sexta-feira, 27 de junho de 2025

na Estrela ou constróis ou....

   Ainda sobre o estágio.

   São 3 ou 4 dias a pedalar. São dias duros? são. As voltas são longas por maioria e trazem consigo altimetrias sempre elevadas, adornadas aqui e ali por inclinações mais severas.
   A componente física é assim trabalhada duramente pelo endurance. Não há grandes loucuras de ritmo como numa prova (a descer somente...) mas também não é sequer perto de cicloturismo. Não é fácil. Há que saber aguentar, saber gerir.
   Se pensarmos que este não é um registo habitual ao longo do ano (3 treinos seguidos de longa duração e altimetria considerável), equaciono a realidade dos benefícios.no que ao ganho de forma diz respeito.
  Mas para mim, os benefícios vêm de tudo o resto: as subidas longas aprazem-me, a paisagem encanta, o ar puro preenche, o pouco movimento de pessoas e carros torna as estradas delciiosamente circuláveis.
   Depois vem ainda a adrenalina: a adrenalina de cada descida, cada uma de seu tipo; a adrenalina de cada subida, cada uma um desafio; a adrenalina de mais um treino duro realizado. A adrenalina da incerteza metereológica onde tudo pode ser encontrado. De ventos fortes com rajadas, frio ou temperaturas elevadas, pode-se apanha de tudo em dias diferentes ou no mesmo dia.
   E por último, é sempre aquele condimento especial que é chegar-se ao topo mais alto do país. Faça-se quantas vezes se faça, mas sempre que lá se chega, o sentimento é igual. O misticismo daquele marco circundado pela estrada não tem igual.
   Este ano foi visitá-lo por três vezes. Em cada dia houve lugar a marcar presença.
   Até lá chegar, viaja-se por um mundo de pensamentos compostos ou vazios. Revisita-se a vida, sentem-se estados de alma, por vezes até um vazio de alma. Talvez esta das melhores sensações que posso experenciar nas horas a fio subindo serra acima,

  Acima de tudo é isto o melhor que se pode retirar de cada momento, seja ele do que for. Para mim, a Estrela é precisamente isso, como uma estrela, linda, reluzente, brilhante, lá no alto, e que nos faz sonhar durante a viagem até si.
   Fica sempre uma vontade enorme de voltar.

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