domingo, 21 de fevereiro de 2016

95km Sobe e desce

 domingo

  Numa bela manhã destas só podia ir pedalar. Proibido ficar em casa e desta vez saindo com o caminho bem definido. Qual?
  Com ideia de fazer um sobe-e-desce, definindo 3 objectivos expecificos e se no fim houver forças, tentar um ritmo forte.
   Assim foi. Subir à serra pela Sécil foi o primeiro. Que belissimo dia para subir. Há que aproveitar quando não chove e mais ainda quando está um lindo e caloroso Sol como o de hoje. Deu para sentir bem o seu calor. Assim como deu para sentir bem o frio quando desci para Azeitão. Cá em baixo estava mais frescote.
   A roupa, esse eterno dilema destes dias mas assentou que nem uma luva. Um baselayer dos mais simples, casaco normal, protecções nos pés (fabulosas as de inverno - pés sempre quentes, finalmente), luvas maravilha, tão finas e tão boas, calções pois claro.

    Seguindo para Sesimbra foi hora de comer. E por falar nisso o que foi ao lume hoje? um conjunto de coisas novas que explorei. Não não comprei. Eis a bebida energética e as barras energeticas que meti:

   - sandocha de manteiga de amendoim + nutella;
   - nozes;
   - farinha torrada (Cabo Espichel);
   - chá de cidreira+mel+sal;

   Porquê cidreira?? porque a cidreira tem capacidades de .... esquece isso. Era o único que tinha cá em casa.
   A onda naturista vai continuar, ao passo que geis, barras e bebidas coise ficarão sempre guardadas para provas e eventos dessa natureza.
   Metam mais merdas, metam!

   Ao chegar ao Espichel estava um enxame de motards como à muito nao via. Aliás, foram passando por mim ao longo do caminho inumeros zumbidos. Já há muito que não via tantos. Penso que dantes encontravam-se aos sábados o que me leva desde já a garantir que Espichel ao domingo fica riscado das voltas.
   No regresso uma surpresa: vento! Sim, esta zona tem sempre vento, mas este soprava mais forte que o anunciado e nao contava com a sua visita. Nada a fazer senão pedalar com mais força.
 
   Começava a sentir as pernas a querer doer. Vinha-me à lembrança que ainda tinha que subir a serra outra vez, agora pelo lado de Azeitão. Mil e uma desculpas vieram-me à cabeça: ia chegar tarde a casa, ia-me rasgar todo, já ontem pedalara logo hoje estaria mais cansado... Esquece isso. Ia e vou. As dores que se lixem. E nada de olhar para as horas.
   Mais a mais queria fazer um "ataque" na subida toda.
   E quando a cabeça está determinada, o corpo ganha outra vida.
   Ao iniciar a subida, rezava por uma lebre, mas nada. Poucos ciclistas com que me cruzei na manhã toda e somente em sentido contrário. Muitos bttistas nas estradas que amparam os tracks de btt.

   Subida acima e aquilo que queria que fosse um ataque, parecia nao o ser. Ou melhor, era-o somente na minha cabeça.
   Empenhei-me mais um pouco mas a coisa nao parecia fluir. Sem saber os "números" (como habitualmente) tentava controlar a respiração e... as dores nas pernas. Tudo controlado e ao chegar ao cruzamento da Arrábida, sentia-me revigorado. Pronto para um segundo ataque agora na subida do Convento.
  Indeciso entre o sentado e o em pé (longe vão os tempos em que fazia tudo em pé), fui alternando para perceber como me sentia melhor. E alternei até ao fim.
  No alto, a rapaziada do parapente e o seu publico. Passei largado.
  Depois foi descer. O vento voltou a fazer-se sentir mas tentei ignorá-lo. Não é facil para os meus 69kg.

   Por ultimo, faltava subir para Setubal. Novo ataque agora já para "quase" dar as ultimas mas ao chegar à avenida ainda me sentia empolgado: ora que o ataque continuasse.
   E assim foi até à porta de casa.

   Que loucura. Que bem que me soube. E afinal, para matar a curiosidade, até parece que os "ataques" deixaram numeros, assim se vejam os "numeros".

  

3 comentários:

  1. Bela voltinha!

    Posso pedir-te a dica da farinha torrada? Como é isso? :)

    Abraço

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  2. Olá Luis,
    A farinha torrada é um bolo tipico do Cabo Espichel (tipico de Sesimbra mais propriamente e de outras localidades também).
    Vais ao café que lá existe e pedes uma (atenção que é no café e não nas roullotes). É muito boa. Não sei é se te dão a receita :-))

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