Num país típica e fortemente inclinado para o futebol, ver um ciclista ser eleito o Atleta do Ano é qualquer coisa de surpreendente. Diria mesmo que algo de anormal terá acontecido.
Com efeito, Rui Costa fez uma época estrondosa ao que apenas posso acrescentar o desejo de no futuro vê-lo repetir ou melhorar se possivel tamanha proeza.
No entanto, e desengane-se o leitor se esperava que o tema enveredasse logo pelo caminho de duas vias sem portagem, estou em desacordo com a atribuição deste título.
Na minha opinião o premiado deveria ser eu. E deverias ser tu. E deveria ser ele e ela. E deveriam ser eles e elas.
Deveriam ser todos os que trabalham oito horas por dia e\ou até mais, que ainda tratam a família, os amigos, os afazeres da lida da vida em geral, e que no meio disto tudo ainda conseguem fazer o dia parir mais uma, duas ou três horas para treinarem uma ou mais actividades físicas. Por lazer, por prazer, para emagrecer, para engordar, para aliviar a tensão, para conviver, para competir.
E na maioria dos casos ainda têm que pagar para o fazer!
Não com isto queira de maneira nenhuma tirar o mérito ao Rui ou a qualquer profissional de qualquer modalidade. Nada disso. Saber qual tem mais valor, se o atleta profissional ou o amador carolo*, seria o mesmo que perguntar quem surgiu primeiro, se o ovo ou a galinha.
Pela fotografia em cenário tão "normal", até parece um amador carolo*.
Mas para mim, os Atletas do Ano estão definidos. Eu sou um deles. O leitor e a leitora poderão colocar o nome nesta lista. Terei todo o orgulho!
*amador carolo: criança, adolescente, adulto ou idoso que pratica\exerce qualquer modalidade desportiva por pura carolice
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