terça-feira, 30 de agosto de 2016

O que se vê por essas estradas fora

A saber:

Karaoke? animação garantida
depois Festa do Chupa? não sei o que é, mas sendo tudo actividades da cavidade bocal (karaoke+festa do chupa) é capaz de ser coisa só para profissionais.
O remate final "venha-se divertir" só por si ja dispensava o boneco revirado de prazer com a lingua de fora.


In & out again

 Depois de duas semanas em indoor, chegou a hora de me aventurar novamente por esse asfalto fora.
 Quinta e domingo. Voltas tranquilas. Não há números, não há nada. Apenas muita saudade, muita vontade de pedalar.
   No domingo à tarde ainda houve mais uma actividade fisica. À noite caí redondo na cama.

                                                               Cromagem de manhã:
 


Cromagem à tarde:



 

  Hoje e porque ao dia de semana à hora de ponta é dificil escolher caminho, fiz-me à serra. Demasiado? Talvez mas a ideia era fazer bem vagarosamente. E assim teria sido, não fosse o vento trocar-me as voltas.
  Descer não foi muito agradável. Uns safanões aqui e ali quase provocaram o susto.
  Para lá de dois meses parado e a forma foi-se. Tudo muito preso ainda. Há que ter paciência até as coisas começarem a fluir, mas vai daí ainda falta a minha silly season.
 
 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Droigas


   Pregabalina, Deflazacorte, Cianocobalamina, Piridoxina, Tiamina, tudo isto num cocktail misturado com calor aqui, gelo ali, fisioterapia acolá.
   Não tentem tirar-me sangue. O doping não dá espaço para tal.


  Diz-me o que tomas, dir-te-ei quem és.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A prova mais dura

  A prova (ou a etapa) mais dura é aquela que nos fica no lembramento para muitos e muitos anos, aquela que nos queixamos a vangloriar por vangloriar, como quem diz que a dor foi insustentável para valorizar o feito glorioso de a concluir.
   O frio que queima e faz sofrer, o Sol que seca e faz desidratar, a distância interminável que nos faz acreditar nunca mais ter fim, o esforço previsivel que se torna insustentável.
   A maior das subidas, o maior dos obstáculos. As maiores subidas congregadas, os maiores obstáculos congregados. Adamastores e outros horrores....



   Mas essa, a tal prova que nos fez duvidar até da continuação, a que nos fez pregar, rezar, amaldiçoar, chorar (não necessariamente por esta ordem) não é a prova mais dura.
   A prova mais dura de superar é aquela que nos acontece quando já estamos parados.
   Superar uma lesão impeditiva de praticar o que gostamos de praticar é a Mãe de todas as superações, o derradeiro desafio à capacidade do individuo.
   E à medida que o tempo passa, adensa-se a força necessária para a sua superação. A desilusão bate à porta e vem de mala às costas para se instalar por uns tempos e o desespero está já confortavelmente vestido com a nossa frustração.
  Mas não há volta a dar. Como qualquer outro feito de elevada estirpe desafiadora capaz de fazer tombar o mais forte dos Deuses, também aqui há que continuar.
   Remar contra a maré, lutar. Querer vencer o maior dos obstáculos é a maior das superações. Querer curar, sarar, tratar, para fortalecer, voltar, regressar.

   Que saudades!

   Sejam guerreiros.

sábado, 6 de agosto de 2016

A Volta a Portugal em Setúbal

PARABÉNS SETUBAL
Hoje Setubal saiu à rua. Num dia de trinta e tal graus, a população encheu as artérias da cidade para brindar e apoiar a passagem da caravana da Volta a Portugal.
Que fantástico foi ver nas bermas da estrada, de uma ponta à outra, um filamento de gente, a desaguar numa enorme multidão na principal avenida da cidade.
Dos mais miúdos levados pelos pais aos mais graúdos levados pelas suas bengalas, à sombra ou ao Sol, trocaram a praia ali tão perto para aplaudir estes atletas do pedal num espectáculo para toda a familia para todas as idades.
Sim, um espectáculo pois é todo um arraial de oferta colocado ao dispor da população, desde passatempos, ofertas de brindes, comes e bebes, jogos, e até ecrãs gigantes para se assistir à prova quando esta ainda vem longe.
Vi uma multidão com alegria, com emoção, com vontade de estar na rua, com vontade de viver.
E vi o comércio cheio: cafés, restaurantes, esplanadas, negócios de ocasião montados ali para o efeito, as publicidades das marcas e das equipas a trabalhar.
E vi uma Organização exemplar. Por todos os seus intervenientes, desde a Direcção da prova às forças de segurança, auxiliares, irrepreensivel. Tudo a funcionar de forma perfeita e harmoniosa.


Só não vi as vozes contestatárias que levaram à discussão e alteração do traçado, pois entenderam que todo este fantástico evento daria conta dos seus negócios à beira-mar das praias montado. Não os vi e eles também não viram que perderam somente o melhor dia de negócio do ano, talvez mesmo dos últimos 40 anos.
Mas sobre isso não vale mais a pena falar.
À cidade de Setúbal e às suas gentes, os meus parabéns pois aquilo que mostraram hoje, nesta forma de celebrar e receber na sua terra, foi de uma grandiosidade enorme igualavel à da natureza do próprio evento: a Volta a Portugal.
Venham mais eventos. Está provado que os queremos.
Assim vale a pena viver em Setúbal.