depois há aqueles momentos em que não dói nada. E pedalas como um louco. E há aqueles momentos em que dói tudo. E pedalas que nem um louco.
   Desengane-se quem pense que isto é só pedalar. É muito mais do que isso. É tudo!!

sábado, 30 de janeiro de 2016

110km Vendas Novas

 A volta que ja trazia saudades.

  Hoje novamente em formato "1ª e 2ª parte".

  1ª parte - os doces ares do campo cansam.

  A 1ª parte fi-la tranquila, respirando os ares do campo, observando a fauna matutina, cruzando quase ninguém, tanto de carros como de ciclistas, sentindo o vento ainda que mais ou menos ameno a passar-me pela cara. O Sol esse estava deitado por debaixo dos cobertores brancos e cinza, umas nuvens altas que não assustavam.
  Cedo senti algumas dores nas pernas. Porquê? não sei. A semana foi de intensidade mais reduzida (3 treinos de uma hora, um deles hora e meia). Nestes momentos vêm as dúvidas e as incertezas: "hoje vou sofrer" ou "se calhar faço um atalho". Simultaneamente enquanto fazia algumas contas de cabeça, apercebo-me que os comes são poucos e os bebes estão a ir-se rapidamente. Dinheiro nem vê-lo. Mais uma desculpa para atalhar.
  Vai daí aparece a recta interminável que vai de Rio Frio até ao Faralhão. Momento para outra dúvida, mas essa já é um habitual em mim neste sitio. Uma órinadela precisa-se. A dúvida é "ah já paro ali mais adiante". E os km vão passando e passando. Mas a bexiga faz questão de dizer que está presente e a experiencia diz-me que quanto mais rápido parar melhor (já tive dias de fazer a recta toda sempre a adiar sem que tenha parado. Burro).
   Pouco depois nova paragem. Agora para ajeitar o espigão do selim que desceu sem que quase notasse.
   Lá seguia na vidinha quando a bexiga volta a meter um requerimento modelo EAÓ - encosta aí e órina. Feito. Pouco depois novamente o espigão do selim e consequente nova paragem. Apertei tanto que tive medo de partir o carbono. Mas já estava a ficar meio meio com tanta paragem.
  As dúvidas da condição fisica faziam-se ouvir novamente na minha cabeça e já antecipava os pedaços dificeis que estavam para vir e o sofrimento que ainda ia passar. Que coisa, eu até seguia num ritmo tranquilo e foi assim até aos 55km e pouco mais de média de 25,5km\h (sim, ia a olhar para os numeros para tentar sossegar a cabeça, mas estava a ter o efeito precisamente contrário).
  Chegada a Vendas Novas e um cheiro a bifana, frango assado e sei que lá mais. E eu a racionar comida e com tanta fome e sem dinheiro.
   Momento para mais uma paragem e mais uma órinadela. Porra, três vezes?? mas estive a soro a noite toda?? Bem, pelo menos desta vez não tive que ajeitar o espigão do selim.

   Foi o momento que sa lixe. Estava na hora de arregaçar as mangas e trabalhar. Assim, com mais dores ou menos dores, calei as vozes em mim, esqueci a comida e embuchei logo ali uma empada que me soube pela vida e me deu outra vida, meti carga no assador e dei na talega.

    2ª parte - um ataque bem sucedido a 60km da meta.

   Já no caos da Nacional alentejana, pedalava sem querer mais saber de tudo o resto. Apenas aqui e ali desejava por um vento pelas costas, o mesmo que me batera de frente os 55km anteriores, mas o meu desejo não foi ouvido.
   Falava sozinho e em inglês. Porquê? não sei. O quê? isto mesmo. E em sotaque western union. Estaria possuido. Who cares? era precisamente assim que acabava todas as frases. Louco, louco.

  As subidas marchavam como as descidas. A comida marchava como a bebida. As dores nas pernas já não as escutava. Sentia-as mas já não mandavam em mim.
   Camiões e camiões e carros e motas. Tudo passava por mim e eu nem lhes ligava. Eu simplesmente não estava ali. Estava a pedalar. Estava no meu mundo.
   Nos ouvidos meti musica a tocar. Trouxe-me mais alma, mais vontade e descanso do vento a bater nos ouvidos.
   Esperava a qualquer momento que pelo meio do trânsito, desse o estoiro. Mas cada vez sentia-me melhor. Cada km melhor que o outro. You´re gonna blow man, you´re gonna blow. Who cares??? ahahahahah. Louco, louco.

   Pedia uma lebre, algum ciclista adiante. Nada. Contei poucos a manhã toda. Não era preciso. Estava capaz de continuar sem tréguas e assim foi até ao fim. Mais viesse, mais tinha ido.
   Afinal nao rebentei, afinal a bebida e a comida foram suficientes, afinal as dores nas pernas não atrapalharam. Afinal, quando a cabeça quer, o corpo obedece (na maior parte das vezes).

   Cheguei a casa em 4 horas. Depois dos primeiros 65km à média de 25,5 km\h, os restantes 45km foram feitos em uma hora e...epah fodsssss WHO CARES???
   AHAHAHAHA.


  Conclusão do treino de hoje: parar para órinar dá-me vontade de ajeitar o espigão do selim!





domingo, 24 de janeiro de 2016

Urbano e rural

 Domingo

  Mais uma manhã solarenga mas a anunciar vento.
  O nome do tópico diz tudo desta volta. Não, não se trata de nenhuma empresa de produtos agricolas do Sr. Urbano. É mesmo a divisão da coisa em dois.

  Uma primeira parte muito consistente e viciante a fazer esquecer algum cansaço do dia (e semana) anterior mas com a certeza que o ritmo sair-me-ia caro no regresso. Por esse motivo optei não ir para longe pois era dia de esticar somente as pernas e não de me empenar todo.
  Percorrendo as terras do burgo, com o vento pelas costas um gajo até parece o maior lá do bairro. Ainda apanhei uns penduras mas ninguém quis dar uma maozinha a puxar e quando dei por mim fazia sinais para... o ninguém!

  Hora de comer.

   Seguindo para a segunda parte. Ao virar à esquerda (irrelevante dizer onde), abandono a civilização e deixo de "rebocar" igualmente o vento e passo a te-lo ombro a ombro. Esta luta ia-se levando sem problemas de maior e ia insistindo na talega veementemente.
   Ah como sabia bem todo aquele dispendio de energia. Sentia-me como se pudesse passar a manhã toda naquilo. Mas uma ou outra sopradela mais forte que me sacudiam de um lado para o outro faziam-me regressar rapidamente à condição de que ainda ia sofrer hoje.

   Vai nisto, vai naquilo e o meu garmin começa a apitar como nunca o ouvira antes. uma primeira vez e quando olho ao monitor já nao vou a tempo de perceber a mensagem; uma segunda vez e rapidamente consigo ler "batimento cardiaco demasiado elevado"; uma terceira vez e a mesma mensagem. Obviamente que nao podia ser. Calou-se. Pensei que se calhar estava morto, não eu, o garmin, que a bateria teria chegado ao fim. Olhei mas tudo igual, conitnuava ligado. Depois pensei que estaria morto, não o garmin, mas sim eu. Os pés frios diziam-me que não.  Não rolava a mais de 110 bpm, perfeitamente normalizado. Deveria ser de o garmin estar na "reserva" pensava eu (falta de bateria que já vinha a acusar desde a semana passada). Mas não. Percebi depois que afinal tinha a banda colocada no estomago. Curiosamente começou a apitar após umas goladas numa bebida chamada àgua, Porra, deve ser potente que até o garmin ficou maluco.

    Mais curva aqui menos curva ali e hora para duelo ao Sol: vento de frente. Rajadas dele. Nada que faça levantar telhados mas do Alto Estanqueiro até Rio Frio parecia uma subida. Depois na recta decidi ir a jogo. Senti as forças em mim e dei luta mas ao virar para a Lagoa da Palha e até casa foi sempre a levar na cara. Não foi toalha ao chão nem knock out pois a volta foi curta, senão seria certamente um daqueles dias de arrasto até casa.

      Ficou um belo traçado para uma volta de pouco mais de 2 horas. A repetir e se necessário alongá-la.