17/11
Ciclismo
Hora de voltar a rolar na estrada.
Não há muito a dizer senão que a toque de garganta e coise, foi uma semana mais complicada e um domingo com muito sofrimento, mesmo com um ritmo moderado e uma volta curta entre 70 a 80 km.
É hora de recuperar porque dezembro está aí à porta e com ele......
O registo semanal por esta altura vai sendo:
2 a 3x treino fortalecimento muscular e mobilidade funcional;
3x indoor cycling
3x Padel
1 treino longo ao domingo
Siga adiante!
GAiTO-BRAVO
relatos caseiros e feitos à mão sobre maratonas, raids, passeios, provas e outras voltas em BTT, Ciclismo e tudo mais.
terça-feira, 19 de novembro de 2024
Pausa.... nas provas
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
2ª Maratona BTT Foguetes de Pegões
03 nov 2024
Btt - provas
Aí estou eu num ritmo frenético.
De uma assentada, 3 maratonas de btt e duas delas fim-de-semana sim, fim-de-semana sim. Está a ser prezeroso e quando assim é, aliado ao calendário favorável, é deixar rolar.
Mais uma vez, na última da hora, com o bichinho ainda a roer de vontade depois de Alcácer, surgindo mesmo aqui ao virar da esquina mais uma hipotese de colocar a Sup em terra, lá fui eu.
Organização pré-prova: 4 - do melhorzinho que vi nos últimos tempos. No próprio site de inscrição, Apedalar.pt, foi disponibilizada a altimetria e posteriormente o track GPS. Assim tudo no mesmo local e sem esquecimentos, prático e agradável.
Secretariado: 5 - estavam organizados e despachados. Também não havia grande fila.
Percurso: 4 - o que a região tinha para oferecer. Plano. A areia nunca é de agrado e o terreno cavado também não mas nada de muito grave. Os 57 km (dos 60 anunciados) pecaram por escassos.
Apoio e assistência: malta sempre bem disposta e prestável. Os P.A não vi porque nem neles parei mas num até cheirou a bifanas (tal como anunciaram que haveria).
Marcações: 4,5 tudo muito bem indicado e com staff em algumas zonas e policia em outras. Aqui e acolá uma falhazita que baralhou um pouco os mais desatentos.
Banhos: 3.5 não eram muitos os atletas que apanhei no espaço para banhos mas os sufcientes para estarem cheios. Comecei por me desequipar na entrada do balneário e só após banho lá tive um espacinho para me vestir. Se mais participantes houver de futuro, esta é uma situação a rever.
Almoço: tal como referi, a feijoada veio no saco para comer depois. E estava saborosa.
Dificuldade Técnica: 3 sem dificuldades de maior, penso que só a areia ou alguma distracção podem ter surpreeendido ou assustado os mais distraidos.
Dificuldade Física: 3,5 sem subidas longas ou rampas bastante inclinadas (uma ou duas) e pecar por curta.
Preço: 4,5 - mais uma organização a mostrar que com pouco se faz muito. 16 eur mais que merecidos
Classificação Geral: 4,5 só posso felicitar a organização e deixar também o meu apreço por esta manhã de btt
tão bem passada. É corrigir os banhos e um detalhe ou outro referido e está perfeito.
E repetindo-me, merecia muito muito mais presença de bttistas.
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
17ª Maratona BTT Vale do Sado - Alcacer do Sal
27 out 2024
BTT - provas
Prova às portas de casa e o bichinho do btt a chamar novamente.
A chuva anunciada dissipou-se um dia antes e a temperatura amena convidavam para uma bela manhã.
E foi mesmo!
.
Num pé me pus em Alcacer e noutro tudo apostos. O secretariado foi um despacho mas com poucos inscritos era fácil não haver complicações. Também havia uns snacks e bebidas para quem quisesse pequeno-almoço, o que é sempre agradável.
A dúvida sempre nestes dias é a roupinha a usar. O frio da noite ainda se fazia sentir pela manhã e tende-se sempre para o aconchego.
Logo no primeiro terço da prova, parei para aliviar um pouco desse fardo, para não cometer o mesmo erro da prova anterior que me levou "litros" de sudação.
De resto, foi sempre a rolar.
Após a largada, o grupo dos favoritos já ia bem longe quando coloquei as rodas na terra. Jurava que tinha ouvido pelos speakers que se seguia atrás da polícia até acabar o alcatrão, mas assim não foi....
.
"Apanhei" um comboio com bom andamento e os primeiros km foram muito planos e sempre a bom ritmo, aliás como quase toda a prova.
As subidas eram inclinadas mas curtas, e as descidas eram agradáveis.
O circuito separava os 40 dos 60 km ali pelos vintes e os sessentas voltavam para trás para dar outra volta ao que já realizaram até então. Não achei muita piada mas era o que era. Valeu para ver a paisagem da zona envolvente à barragem.
Prova bem organizada, staff muito atencioso e bem disposto e a ajudar nos pontos de abastecimento e nos controlos, para que não se perdesse tempo.
O almoço dispensei por serem bifanas (não é pão que apeterce depois de uma manhã a "pão e agua") e os banhos foram o senão de todo o evento.
Um balneário minimo (e recordo que éramos poucos) e água fria não foram do agrado dos participantes e não seguramente do meu também.
Outro aspecto a ter em atenção foi a zona de chegada. Se é bastante (fantástico mesmo) que a partida, a chegada, os banhos, a lavagem de bikes, o secretariado e o almoço sejam todos no mesmo local, há que acautelar que os que já terminram ou o publico em geral, não ande pelo caminho de quem ainda está a completar a sua prova.
Não varri uma bicicleta porque não calhou.
Fora estes dois pontos, tudo impecável e é uma prova a repetir e que merecia muitos e muitos mais participantes (ah, e retirem dar duas voltas a parte do percurso da maratona).
Classificação da prova (1 a 5)
Organização pré-prova: 4 - tudo sem máculas. Não havia track GPS porque após perguntar, informaram que por passar em caminhos privados, nao iriam divulgar.
Secretariado: 5 - chegar e andar e ainda pequeno-almoço.
Percurso: 4,5 - muito rápido e rolante, agradável e dificuldade reduzida.
Apoio e assistência: 5 cinco estrelas. Staff muito prestável, muita variedade e quantidade, não faltou nada.
Marcações: 4 fitas e marcações no chão, muita policia nos cruzamentos de estrada e staff em outras zonas. Só faltou "trancarem" a cal, alguns caminhos que não interessavam. Uns estavam devidaemnte assinalados, outros não.
Banhos: 2.5 pequeno, pouco espaço, não funcional e água fria. A manhã estava amena mas nesta altura do ano, ja seria normal frio e chuva. Banho quente quer-se e deseja-se.
Almoço: -- dispensei porque o anunciado eram duas bifanas (e três bebidas) e gosto no pós-prova de algo mais substâncial..
Dificuldade Técnica: 3 fácil, rolante, sem sobressaltos de amior e as descidas com regos ou mais inclinadas estavam devidamente assinaladas.
Dificuldade Física: 3,5 também aqui não houve dificuldades de maior. Fez-se bem.
Preço: 4,5 - mais uma organização a mostrar que com pouco se faz muito. 16 eur mais que merecidos
Classificação Geral: 4,5 só posso felicitar a organização e deixar também o meu apreço por esta manhã de btt tão bem passada. É corrigir os banhos e um detalhe ou outro referido e está perfeito.
E repetindo-me, merecia muito muito mais presença de bttistas.
quinta-feira, 10 de outubro de 2024
Maratona BTT - 3ª Rota do Alcôa (Évora de Alcobaça)
06/10/2024
prova BTT
Finalmente!!
Andava pelos idos de Maio de 2023 que não punha o rabo no btt e embora aqui e acolá fosse pensando nisso, chegando até a namorar o calendário da modalidade de quando em vez, o que é certo é que fui deixando passar o tempo sem que desse razão a esta vontade.
E vai nisto assim de ronpante quase à última da hora, escolhi uma (de 8!!!!) provas do fim de semana, marquei uma estadia de uma noite e siga rumo a Évora de Alcobaça (Alcobaça).
Nota positiva à organização que permitiu a minha (e outras) inscrições tardias, isto após já estarem encerradas.
Fui sabado, fui passear a a São Martinho do Porto, fui dormir a Alfeizerão na Pousada da Juventude local.
No domingo, depois de 15 minutos de deslocação, estava no secretariado a levantar o dorsal. Faltavam braçadeiras, avisava a organização. Meti o jersey no bolso sem saber o que fazer.
Fui aos preparos habituais, beber um café, e lá vinham as braçadeiras.
Tudo resolvido e 15 minutos depois da hora marcada, partia a meia-maratona. Depois mais uns 10 minutos e partia na maratona. E mais tarde partiria ainda a caminhada.
A manhã apresentava-se chuvosa e o caminho foi anunciado como perigoso.
A partida foi vigorosa e a bom ritmo. As nuvens negras iam segurando a sua ira e com isto, a capa que levava vestida apenas servia para me fazer um calor descomunal.
Pingava de suor pois as subidas logo no primeiro terço do percurso eram exigentes. "colocaram o acumulado todo no inicio", dizia um participante mais afogado que apanhei numa dessas subidas.
Ia pensando em parar e tirar a capa, mas enquanto pensva, não parava e quando o fiz, já foi tarde demais. Porquê? porque mais adiante viria a ter uns principios de câimbras, fruto de desideratação (bem que me esforcei para repôr liquidos na segunda metade da prova pois já advinhava tal cenário).
O traçado era surpreendentemente agradável. Muitos single tracks por entrre e por debaixo da flora local, bafejado com subidas mais ou menos duras.
O pior mesmo eram as zonas de pedras e lage. Molhadas pela metereologia, estavam escorregadias como manteiga. A descer eram um perigo e a subir eram um sarilho. Cheguei a amaldiçoar a coisa e a soltar umas asneiras. Tive que desmontar um par de vezes e por outras tantas que não cai. A dificuldade técnica destes troços de pedra era de facto elevada, dadas as condições.
A passagem pelo Mosteiro de Alcobaça e por um outro, foram bonitas mas o chão aí de lage, era como pedalar em gelo e nem deu para apreciar as vistas. Ainda vi um ou dois a cairem....
E assim se ia fazendo o caminho, bem marcado e com muito staff espalhado em várias secções. Mas numa zona profunda, numa descida a boa velocidade, surgia uma curva em cotovelo que não vi, que não estava trancada e segui em frente. Dei pelo erro quando o track começou a fechar de vegetação e percebi que ninguém passava ali faz muito tempo. Decidi continuar adiante até porque me parecia que o gps indicava ser aquele o caminho. Uns minutos depois e voltei a entrar na corrida percebendo que já tinha passado por ali. Estava 2 ou 3 km mais atrás.
Por entre pomares da bela fruta da região (a maçã), o traçado fazia-se com agrado e não fossem de facto as pedras, seria perfeito e afinal, ao contrário do que o outro atleta dissera, o acumulado não estava só ao inicio.
E no final mesmo ainda estavam guardadas uma ou outra bela subida. Aos 40 e poucos km apanha-se uma estrada de alcatrão sempre a subir que deixava avistar no topo uma localidade. Na beira da estrada surge uma placa com o seu nome: Évora de Alcobaça. Não quis acreditar! então mas seria já o fim? Contava com uns 50 km (o gps fornecido indicava 47 ao que somaria os km de ter andado perdido e de percorrer mais 2 ou 3 que já realizara e as minhas contas iam para uns 55, mas afinal não).
A subida continuava e a GNR e voluntários cortavam as artérias para podermos passar. Ainda perguntei a um deles se acabava já ali, relembrando que em algumas provas parece que vamos já cortar a meta e depois a organização prega-nos rasteiras.
Mas desta vez não. Mais curva para a direita, mais curva para a esquerda, sempre a subir e...meta!
.
Fácil encotnrar os banhos com isntalções boas e agua quente, mais dificil encontrar o almoço (umas placas teriam facilitado) e também mais dificil de "encontrar" o almoço no prato.
Não houve filas para nada o que é notável e extremamente agradável.
Classificação da prova (1 a 5)
com regulamento e livro de prova, muito bom. Mas na divulgação faltavam os dados de altimetria que só vieram na véspera com o track. E esse é um dado essencial.
Secretariado: 4,5 falharam as braçadeiras, mas vieram depois ainda a tempo e
felizmente não estava muita gente..
Percurso: 4 muito bom, muito agradável, subidas exigentes e só uma que fez mossa das
grandes mas aceita-se. As pedras e lages a suibr e/ou a descer que acrescem perigo, tornaram o nivel de técnica mais elevado, o que para a maioria dos participantes, pode ser um problema.
Apoio e assistência: 5 fantásticos pontos de abastecimento com variedade, qualidade e quantidade. Muito staff pelo caminho e muito prestáveis e simpáticos. Irrepreensivel.
Marcações: 4 apesar das muitas fitas, houve algumas curvas e zonas que não estavam
devidamente "trancadas" e podiam levar ao engano. Foi o meu caso e de mais um ou outro atleta que ouvi a reclamar do mesmo. Pena pois notou-se o cuidado em terem tudo devidamente marcado.
Banhos: 5 espaçoso quanto bastasse para a quantidade de participantes. Boas condições.
Almoço: 4 as sopas (provei de ambas) estavam deliciosas e são sempre bem vindas para
desenjoar dos snacks da manhã. Mas uma bifana no pão como prato principal não é o que mais apetece pois é mais pão para quem já andou a "pão e bolos". Ainda assim havia salada e batatas fritas a acompanhar e deu para equilibrar um pouco. Fruta com abela da maçã da região. Não sei se havia sobremesas pois também não estive para aí virado. Mas pelo preço cobrado, é excelente.
Dificuldade Técnica: 4,5 apesar de não haver descidas ingremes, single tracks com
desfiladeiros, zonas de perigosidade eminente, os trilhos de pedra e lages molhados, são sempre exigentes e podem apanhar desprevenidos os mais incautos. A dificuldade anunciada foi "média/alta" mas não sei se para a componente técnica, física ou ambos.
Dificuldade Física: 3,5/4 apesar de acabar ja meio meio (culpa própria por ter a capa a contribuir para o acelarar de desidratação e colocar um ritmo vigoroso mais no inicio), poderia ter mais um par de km que não faria mal e distingueria mais da meia-maratona.
Preço: 4,5 inscrição a 13 eur e almoço a 7 eur é um preço fantástico nos dias que correm
hoje, mas a mais com a qualidade apresentada.
Classificação Geral: 4,5 nota bem bem bem alta porque é merecedora. A organização mostra que quando há vontade em agradar, esforço em bem receber e empenho em atender aos demais pormenores, a qualidade geral é elevada. Rectificando os pequeninos detalhes e fica perfeita. Parabéns
Uma nota final: misturar a meia-maratona com a maratona não tem mal e até em alguns aspectos pode ser agradável (noutros pode não o ser). Mas colocar a caminhada no mesmo caminho que as bicicletas não é uma boa ideia. Apesar dos avisos da organização, muitos caminhantes "passeavam" pelos estradões como se não existisse mais ninguém no mundo, seguindo em grupos ocupando ambas faixas, esquecendo a recomendação de seguirem encostados pela direita. Foram vários os sustos que os próprios apanhavam quando apareciam bicicletas a rolar velozes pela rectaguarda.
Outra nota: muitas e muitas fotografias de 2 ou 3 fotografos espalhados por todo o lado e até ao momento, eu não apareci em nenhuma :-)))) (mas isso em nada influencia a prova).
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
De Dezembro de 2023 a Setembro de 2024 - Setúbal - ELvas
Ciclismo
21 set 2024
Eis então aquilo que deveria ter sido o remate final da época ciclistica e do exercício em geral, mas que por vicissitudes maiores não pôde ser realizado na data prevista. Ou seja, deveria ter sido no inicio das férias.
Talvez por não ter sido, fez com que nas férias levasse a bicicleta para dar umas pedaladas. Talvez por estas duas particularidades, tenha a dificuldade em definir se "fechei" a época ou não.
Mas para esclarecer e definir o assunto de uma vez, aceitemos que sim, com as duas semanas de férias de quase inteiramente papo para o ar, a separarem os "anos".
Assim até serve para me vangloriar do quão bem reinicio novamente os dispêndios físicos e com uma tirada desta natureza, pese embora já ter decorrido 1 mês após o término do tempo de descanso.
Setúbal-Elvas
Aproveitando as festas da terra e a devida logística facilitada por esse motivo, connjugou-se assim a oportunidade para reeditar esta tirada.
Alguns fantasmas pairavam no ar: a anterior realização deste percurso, acompanhado na altura por outro parceiro, não foi facilitada ante uma terrivel dor no joelho. A metereologia também ameaçava chuva que se ia deslocando de terra em terra nas minhas horas de passagem e na mesma direcção. Não havia pronto socorro senão no destino ao que a precisar de algo, teria que aguardar um bom bocado; Uma corrente que partira semana antes também era proecupação, se aguentaria esta tirada ao que me restava somente levar ferramentas caso voltasse a quebrar.
Mas tentando não pensar em desgraças, acordava às 05h00 da manhã sem ter dormido mais que 3 horas, para pouco depois das 06h00 estar de saída.
Na última da hora decidi-me por levar o pequeno Camelback do BTT sem a bolsa de água para servir de mochila ao invés de esmagar tudo nos bolsos do jersey. E tornou-se numa boa decisão.
Chuva pouca, nevoeiro muito, nuvens que não deixavam ver o céu nem o sol nascer.
A primeira hora foi feita assim perigosamente sem ver muita coisa. A luz traseira fazia o seu papel mas a dianteira, reservada ao Petzel frontal colocado na testa, iluminava e dava visibilidade ao pouco trafego que existia àquela hora, mas com o nevoeiro e com os oculos de sol com lentes brancas e transparentes, onde a luz reflectia, ficava encadeado. Tentei tirar os oculos mas o nevoeiro picava-me a vista.
O sol nasceu e eu não o vi. As nuvens não deixaram. Esperava o raiar do dia mais cedo mas talvez por esse motivo tal não tenha acontecido e só mais tarde, quando a vista estava já cansada, é que me apercebi que o dia já estava clareado. Foi um alivio. Pena não ter merecido o momento edilico que é o nascel do sol.
Mas não se pode ter tudo. Não estar a chover já era uma sorte e o nevoeiro desaparecer, outra.
Esta primeira hora e até antes de Vendas Novas, não tinha boas sensações. Corpo cansado, pernas pesadas, sono até, davam à cabeça todos os motes para virar para trás. E fui com esta dúvida a pesar-me na mochila até perto de Vendas Novas.
Até lá, são zonas habituais de treino e também por isso a motivação não se alimenta. Mas pouco depois, já com o dia bem mais luminoso, apesar de não haver sol, começaram a aparecer boas sensações. Talvez ajudado por uma levezissima brisa, comecei a saborear o acto e os maus pensamentos evaporaram-se como se evaporara o nevoeiro.
Assim fui palmilhando quilometros e quilometros sempre com a preocupação de me hidratar e nutrir condignamente e essa passou mesmo a ser a única preocupação na cabeça pois tudo o resto fluia com agradável prazer.
Uma única e curta paragem no Vimieiro para um abastecimento mais especifico e um pequeno esticar de pernas e mais um pouco chegava ao destino, onde a parte final deixava uma subidinha pouco inclinada mas longa.
Tudo feito sem azares nem percalços nem lamúrias e não fosse ter almoço à espera com mesa grande, e teria dado mais umas pedaladas.
Quando os astros se alinham todos na mesma direcção, tudo flui tão bem.
O que foi ao lume:
3 bidons de àgua (750 ml cada)
1 bidon de hidratante (750 ml)
3 sandochas (paio, paio e manteiga amendoim com nutella)
2 barras energéticas
1 banana
1 punhado de nozes
Na paragem Vimieiro: uma coca-cola + pacote batatas fritas (que acompanhei com uma sandocha)
Penso que não me escapa nada.
Ao almoço, um valente reforço assado no forno e tinto, e à tarde um passeio nas festas fresquissimo da silva.
domingo, 22 de setembro de 2024
De dezembro de 2023 a setembro de 2024: Douro Granfondo 2024
Ciclismo
04 de maio 2024
Prova
Finalmente!
Esta andava a ser namorada faz uns anitos a esta parte. Realizar uma prova no Douro vinhateiro e passear para conhecer esta região do país.
E finalmente concretizou-se.
146 km divididos por quatro longas subidas e consequentes descidas.
Hospedado na localidade da partida, Peso da Régua, com um dia de antecedência para degustar com calma.
No dia, uma noticia inesperada: chuva! Na hora de partida, o speaker anunciava para os participantes redobrarem cuidados nas descidas pois perigavam-se pelo molhado do piso.
Não vinha com esta na ideia. Chuva em maio numa altura em que os dias estavam agradáveis.
Ainda assim, o impermeável veio no saco e teve mesmo que ser usado.
Na separação entre o gran e o médio, parei. E parei para olhar para o céu e perceber o que lá vinha ou não vinha. E não aparentava boa cara. As pernas estavam boas e tinha vontade de pedalar o granfondo todo, mas levar com uma enxorrada umas horas a fio não.
Foi uma espanhola que passou e seguiu na direcção longa quem me ajudou a decidir. Disse ela para si, provavelmente com as mesmas dúvidas que eu: "se fued***a, me arrependo después"!
E assim segui também com mais os poucos que se aventuraram por ali adiante.
Pouco depois chovia. Nas subidas a coisa levava-se bem e com calma. Nas descidas, ficava a solo com outros participantes a ficarem mais para trás.
Na penúltima subida, outra desagradável surpresa que não vinha no cardápio: uma rampa acima dos 14% deu aquele toque nas pernas.
Talvez por isso, ao entrar na última subida, o meu joelho foi-se.
Daí em diante foi um sofrimento total. Praticamente limitado a uma única perna, quebrou-se a energia e foi um arrastar penoso até ao fim.
Os últimos 22 km, planos, foram uma eternidade e resmunguei sobre a vida vezes sem fim e nem a chuvada que caia agora copiosamente, incomodava tanto assim.
Esperava mais do percurso em termos de beleza pese embora não ter desgostado. Talvez na minha cabeça tenha idealizado outra coisa.
Banho e a pasta recovery e longa viagem de regresso a casa.
De dezembro 2023 a setembro 2024: Estágio Serra Estrela 2024
Ciclismo
Junho 2024
Cá vem ele. Um dos, senão o mais, momentos que mais aprecio no ano: o estágio OCS na Serra da Estrela.
Subidas, descidas, frio, calor, empenos, convivio, piscinas, lazer e descanso, é tudo o que este fim-de-semana ligeiramente alargado trás no pacote.
Hospedados num povoado recuperado para o turismo, muito bem recuperado com bom gosto e pitorescamente respeitando o que era o traçado típico da região, tinhamos um pé em Seia e outro já na subida para a Torre via grande barragem.
Dois casais e um cão e mais 3 ciclistas formaram a comitiva.
Quatro noites, três dias de pedalada. E se o último dia é um "leve" esticar de pernas, os outros dois foram intensos, com especial para o segundo que me custou como nunca, curiosamente na parte mais rolante.
O estrago ficou assim organizado:
dia 1, 2 e 3
101 km + 2.430 m + 4h53
125 km + 2.820 m + 5h32
40 km + 1.000 m + 1h50
Também aqui, pelo tempo que já passou, pouco mais fica registado. A serra é sempre a serra com toda a misticidade que trás consigo.
Assinale-se mais um ano em que a descida da Torre à Seia foi fresquinha, ventosa e pouca visibilidade ao que vai sendo já uma tradição que assim seja.
nota: ainda tive que convencer um tal de Diogo a comprar um woodie pois estava armado em veraneano pronto para uma boa hipotermia descida abaixo.
Fica também no dia dois, depois de muito sofrimento, a epopeia de não querer desistir e realizar a ultima subida a caminho do alojamento. Não foi fácil....