25 Abril
Ciclismo
Aproveitando um feriado com fim de semana, uma escapadela para os ares do campo. A bicicleta também foi.
Em Dia de Liberdade, acordei engripado e com pouca vontade mas à medida que ia abrindo melhor os olhos, a vontade começou a aparecer.
Quando coloquei o primeiro pé na rua, uma sensação curiosa. O dia estava solarengo e quente. Mas à esquina soprava um vento frio frio que arrepiava.
Quando não é verão nem inverno, a escolha da indomentária nunca é fácil, é certo e sabido. Mas isto era algo de novo.
Para este, céu limpo. Para oeste, uma névoa escura que encobria a tapada.
"Arrisquei" pelo meio termo e deixei aquele casaco de meia estação em casa.
Não era cedo já mas ainda mal acordava o primeiro povoado que trespassva. Mais adiante e o cenário repetia-se.
Pouco ou nenhum trânsito enquanto seguia por rectas intermináveis que rasgavam campos verdes e castanhos. As bermas da estrada repletas de ervas verdes, salpicadas a amarelo, roxo, branco e outras cores eram um regalo para os olhos.
A natureza acomodava-se para me ver passar, ora pelas flores que se inclinavam e acotovelavam ao sabor do vento, ora pela passarada que pousava nos cabos dos postes de eletricidade, ora pelos ovinos e bovinos que assomavam às vedações, que rominando insessantemente, seguiam-me impávidos e curiosos com os seus olhares.
O vento soprava por vezes mais sentido. Levava de mim todas as impurezas da cidade, como um duche que se toma e um corpo que se escorre.
Eu, a bicicleta, um todo este cenário: um sentimento enorme de liberdade.
Neste dia, 25, o melhor dos sentimentos para ser vivido.
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