domingo, 4 de setembro de 2022

XVI Maratona BTT Mombeja

 04 Setembro 2022
 XVI Maratona BTT Mombeja

   Assim no decorrer mesmo da semana, procurar uma prova, inscrever, pagar e já está! Regresso ao btt depois da "sova" de Alte em Abril e depois do estágio na Serra da Estrela (ciclismo) em Junho.
   Portanto, estou mais ou menos num registo de dois em dois meses.

   Para aproveitar a passeata e algum conforto, decidi ir de véspera e em vez do campismo disponibilizado pela organização, uma hospedaria em conta por uma noite.
    Anunciados 65 km e 800 m de altimetria, não se adivinhavam grandes dificuldades, mas isto no btt nunca se sabe porque a altimetria pode ser pouca, mas bruta (subidas raras mas com percentual de inclinação elevado, ou um sobe e desce que mesmo pouco acentuado é sempre um parte pernas).
   A dúvida continua a residir mesmo na montada. A Sup 29 continua a deixar-me muitas dúvidas. A bicicleta é extraordinária, isso não está em questão, mas a minha adaptação à roda 29 continua dificil de me confortar.
   Se por um lado é certo que não tenho pegado muito nela, por outro é notória a dificuldade nas subidas bem acentuadas onde sinto um enorme esforço, quando outrora na Mérida, subia mais "tranquilamente" quer física, quer tecnicamente.>
   A descer também sinto falta daquela agilidade da roda 26. A Mérida parecia fazer parte do meu corpo. Fazia tudo com ela, principalmente nos trilhos mais exigentes onde a destreza e manobrabilidade são colocados à prova. A Sup dá um grande conforto, inquestionável, mas não "surfa" bem quando se quer ser fast and furious.
  De facto a Sup tem essa vantagem, o conforto, e o rolar a direito. Engata-se a mudança mais alta e a roda 29 embala como que a pedir mais. Mas ainda assim faz sentir que falta aqui mais uma mudança para impor ainda mais ritmo, tal como faltará certamente uma ou duas mudanças mais leves para as subidas mais inclinadas.
  Portanto com saudades da Mérida (excepto quando o terreno fica socalcado ou empedrado), fui firmemente corajoso para me agastar nas subidas árduas, e calculista nas descidas abruptas (um pouco de ar a mais nos pneus também não deve estar a ajudar...).





  Poucos inscritos, infelizmente, e ainda menos na maratona, pelo que quando se deu a separação de percursos, a grande maioria virou para a meia-maratona e eu fiquei sozinho na grande planicie alentejana, conjuntamente com o gado, as plantações de amendoas, milho e azeitona principalmente.
  Prova feita a bom ritmo nos primeiros 30 km, sem dificuldades de maior. Muito staff pelo caminho com água e fruta (faltou algo mais para preencher o estomago. Felizmente vinha prevenido).
   A manhã fazia-se em bom clima mas aos poucos a temperatura começou a aumentar.

  Quando dei por mim, senti uma porrada nas pernas. Era o primeiro sinal que as forças não estavam firmes. Comecei a gerir um pouco mais.
   Não via vivalma mas acabei por apanhar dois atletas. Um deles avariou e parei para dar assistencia que ele estava meio desnorteado.

   Já pelos 50 e poucos km decorridos, paro para atestar o Camelbak (muito em desuso. Actualmente sou dos raros que ainda usa) e volto ao caminho impondo um pouco mais de ritmo.
   As rampas mais inclinadas ( a chegar a 18% pelo menos) estavam guardadas par ao fim e seguidas umas às outras, que obrigou a um dispêndio maior, mas sendo curtinhas, nada de muito grave.
   Cortar a meta e estava feito.

  Classificação da prova (1 a 5)
   Organização pré-prova: 4 responderam prontamente a questões via Facebook, info disponibilizada ok, apenas
                                       ficou a faltar mais detalhe com gráfico de altimetria e track GPS. Nos dias modernos, é quase imperdoável não dar aso a estas tecnologias que os atletas valorizam.

   Secretariado: 5  Poucos inscritos, foi chegar e andar. Impecável.   
  Percurso: 4  Não há grandes cumes na região pelo que subidas longas e pontos altos não se podiam exigir. Traçado bem rolante, agradável pela paisagem e bem conseguido. 
Apoio e assistência: 3,5 muitos voluntários nos cruzamentos e passagens de estrada; pontos de água idem;
                               contudo não houve (ou não vi) mas comes e bebes senão à partida e à chegada, e aí estavam bem agradáveis.
  Marcações: 4,5 As marcações foram exclusivas a setas e traços no chão a cal e umas pequenas sinaléticas. Chegaram e sobraram. Não sendo vandalizadas, quem precisa de fitas penduradas nas árvores?
Banhos: 3  O elo mais fraco desta prova. Balneário muito pequeno e a água quente acabou um segundo após colocar-me debaixo do chuveiro. Felizmente sendo poucos atletas, serviu para o efeito, mas....
Almoço: 4 uma grelhada de frangos, linguiça e entermeada, com batata de pacote, arroz, salada, um gaspacho bem alentejano, bebidas, fruta, doce e gelado, café. Esteve tudo bom.
Dificuldade Técnica: 3 (anunciada ...)
Dificuldade Física: 3,5 (anunciada...) só não é 3 talvez mesmo por culpa própria
Preço: 5  12 eur a prova (acresce mais 8 eur almoço) é mais do que adequado pelo proporcionado. Muito bom!

Classificação Geral: 4 (repetiria e poderia levar um pouco mais de km sem exagerar na altimetria e, claro, banhos quentes sff)