Mais uma vez a rumar para terras do Sr. Santo André, esperando que Sua Santidade me dê forças para a façanha a que me predispus lá por meados do fim do ano.
A condição física está de longe a ideal e isso significa que vai dar no osso.
A caminho ainda de noite, saido da cama pelas 06h da manhã, equacionas tudo e dúvidas do mundo inteiro.
A prova em si antecipava um sobe e desce com que não me dou muito bem por isso a estratégia seria ir com calma... como de costume.
Comer e hidratar muito, outra regra de ouro que não quis deixar passar ao lado.
Partida rápida até às primeiras subidas. Separação do trigo e do joio foi bem cedo e por isso bem cedo fiquei sozinho numa imensidão de verde, castanho e passagens por cursos de água, areia e alguma lama, estes dois últimos de pouca coisa.
Não vou falar da alma e coração hoje, senão num pequeno parêntises. De entre todas as coisas, virtudes ou nem por isso, melhor ou pior organização, é sempre com muito agrado que vejo a população destas terras sair à rua e brindar-nos, atletas, profissionais ou amadores ou amadores curiosos, saudarem e incentivarem.
Os mais pequenos (e que melhor exemplo para eles do que ver estas provas nas suas terras) e os mais velhos, agarrados em suas bengalas, vendo a monotonia do domingo de manhã quebrada por um enxame infindável que passa à sua porta sem fim.
Um ou outro bttista mete-se com "a vizinha" ou a "ti maria" ou o "xô manel" e eles sorriem e acenam. Uma alegria, uma festa, dá gosto ver.. e motiva.
O comércio local exalta com tanta gente que come, bebe, e enche os espaços, antes, durante, depois!
Entretanto acabou. Cheguei ao fim. Gostei!
Amanhã ou depois faço a ficha técnica.
Os dados aqui (saquei o track da prova mas nao funcionou. Também não foi muito preciso)
relatos caseiros e feitos à mão sobre maratonas, raids, passeios, provas e outras voltas em BTT, Ciclismo e tudo mais.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Dos 8 aos 80
Depois de uma bela semana de sol e clima ameno, pairava ameaça no ar sobre pior cenário para o fim-de-semana, o que não veio a confirmar-se, pelo menos para domingo, dia único actualmente para matar o bicho.
A semana terminou com um bom treino na sexta (uns pesos, uns 20 min corrida, 1 hora de bicicleta, tudo indoor) e uma hidroginástica pequinina no sábado que fez-me sentir músculos que raramente se fazem sentir.
A volta prometia vento logo no inicio. Vamo lá portanto procurar uma "boleia". Pequenos grupos em que não me encaixei e um grande grupo que não foi excepção.
Em Azeitão, dois rapazes viraram para a serra. Não me parecia boa ideia em virtude do vento, mas se eles iam... O Espichel não seria melhor.
Parei para me aliviar e a juventude de Paio Pires, os amarelos e azuis, passaram nas minhas costas, seguido de carro apoio.
Fiz-me à subida e fui apanhando um e outro. Dois dedos de conversa e um incentivo para que mantenham acesa esta paixão nas suas vidas por muitos anos. É sempre com muita satisfação que vejo estes pequenos na estrada.
Meia serra feita e desço para o Portinho. O vento soprava forte e mais forte ficou lá em baixo. Apanho outro companheiro que não me deixa ir embora. Passados uns metros estamos de paleio. O senhor, sim, o senhor 60 anos de idade tem uma força na perna invejável. Mais baixo e mais pesado, com um ar tremendamente desconcertado, mas numa pedalada firme e constante, vai marcando o ritmo contra o vento que nos esmurra bem de frente.
Vai desabafando que tem 60 anos, que faz voltas de 60 a 70km, que controla bem a sua FC e que o médico o deixa ir até aos 165. Nada mau, penso eu. Aliás bem acima do recomendável e antes que eu faça pré-julgamentos de uma vida toda ela passada na bicicleta, atira que só desde à 4 anos que pedala (!!!???). Impressionante.
Pergunta-me para onde vou e digo-lhe que pensava subir novamente à serra mas que com este vento... e esclarece que lá em cima está menos vento. Despedimo-nos após a Secil.
Mais uma volta à serra e confirma-se o que dissera aquele guerreiro. Sentia-me bem e decidi, por que não, dar mais uma volta. E assim fiz.
Depois de vencer o muro vento de praia a praia, iniciei nova subida da Secil já com o sentimento que me ia sair do lombo.
A coisa fez-se e depois vieram as "cruzes". Até chegar a casa, levei um knock-out do vento como já nao me lembrava.
Mesmo castigador.
Números para aqui, números para ali e tá feita a volta, em que fui dos "8" aos "80" no que à companhia diz respeito. Novos e menos novos, todos na estrada.
Aí ficam o dados do estoiro:
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Enganado
Quando olhas para o windguru na véspera e percebes que vai estar todo o dia béra. Ainda pensas numa réstia de esperança que te pode trazer a incerteza do informador, mas dúvidas.
Deitas-te mas colocas o despertador na mesma, naquela de acordar e assomar à janela para ver que afinal dá, que não é tão mau quanto previsto e podes ir pedalar.
Mas foi mais uma semana extenuante, e sabes o quanto dormir mais um pouco e aproveitar a manhã para algo muito útil também não é de todo desapropriado.
E com este pensamento te reconfortas.
E fui enganado!
Pouco ou nada choveu. Devia ter saido, pensei, penso.
Mas a manhã foi produtiva. Não na actividade física em si, mas na neuro-cerebral, entenda-se.
Entretanto foi a condição física que saiu a perder. Vá-se lá ver ainda tenho que pensar em rolos?
Deitas-te mas colocas o despertador na mesma, naquela de acordar e assomar à janela para ver que afinal dá, que não é tão mau quanto previsto e podes ir pedalar.
Mas foi mais uma semana extenuante, e sabes o quanto dormir mais um pouco e aproveitar a manhã para algo muito útil também não é de todo desapropriado.
E com este pensamento te reconfortas.
E fui enganado!
Pouco ou nada choveu. Devia ter saido, pensei, penso.
Mas a manhã foi produtiva. Não na actividade física em si, mas na neuro-cerebral, entenda-se.
Entretanto foi a condição física que saiu a perder. Vá-se lá ver ainda tenho que pensar em rolos?
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Pornográfico.... e boleias várias
Manhã ventosa e até nem começou nada fácil
O plano? apanhar uma boleia!
Até Azeitão e para variar, sempre só contra. Contra o vento e contra a corrente. Porque é que parece que sou sempre o único na direcção para lá e todos os restantes vêm para cá?
Desisti dessa ideia e fiz correcção de traçado. Mas logo após isso, 4 manueis apanharam-me e fiz-me da última carruagem.
Por meu azar fizeram precisamente o caminho de regresso que eu acabara de fazer, e só para me enervar, cruzámos com vários grupos em sentido contrário.
Não vale a pena dizer mais nada sobre isso.
Depois de subirmos ao castelo de Palmela, o grupo parou no café. Decidi não parar. Já cá em baixo entre rotundas, fui apanhado por um craque. Grande ritmo, pedalada forte e nem quis que eu colaborasse. Cá estava eu novamente à boleia. Estava a gostar e a saber bem até que no semáforo da Qta do Anjo, o craque não parou. Eu parei.
De repente vejo-me sem ideias. À pressão inventei um caminho qualquer. Vira para cá, vira para lá e seguia finalmente a rolar bem e com sensações "góstoso".
Tempo para voltar à palestra do ensaio sensorial destas coisas de mim e da bicicleta.
Vamos à terceira parte portanto:
Recapitulando depois de ter falado de cabeça, vontade e pernas, e de capacidade de sofrimento, hoje é tempo de capitulo talvez um pouco mais dificl de compreender: a pornografia
Sim leu bem o sr leitor.
Tem isto de quando se pedala por aí que em certas ocasiões se atinge um patamar mais adiante. É algo pornográfico sim. É quando se dá a conjugação de todos os factores anteriores numa simbiose perfeita.
O vento parou ou simplesmente ficou de costas e de repente passo a sentir o prazer de deslizar, de pedalar desenfriadamente sem consequências, sem dores, sem dúvidas.
É um momento de união perfeita entre o ciclista e a sua bicicleta. Ambos como um só. E estando este quadrante em que todos os astros se alinham entre si, junta-se a música ideal para explicar. Nem por coincidência.
Deixo-a em baixo.
É pornográfico? É, muito. O leitor não compreende? Pois não sei explicar de outra forma.
Os dados da volta:
O plano? apanhar uma boleia!
Até Azeitão e para variar, sempre só contra. Contra o vento e contra a corrente. Porque é que parece que sou sempre o único na direcção para lá e todos os restantes vêm para cá?
Desisti dessa ideia e fiz correcção de traçado. Mas logo após isso, 4 manueis apanharam-me e fiz-me da última carruagem.
Por meu azar fizeram precisamente o caminho de regresso que eu acabara de fazer, e só para me enervar, cruzámos com vários grupos em sentido contrário.
Não vale a pena dizer mais nada sobre isso.
Depois de subirmos ao castelo de Palmela, o grupo parou no café. Decidi não parar. Já cá em baixo entre rotundas, fui apanhado por um craque. Grande ritmo, pedalada forte e nem quis que eu colaborasse. Cá estava eu novamente à boleia. Estava a gostar e a saber bem até que no semáforo da Qta do Anjo, o craque não parou. Eu parei.
De repente vejo-me sem ideias. À pressão inventei um caminho qualquer. Vira para cá, vira para lá e seguia finalmente a rolar bem e com sensações "góstoso".
Tempo para voltar à palestra do ensaio sensorial destas coisas de mim e da bicicleta.
Vamos à terceira parte portanto:
Recapitulando depois de ter falado de cabeça, vontade e pernas, e de capacidade de sofrimento, hoje é tempo de capitulo talvez um pouco mais dificl de compreender: a pornografia
Sim leu bem o sr leitor.
Tem isto de quando se pedala por aí que em certas ocasiões se atinge um patamar mais adiante. É algo pornográfico sim. É quando se dá a conjugação de todos os factores anteriores numa simbiose perfeita.
O vento parou ou simplesmente ficou de costas e de repente passo a sentir o prazer de deslizar, de pedalar desenfriadamente sem consequências, sem dores, sem dúvidas.
É um momento de união perfeita entre o ciclista e a sua bicicleta. Ambos como um só. E estando este quadrante em que todos os astros se alinham entre si, junta-se a música ideal para explicar. Nem por coincidência.
Deixo-a em baixo.
É pornográfico? É, muito. O leitor não compreende? Pois não sei explicar de outra forma.
Os dados da volta:
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