quinta-feira, 31 de maio de 2018

2h - fisioterapia

  31\05\2018
  Ciclismo de estrada

  Amanhã é dia mundial da criança mas eu resolvi celebrar hoje.
  Dúvidas para trás das costas (ou às costas) e bora lá ser criança, nesta e em todas as voltas, sempre!
  É assim que me sinto, é a alegria simplista e pura de quem adora uma bicicleta, tal como um miúdo.
 
  


  Ajustes na altura do selim, nos cleats. As rezas essas são as mesmas.
  Muita, muita gente na estrada...sempre para cá, indo eu sempre para lá.

Eu só quero pedalar

  21\05\2018
  Ciclismo de estrada

  Apago imediatamente o que escrevi.
  O que era? mais umas lamurias sobre a falta de tempo e etc e tal. Não vale a pena tornar-me repetitivo.
  Além do mais, não me lembro já das coisas bonitas que me vieram À cabeça na volta da semana passada, tão bonitas quanto a paisagem do troço escolhido.
 
  De facto, S. Brás de Alportel foi algo de agridoce.
  100k revestidos a 2.000m acumulado, traziam dúvidas quanto à condição física do espécime, dúvidas essas que persistiram desde a véspera até ao preciso momento de iniciar o treino.
  Mas a manhã estava boa, as subidas sabiam tão bem quanto as descidas, e nem essa característica do traçado e nem o facto de não ter gps activo e ter de dividir as atenções entre a estrada, a paisagem envolvente da Serra do Caldeirão, com um papelinho escrito com as direcções que fizera por s.o.s., eram suficientes para criar o famoso efeito quebra-pernas que o sobe e desce constante proporciona.
  Por isso continuava. De quando em vez surgia uma povoação, uma aldeia ou mal um aglomerado de casas para quebrar a rotina da típica vegetação alentejo-algarviana.
  Numa das encruzilhadas, fui enganado pelo quinto sentido e meio (as mulheres têm seis) e segui em direcção a Tavira.
  Só me apercebi de tal erro quando cheguei....a Tavira.
  Não havia remédio e teria mais um par de km par percorrer mas como a manhã estava saborosa, who cares?
   Daí em diante vem a dor. Aquela maleita que de tempos a tempos teima em persistir. Veio e não desapareceu mais.
   A estrada agora só subia e cada km parecia uma eternidade ao que a dor agravava a cada um mais percorrido.
   Não foi fácil este último pedaço.
 
   À parte disso, foi bom. Uns dias para descansar ao sol algarvio, uma dieta de grelhados no carvão regada a vinho tinto, adornados à beira-piscina...perfeito!


  Continuo a estranhar os dados que o meu garmin confere em relação às altimetrias, comparados com os de outros.


 

domingo, 13 de maio de 2018

"poeta", onde andas?

  Longe vão os tempos em que cada volta era muito mais de cicloturismo do que outra coisa.
 Parava para tirar uma fotografia, para comer, para apreciar a paisagem ou simplesmente para espairecer.

  Desde há muito a esta parte que cada saída tem muito pouco de turismo. Diga-se em abono da verdade que também não atinge o ponto oposto.

  Nessa altura, esse cicloturismo trazia-me contemplações de outra natureza, sobretudo conferidas pela natureza desse tipo de voltas mais relaxadas e também conferidas pela Natureza em si.

  Hoje confesso que muita coisa me vem à cabeça enquanto sentado no selim, mas por não escrever logo no regresso a casa (e muitas vezes nem depois disso e daí o título deste post), evaporam-se.

   Também o tempo de estar comigo reduz-se muito ao mesmo tempo que passo na companhia da bicicleta.
    Escrever é um pouco que saí de mim por um dos poros do corpo que dá pelo nome de isolamento.
   Não tenho tido "tempo" para tal.

   Mas tem havido pedaladas e tem havido muito de poeta. Apenas não brotou para o "papel".

   Na semana passada foi ocasião para um Espichel com regresso por meia serra.
   Hoje a ideia era apanhar o TGV para fintar o vento e dar alguma moral às pernas num pós-semanal durinho (com 8 aulas leccionadas, em duplas na véspera e ante-véspera)
 
   Pouco depois da hora prevista, lá vinha uma pequena amostra de um pelotão (provavelmente ao sábado será mais forte. Será?) e rapidamente os três ou quatro pedaleiros que por ali militavam, todos com o mesmo intuito, assomámos a bordo.
   Logo deu para ver que o ritmo era pró puxadote, mas nada de desmoralizar.
   Contudo, quando aparecia uma pequena elevaçãozita (zita mesmo) no terreno, a coisa soprava mais fininho ainda, levando a alguns bafejantes sofocados cá mais para trás.
   Depois, um semáforo que fica amarelo e faz 3 ou 4 vitimas. Alguns segundos depois veio o verde.
  Ao fundo ia o TGV.. Foi agora sim, um grande sufoco para a recolagem, mas este grupo de atrasados cedo ficou reduzido a dois...O TGV não abrandou mais, antes pelo contrário. Saiu do horizonte. E os dois passaram a um e o um passou a nenhum.
  TGV, assim não vais lá.
  Depois dos tempos conturbados que este grupo viveu, começo agora a perceber o seu porquê, e a não antever melhor futuro...não sei.

   Pouco menos de 2h de treino, abdiquei. O cansaço da semana e os esticões e safanões desta azáfama toda, cortaram-me o báráto.
   Mas no fim as pernas até nem estavam assim tão mal.

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