domingo, 24 de janeiro de 2016

Urbano e rural

 Domingo

  Mais uma manhã solarenga mas a anunciar vento.
  O nome do tópico diz tudo desta volta. Não, não se trata de nenhuma empresa de produtos agricolas do Sr. Urbano. É mesmo a divisão da coisa em dois.

  Uma primeira parte muito consistente e viciante a fazer esquecer algum cansaço do dia (e semana) anterior mas com a certeza que o ritmo sair-me-ia caro no regresso. Por esse motivo optei não ir para longe pois era dia de esticar somente as pernas e não de me empenar todo.
  Percorrendo as terras do burgo, com o vento pelas costas um gajo até parece o maior lá do bairro. Ainda apanhei uns penduras mas ninguém quis dar uma maozinha a puxar e quando dei por mim fazia sinais para... o ninguém!

  Hora de comer.

   Seguindo para a segunda parte. Ao virar à esquerda (irrelevante dizer onde), abandono a civilização e deixo de "rebocar" igualmente o vento e passo a te-lo ombro a ombro. Esta luta ia-se levando sem problemas de maior e ia insistindo na talega veementemente.
   Ah como sabia bem todo aquele dispendio de energia. Sentia-me como se pudesse passar a manhã toda naquilo. Mas uma ou outra sopradela mais forte que me sacudiam de um lado para o outro faziam-me regressar rapidamente à condição de que ainda ia sofrer hoje.

   Vai nisto, vai naquilo e o meu garmin começa a apitar como nunca o ouvira antes. uma primeira vez e quando olho ao monitor já nao vou a tempo de perceber a mensagem; uma segunda vez e rapidamente consigo ler "batimento cardiaco demasiado elevado"; uma terceira vez e a mesma mensagem. Obviamente que nao podia ser. Calou-se. Pensei que se calhar estava morto, não eu, o garmin, que a bateria teria chegado ao fim. Olhei mas tudo igual, conitnuava ligado. Depois pensei que estaria morto, não o garmin, mas sim eu. Os pés frios diziam-me que não.  Não rolava a mais de 110 bpm, perfeitamente normalizado. Deveria ser de o garmin estar na "reserva" pensava eu (falta de bateria que já vinha a acusar desde a semana passada). Mas não. Percebi depois que afinal tinha a banda colocada no estomago. Curiosamente começou a apitar após umas goladas numa bebida chamada àgua, Porra, deve ser potente que até o garmin ficou maluco.

    Mais curva aqui menos curva ali e hora para duelo ao Sol: vento de frente. Rajadas dele. Nada que faça levantar telhados mas do Alto Estanqueiro até Rio Frio parecia uma subida. Depois na recta decidi ir a jogo. Senti as forças em mim e dei luta mas ao virar para a Lagoa da Palha e até casa foi sempre a levar na cara. Não foi toalha ao chão nem knock out pois a volta foi curta, senão seria certamente um daqueles dias de arrasto até casa.

      Ficou um belo traçado para uma volta de pouco mais de 2 horas. A repetir e se necessário alongá-la.
 
    

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