domingo, 28 de maio de 2017

75km by wind

 O vento, aquele ser com vida própria tantas vezes almejado nestas minhas escritas.
 Hoje soprou forte, mais uma vez.
 Mas ao contrário de outras ocasiões, hoje senti-o aliado. Aliado primeiro, inimigo no regresso. Embora preferisse o inverso, confesso que ainda restavam forças para lutar mano a mano com o gajo.
 
  Não há muito mais a dizer. Pouca gente na estrada hoje. Uma bela manhã. Feliz por o joelho ter permitido isto.
  Volta ligeiramente mais curta para não estar sempre a levar sovas e pouco mais (treinos continuam grupe) mas a malhar bem.

  Curiosidades da manhã:

  Quando quiseres saber para que lado está o vento, encostas, colocas o marsupilami de fora e se o vento estiver contra, serás regado nos pés e pernas.

 


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A minha etapa Coppi

 Em homenagem ao dito senhor e porque foi assim no Giro também nessa semana:

 Depois de boa parte da manhã a rodar em plano a bom ritmo, atirei-me decidido para a serra. Não seria acabar ao alto pois ainda havia o regresso a casa.
  Fui colocando desafios (ou pontos intermédios) para facilitar ultrapassar obstáculos, uma táctica usada por muitos atletas profissionais.

  Ficou mais ou menos assim:

   1º ponto: Poceirão
        a) café Entre-Pegões
   2º ponto: Pegões
   3º ponto: Marateca
        b) alto das Pontes
        c) saida de Setubal
        d) inicio subida Secil
   4º ponto: Antenas
        e) rampa para-pente
   5º ponto: Azeitão
         f) Alto das Necessidades
         g) Alto da N10
    6º ponto: Setubal



  belo esticão.
  liquidos o resto do dia. O aumento da temperatuda, ainda que com uma correcta alimentação e hidratação, fez com que sentisse "secura". A subida à serra aumentou o consumo interno. Deveria ter assegurado uma ingestão pré de maior quantidade.
 

domingo, 7 de maio de 2017

Afinal anda aí qualquer coisa

 Dia da mãe.
 Pouca gente na estrada. Muito menos que o usual como de esperar.
 Quando digo isto, refiro-me obviamente ao triangulo das bermudas e pouco mais, já que assim que de toma a direcçao de um dos seus afluentes, raro é ver qualquer alminha.
 
  Sai de casa com aquela moleza pouco recomendável. Mas ia com vontade de dar no duro.
  Elaborei um plano.
  A cada pedalada sentia vaciliar. É aquele sentimento da poupança de esforço que anda sempre comigo. Aquele que pretende evitar rebentar o motor antes (muito antes) do fim.
  Mas hoje estava decidido a forçar. Forçar a cada pedalada, a cada desafio. Fosse uma subida, uma inclinação ou uma recta contra o vento. E isto bem antes do fim!
  E cada vez que sentia as pernas piarem e a aliviarem a força nos cranks, rapidamente puxava concentração, tocava chicote e malhava um pouco mais forte.
  Tudo isto sabendo que o regresso trazia a serra ja perto do fim. Era tipo etapa de uma prova ciclistica. Significaria que quando lá chegasse iria de lingua de fora até ao topo e depois autêntica arrastadeira até casa.
   Mas não. A coisa fez-se bem e ainda deu para chegar bem. Confesso que a subida do convento custou-me um pouco mais que o normal.

   Um dia em que a direito ou a subir, foi sempre a malhar.
 
   

quinta-feira, 4 de maio de 2017

na ressaca de uma maratona

 Sair de casa sim, não? com sono, descansar, sim não?
 Não!

  Vontade de aproveitar uma linda manhã de sol e secar da molha do dia anterior.
   Possivel dor de pernas e fadiga a aparecer cedo, mas não.
   Nem na segunda passagem pela serra (a primeira foi só metade) a coisa azedou e diz o stravis que até deu para ganhar uma taça.
    Procurei boleias em Azeitão. Não encontrei nenhuma que agradasse apesar das várias dezenas que vi passar, acabei sozinho e que bem me soube.
   Que bem me soube!


  


   E afinal o garmin não está maluco. Na prova no dia anterior, olhava para os km percorridos (algo que faço raramente mas ja levava fome e queria saber quanto faltaria para a mangedoura) e via a marca de 28 com 2horas percorridas e um companheiro de ocasião a amaldiçoar a sua forma fisica e que estava muito pesado e que o fim nunca mais chegava.
   ??? estranhava tanto a sua conversa como as 2 horas ja decorridas. Algo nao estava bem. 28 km só?? numa prova a direito?? e o outro a mendigar pelo fim aos 28??
   Depois comparámos garmins e o dele e o de um outro companheiro que entretanto apareceu marcavam 40km. Tava explicado. O meu garmas pirou.
   Afinal não. Estava em milhas o ca***rão.


Maratona BTT - Trilhos da Figueira

  Foi no passado dia 30 de Abril que rumei até perto de Beja, mais propriamente Figueira dos Cavaleiros, para mais uma maratona.
  Assim de um repentemente (lol), com um feriado no dia seguinte para recompor, desenrasquei uma prova para mais uma incursão btt em além-terra.
   O Alentejo sempre à mão de semear e mantendo-se fértil em acontecimentos desta natureza, foi novamente o escolhido.




   "Não há provas perfeitas"
   Esta foi a frase proferida pelo speaker já com todos os atletas a postos na zona de partida.
   De facto, o dono do microfone tentava prevenir e desculpar a organização para algo que não seria mais do que aquilo que o terreno da zona teria para oferecer.
   A distância de 65km e uma altimetria rasteirinha faziam antecipar que as dificuldades seriam poucas e que a prova seria a rolar em bom ritmo.
  Assim foi. Nada das habituais paredes, muros ou o que lhe queiram chamar, mas em contrapartida também não vieram de lá os singles ou descidas mais entusiasmantes.
  A paisagem também pouco tinha para oferecer mas foi agradável.
  As surpresas estavam guardadas para outros predicados.
  A areia foi uma delas. Se ao principio vai-se levando, passados uns bons km a coisa começa a fustigar a alma dos participantes, e não fosse ser uma prova de baixa intensidade fisica, e poderia mesmo levar ao desespero de alguns.
   A areia é mesmo um elemento que causa desgaste, principalmente psicológico. É um mal-amado neste mundo do btt.
   A cada paragem, quer fosse no posto de controle, de abastecimento ou de agua, era notoria a preocupação dos elementos da organização, saberem deste tema, sendo que eles próprios avançavam logo com a pergunta "e a areia?".
  Aliás, a simpatia geral de todos os que estiveram em funções, foi sem dúvida o ponto mais marcante e positivo de todo o evento. O esforço para agradar foi notório. A forma em como tentaram oferecer o melhor que tinham para dar também.
  Infelizmente, ao que tudo indica, a zona não tem mesmo mais para brindar quem lá vai.

   Ainda uma ressalva para uma molha das antigas como à muito não levava, que me fez arder os olhos e nao ver o caminho durante largo periodo, quase a pensar que estaria já fora do trilho (marcações muito pobrezinhas é algo a melhorar), pois na separação aos 44km, nunca mais vi ninguém até ao fim.

   O almoço estava muito bom. O ponto de abastecimento q.b.

   A minha forma continua muito em baixo, mas isso em dia de festa não importa nada. É preciso é disfrutar e chegar inteiro ao fim.
  A cabeça começa a pensar se nao estará na hora de investir numa montada mais confortável. A ver vamos.