11jun2023
Ciclismo
Na realidade, Médiofondo.
Aproveitando a desistência de um atleta de equipa, fui no seu lugar, juntando-lhe um fim de semana na terrinha lá próximo.
O percurso anunciava 105 km e uns "simpáticos" 1.570 m de desnivel.
Partida na frente, rápida e fluida. Poucos instantes depois, ficava no segundo grupo que perseguia aguerridamente o grupo da frente a menos de 1 minuto.
Foi muito bom ter esta noção de perseguição com os olhos neles e as motas a filmar e os carros e tal. Parecia um profissional à séria.
Alguns km depois e juntavam-se estes dois grupos. O ritmo era elevado mas sentia-me perfeitamente confortável no seio do grupo.
Mas aos poucos o figurino foi mudando. O terreno passou a ser um sobe e desce e o grupo partia-se aqui e acolá. Forcei um pouco a barra para tentar manter-me no grosso da matilha (e talvez por isso tenha pago a factura mais adiante) e com sucesso fui recolnado uma, duas, três vezes até que curva à direita para uma via secundária, uma inclinação mais severa e mais longa e.... já não fui. O ritmo na fernte era outra música para a qual eu não tinha instrumento.
Fui gerindo naturalmente. O sobe e desce continuava e foi apenas quebrado pela subida longa e dura ao Alto de S. Mamede.
Aos 70 e poucos km sou vitima de um feroz ataque de caimbras em ambas pernas, como nunca tivera antes na vida, que me obrigou inclusive a parar.
Talvez do esforço anterior, de má hidratação e sobretudo alimentação? talvez. Certo é que os restantes km foram feitos apenas para poder terminar. Meti tudo o que tinha na algibeira pela goela abaixo, esperei um pouco e segui.
Sempre que forçava o ritmo, as dores começavam a apitar.
Foi mesmo rolar tranquilamente até ao fim a ver os outros passar.
Pena, muita pena numa prova que estava a saber tão bem, pagando o erro principal que terá sido mais que tudo, menosprezar a dureza da região.
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