quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Desafio

 100 KM NA ARRABIDA EM BTT????
 AHAHAHAHAHAH


E EU VOU???
AHAHAHAHAHAHA


E AINDA EM NOVEMBRO 130 KM CICLISMO???
AHAHAHAHHA


E EU VOU???
AHAHAHHAHAHAH


 Estes gajos não devem estar bem da cabeça e eu ainda estou pior.

 E o que tenho sofrido nos últimos treinos? 
 Nã...aqui já não há vontade de rir  (principalmente quando se fica sozinho a pedalar numa aula de cycling)
 

sábado, 27 de outubro de 2012

De novo o comboio...

27\10\2012
Ciclismo

  1º ciclista: "Então amanhã sempre vamos apanhar o comboio outra vez?"
  2º ciclista"Sim"
  não ciclista: "Vão de viagem para onde?"
  ahahahahhahah

  E perto das 09:15h lá passou o comboio certinho como sempre numa espécie de arrastadeira a apanhar a maioria dos que por ali transitavam à sua espera.
 Seguimos numa pedalada calma que até dava  para amenas cavaqueiras entre parceiros. Só de quando em vez, fruto do "elástico" que um pelotão gera inadvertidamente, dava-se um esticão que nos obrigava a acelarar a pedalada para logo meia duzia de metros depois, retomar a tranquilidade.
 Mas tudo isto não era mais que um engano e poucos km mais adiante, já para os lados do Pinhal Novo, as conversas cessaram. Agora apenas ouvia os ressssssssssss incessantes dos rolamentos das rodas e o buzinar de um ou outro automobilista mais impaciente que tentava ultrapassar o grupo à força.
  Dentes e punhos cerrados, músculos das pernas contraídos e bidons a serem usados com maior frequência eram notas evidentes do esforço que se dispendia para continuar no pelotão.
   Cada recta era feita a velocidade relampago. Cada subida dava direito a levantar o cú do selim.
   Se comer até nem foi dificl (misturando o triturar com o respirar de forma alternada), o urinar é que foram elas.
   Quando senti um pequeno abrandamento, decidi encostar. Quando regressei à estrada estava sozinho. Os meus dois compinchas esperavam mais adiante mas nem um sprint a três durante vários km serviu para recolar.
   À chegada a Alcochete demos a missão por terminada e regressámos solteiros e bons rapazes.
   Um experiência engraçada para repetir..... muito de vez em quando.

   A volta no garmin aqui (faltam uns km por me ter esquecido de ligá-lo).







 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Light it up



  Pergunto-me se terei passado da adolescência directamente para a crise de meia idade, precoce neste caso....





domingo, 21 de outubro de 2012

3º Raid Aldeias do Montado

 Domingo, 21\10\2012
 Btt - Monte do Trigo

   E pronto. Já está. A primeira maratona da época. E que primeira.
   Durante um jantar cá em casa, a escolha acabou por recair em rumar a pastos alentejanos isto apesar da distância pouco recomendada para a fase actual em que a preparação fisica ainda deixa muito a desejar.

    De véspera, o treino do "apanha o comboio" deixara bons indicadores. Igualmente pela primeira vez consegui deitar-me cedo. Até o pequeno-almoço foi massa (mesmo à campeão) e a alvorada às 05:45h da manhã não custou rigorosamente nada (explicar isto a alguém que não partilhe esta, como lhe hei-de chamar, paixão será demasiado?, é de todo impossivel. Um gajo madrugar desta maneira para fazer 260 km de carro ida e volta, pedalar 80km, ter dores, algum frio, sujeito a apanhar uma molha,gastar dinheiro.... ninguém compreende. Impossivel).

  Às nove em ponto (o sino da igreja deu o mote) começava o raid. Duzentos e picos participantes, dois deles em representação da equipa Proaventuras, que se distribuiriam pelos 80 ou 130 km. Não havia cá meias nem minis.



   A prova em si tem pouco que se lhe diga: um sobe e desce constante que arrebenta as pernas a um gajo, praticamente nenhuma subida ao alto (nem uma promessa anunciada se fez notar), estradões e mais estradões (tentaram um single track mas mais valia terem estado sossegados), e uma paisagem que roçou a monotonia mas que agrada sempre a qualquer amante do alentejo como eu. O velho hábito de partir no fim do pelotão com Rui Barbosa a alinhar, cedo percebemos ambos (coincidência) que estavamos em dia não. As pernas começaram a acusar aos...30km!!!! Isto só poderia significar muito sofrimento daí em diante. O que acabou por não se confirmar apesar das dores nas pernas seguirem às minhas costas.
  
    A prova:
    Pontos de abastecimento: fraquinhos (pouca variedade de comida e bebida)
    O trajecto: aquilo que a zona tinha para oferecer... Os 10km finais e a chegada foram o ponto mais forte.
    A Organização: marcações q.b., ausência de filas no levantamento do dorsal, banhos e almoço que é sempre bom. Muita gente nas intersecções com a estrada, gnr, membros da org. e escuteiros.Tudo funcionou bem. Gente muito simpática.



   Os 81 km aqui.
   

 

sábado, 20 de outubro de 2012

Comboio inter-cidades

20\10\2012
ciclismo

   Desenganem-se desde já aqueles que vêm aqui à procura de informações sobre a CP. O assunto aqui é bicicleta mesmo.
   Na véspera, num ameno convivio de shushi e shashimi, regado a sangria de sakê, sakê, vinho tinto e moscatel, fiquei a saber da existência de um tal comboio que aos sábados parte de Almada e ruma em direcção ao acaso passando por Azeitão. Um tal de TGV que vira inter-cidades. Eu que só por uma ocasião experimentei um regional, não podia ficar apeado.
  Agarrei no telemovel e ofereci mais um bilhete para esta viagem.
  Pelas 09:10h já pedaláramos até Azeitão e perto das 09:20h passou o comboio. Mal tivemos tempo de nos apercebermos do que era e não fossem os maquinistas, dois "séniores" bem identificados, a fazer sinal para que entrássemos e provavelmente não o apanhariamos.  Um sprint de rotunda a rotunda e em Vendas de Azeitão já fechávamos o grupo.
   Eram algo como 20 a 30 ciclistas a rolar num ritmo bastante interessante que de quando em vez dava um safanão, algo parecido com o estica e volta a encolher do elástico.
    Curioso era ver outros passageiros a entrarem enquanto que outros havia que abandonavam o comboio. Um autêntico corropio. Mas apesar de tanta mutação, no seu seio  ia-se bem com os maquinistas sempre a impor o ritmo. Os carros esses só tinham ordem para ultrapassar utilizando a faixa da esquerda. Ninguém encolhe o que permite rolar com alguma confiança e tranquilidade.
 

     Não fosse amanhã dia de maratona btt por terras do Alentejo (80km que nesta fase vão parecer muito mais) e teria ficado para ver onde o comboio me levaria.
     Cool, very cool.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

GP Arrábida - TTI

 14\10\2012
 Ciclismo


  TTI = time trial individual  (pensava eu)


   Já explico. Mas começando pelo principio.
   Depois da volta em grupo de sábado, a malta do btt baldou-se em barda e resolvi sair para a estrada outra vez, mas desta feita a solo.
   Confesso que estive quase para nao sair da cama e depois para nao sair de casa, com a desculpa de algum cansaço e de uma chuva anunciada para as 12h. Mas uma voz que puxa sempre mais forte e ecoa sempre mais alto fez com que caisse em mim e sai cheio de vontade.
   Para minha admiração as forças estavam retemperadas e posso mesmo afirmar que até me sentia melhor que o habitual. A bicicleta parecia pedalar por si só transportando-me  numa agradável manhã de Outono quente.
   O traçado escolhido foi o "Planando baixinho", uma rota tradicional mais para o plano.
   Com as ditas forças a quererem rebentar pelos musculos fora, fiz entoar a talega e rapidamente cheguei a Rio Frio. Tinha a convicção de nunca lá ter chegado tão depressa o que me motivou para continuar em força mas ao mesmo tempo levou-me a pensar que deveria acautelar o dispêndio de energias para não morrer no regresso.
   Fui sempre encontrando aqui e ali muita gente do pedal, tanto de btt como de estrada.
   Optei por comer em andamento para não quebrar o ritmo. Cautelas redobradas nestas manobras para o futuro, principalmente no que respeita ao embrulhar dos alimentos. Algo pratico recomenda-se vivamente.

    A seguir a Pegões rumo à Marateca, um forte vento frontal fez-se sentir. Vim a descobrir mais tarde que trazia consigo uma enorme carga de àgua que me ensopou até aos ossos.
    Por diversas ocasiões procurei o "limbo" sem nunca o ter encontrado.
    O "limbo" é para mim talvez das melhores sensações que se pode ter a pedalar. É quando a mente abandona o corpo para parte incerta mas o que deixamos de sentir é precisamente o corpo. Ou seja, deixamos a mente vaguear e sabemos que ela está precisamente nesse estado. Um Nirvana autorizado.
 
   Mas este estado não se domina. Não se entra nele por querermos, não se sai dele quando queremos. Somos completamente subjugados à sua vontade e só nos apercebemos que estamos nele quando... dele saimos! Paradoxo? sim, mas pura verdade.

    O melhor que o "limbo" tem é que o corpo descansa, pedalam-se km sem nos apercebermos das dores, do sofrimento, de nada. E a alma também, alivia-se de pensamentos, preocupações.

    Já perto de Setúbal apanhei um viajante. Um espanhol dos lados de Barcelona que partira de Sevilha para atravessar o nosso país rumo a Santiago e aos seus célebres Caminos. Distraido com a conversa, o catalão que ia arranhando um espanholês contra o meu portunhol, continuei numa toada forte e nem reparei que o homem fazia das pernas (e de um joelho dorido, segundo me contara o próprio) coração para me acompanhar. Afinal ele trazia alforges com mais 20 kilos dentro.


     A volta no garmin aqui


   Ah e no fim de contas, analisando o histórico, confirma-se que arranquei bruto. Cheguei a Rio Frio com menos 6 min que o habitual mas diluiram-se no restante troço. Talvez pela chuva ou por ter pedalado no dia anterior. Não é importante. É só mesmo uma curiosidade.

sábado, 13 de outubro de 2012

GP Arrábida - Proaventuras Team

13\10\2012
Ciclismo

 
   Um grupo composto por 8 elementos reuniu-se pelas 09:00h junto ao estabelecimento comercial do patrocinador da volta.
   Depois de chazinhos e torradas, cafés e bolinhos, foto paunlera para mostrar o orgulho de talegos, o grupo pôs-se em marcha.
    As conversas duraram até que o fôlego o permitisse, ou seja, até à subida do solitário. Aí perdemos dois elementos, um por blow engine e outro por solidariedade.
    Depois da subida ao Convento o pelotão reuniu-se no inicio da descida das antenas para se agrupar no seu fim onde viria a perder mais um elemento.
     O resto da volta foi feito ao rebolão e aos esticões, características próprias de amadores a tentarem rolar em solidariedade de esforço. Não funcionou mas também não matou ninguém.
   

     O strava aqui (nova aplicação para os picadinhos)
     O garmin aqui
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Doença Grave

- E então Sr. Dr.? já sabe algo sobre o meu estado?
- Sim, sei.
- Sempre descobriram então alguma coisa?
- Sim meu caro, sim.
 - E então...?
 - Bem, você sofre de Vicialeira.
 - Vicialeira Sr. Dr.?
 - Sim, Vicialeira.
 - E o que é isso afinal Sr. Dr.?
  - É um sindrome interno que se instala no cérebro e se propaga pelo corpo todo. Começa por uma pequena sensação que pode ser logo forte em alguns casos, e aos poucos e poucos espalha-se por todos os orgãos, pele, vasos sanguineos, pulmões, coração, etc. É complicado explicar mas penso que já dá para ter uma ideia.
  - Ahhh sim... acho.
  - Pois. Não é detectável em análises sanguineas, nem elctrocardiogramas, nem em raio-x, nem tac´s, nem sequer em ressonância magnética tão pouco. Mas os seus sintomas são claros.
  - Diga-me doutor, é grave??
  - Muito!
  - E tem cura Sr. Dr.?
  - Não.
  - Então e o que posso eu fazer??
  - Bem, vai ser preciso muito da sua convicção e força, reagendamento e planeamento da sua vida pois daqui em diante ela não mais será como era. A família e os amigos, bem como os colegas de trabalho e todos os que o rodeiam terão de ser muito cooperantes e compreensivos também. Não comparecer em festas, eventos sociais de quando em vez é certo.
  - Compreendo Sr. Dr...
  - Espero sinceramente que, caso não haja nenhum infortúnio, que a Vicialeira o deixe ser feliz até bem ao fim da sua vida. Você será muito feliz. Como se sentiu nos últimos anos?
   - Muito feliz Sr. Dr.
   - Pois. É sinal de que ela já aí andava!
   - Ah, a sério?
   - Sim.
   - E terei que seguir algum tratamento?
   - Vou desde já receitar-lho. Leva aqui este receituário. Quero que faça o quanto lhe apeteça. Ciclismo, btt, aulas de cycling, em grupo, sozinho. Faça como queira, mas pela sua saúde pedale homem, pedale.
   - Sim Sr. Dr. Fá-lo-ei escrupulosamente!!


   In Wikipédia: "Vicialeira - doença do foro desportivo que ataca o ser humano tornando-o obtusamente viciado em pedalar. Manifesta-se de muitas formas das mais discretas até às mais exuberantes como por exemplo alguém que não consegue parar de falar no assunto ou que está sempre a comprar bicicletas, peças e acessórios. Pouco mais se sabe sobre a Vicialeira mas os últimos estudos publicados por uma Universidade do Michiggam remetem a origem da sindrome para ..."

  

      Dedicado ao mais bravo de todos os gaitos.