sábado, 14 de agosto de 2010

Números e contas

Um homen nunca pára. Lá se vai dizendo que parar é morrer. Mas assim como assim e numa fase em que a frequente correria de exercicio vai diminuindo até culminuar nas férias tão esperadas, pergunto-me a jeito de balanço final de época:



- quantos e quantos km de alcatrão já roçou nas rodas da masil?
- e mais quantos nas da Gt?
- e quantos poucos mais (infelizmente) na da Mérida?
- quantas horas passadas em cima do selim?
- quantos metros trepados?
- quantos trilhos dropados?
- quantas quedas dadas?
- quantas feridas saradas?
- quantos furos furados e remendados?
- quantas provas efectuadas?



Nunca fui maluquinho dos nºs e por isso não faço anotações de maior apesar de até ter resposta para algumas das perguntas supra enunciadas (no site do garmin estão as voltas que com registei com esse aparelho, mas faltam lá muitas. O vdo 1.0 tb terá um total qualquer das voltas na Gt e no Excel guardo registo das provas\maratonas. Mas não importa.


Tudo o que continuo a fazer é em prol do prazer e não concretamente de um ganho qualquer, embora não descure obviamente tentar sempre melhorar o desempenho físico.

E é nesse prazer que encontro resposta para TODAS as perguntas.

Planando baixinho

14\08\2010
Setubal-Pegões-Setubal

O que acontece quando se juntam:
- pouca carga de treinos (spinning terça e quinta e mai nada)
- um jantar de massa;
- uma noite bem dormida;
- vontade de pedalar;

Força na perna, muita força!

Uma volta por um percurso que vai ficar para mais tarde repetir quando não houver vontade de trepar paredes. Bom alcatrão para rolar a puxar, planando baixinho.

Logo no inicio na confusão da Volta da Pedra ultrapassei um compadre que levou um "bonito jersey", embora fosse feio (igual ao que eu estava a usar!!)
De Pegões a Aguas de Moura tenho a noção que a cadência foi sempre elevada e não deixei a velocidade cair abaixo dos 30 km\h. O vento? nem dei por ele.
Senti-me completamente ausente da estrada. Parecia que pedalava no ar (o centeio do meu pão do pequeno-almoço deve ter sido cultivado num campo de "papoila").
Dores nem senti-las: nem costas, nem pescoço, nem pernas, nem cú nem nada. Extraordinário.
Mais uma vez não tomei o gel (e qualquer dia vão para dois anos de prazo de validade expirado).

Já perto de casa e só para quebrar o ritmo, dei boleia a um furo lento. Alguns kms depois não tive outro remédio senão deixá-lo ali mesmo. E coitadinho deli por ali ficou na beira da estrada e nem as habituais quengas lhe valeram (ao que parece tb vão de férias).
Por falar em férias, ao passar por cima da tó-estrada vi fila para o Algarve. Amanhã ja estarão lá todos ou como dizem os amaricanes "tomorrow they will be all garve!

A volta no garmin aqui (record de velocidade média: 26,8 km\h) (impressionante a interminável recta entre Rio Frio e Poceirão).

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ja cheira

09\08\2010

... a férias.



A molenga vai-se apoderando do corpo que a custo vai reagindo, mas pouco.

No sábado de manhã houve direito a uma aula de spinning bem puxadinha para estragar uma semana de inactividade.
À tarde pela fresquinha que não se deu, houve peladinha para matar saudades.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Alentejo Talega 50

01\08\2010
Alentejo


Avizinhava-se mais um dia abrasador. O despertador tocou às 8 da manhã. Ignorei-o por completo e só me levantei uma hora mais tarde. Afinal estamos no Alentejo, é domingo, ninguém me espera logo não há motivos para correrias. Os caracóis da noite anterior concordavam com este ponto de vista.

Depois dos afazeres agrestes ainda sobrava tempo pela manhã e fui então em busca da Masil. Na véspera pus o sensor da cadência a funcionar. Depois de alguns ajustes no suporte e de uma pilha nova acabei por perceber que o necessário era fazer o emparelhamento novamente.
Trouxe de casa um track de 80km muito jeitoso feito por mim mas já não tinha tempo para o realizar. Assim saí à sorte cheio de vontade.

A oficina alentejana ao ar livre está linda nesta altura do ano.


Fui virando aqui e acolá e dei por mim numa estrada quase deserta e com um alcatrão maravilhoso rasgando a típica paisagem alentejana.


Até parecia que o Alentejo era "enteirinho" só pra mim.
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O gado local, cavalos, vacas, ovelhas, resguardado à sombra debaixo de chaparros, levantava as suas cabecinhas e acompanhava a minha passagem. Era engraçado observar esses movimentos. Senti-me como uma bola de ténis num jogo com court cheio.

Beber e beber muito foi regra impreterível. Como o terreno era de pouca inclinação deixei a acção a cargo da talega. Por momentos uma ou outra brisa frontal quase que me fizeram mudar de ideias. Quase…

Sem dar muita importância para onde ia fui de repente surpreendido com Juromenha e fiquei encantado.

O gps ja mostrava o Guadiana enquanto fronteira e Juromenha logo ali.


Quando o Verão passar vou voltar de bicicleta na mão para seguir na senda destas “pastagens”.


O Castelo é fabuloso e bem maior do que expectável.

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Pena é estar tão maltratado (um caso típico luso)

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Noutros tempos estas ameias combateram e venceram os espanhois. Agora combatem a erva seca e a erosão e estão a perder por muito...

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Rio para um lado e para o outro e planicie sem fim. Subidas nem vê-las.























A fotografia da praxe!

.Um momento de reflexão...

..... e um outro de contemplação.

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Um curioso pensamento que me ocorreu enquanto pedalava: foi precisamente aqui no Alentejo que aprendi a “andar de bicicleta” (como isto soava tão bem quando era miúdo e como soa tão nostalgicamente bem agora). Quem diria que anos e anos mais tarde voltaria a pedalar por terras do celeiro de Portugal?


Em Juromenha o meu telemóvel apitou. Fui ver e era uma mensagem tipo: “A rede *** deseja-lhe uma boa estadia. Na União Europeia custo max, bla, bla, bla”.