domingo, 19 de fevereiro de 2017

Dos 8 aos 80


  Depois de uma bela semana de sol e clima ameno, pairava ameaça no ar sobre pior cenário para o fim-de-semana, o que não veio a confirmar-se, pelo menos para domingo, dia único actualmente para matar o bicho.
  A semana terminou com um bom treino na sexta (uns pesos, uns 20 min corrida, 1 hora de bicicleta, tudo indoor)  e uma hidroginástica pequinina no sábado que fez-me sentir músculos que raramente se fazem sentir.
 
  A volta prometia vento logo no inicio. Vamo lá portanto procurar uma "boleia". Pequenos grupos em que não me encaixei e um grande grupo que não foi excepção.
  Em Azeitão, dois rapazes viraram para a serra. Não me parecia boa ideia em virtude do vento, mas se eles iam... O Espichel não seria melhor.
   Parei para me aliviar e a juventude de Paio Pires, os amarelos e azuis, passaram nas minhas costas, seguido de carro apoio.
   Fiz-me à subida e fui apanhando um e outro. Dois dedos de conversa e um incentivo para que mantenham acesa esta paixão nas suas vidas por muitos anos. É sempre com muita satisfação que vejo estes pequenos na estrada.

    Meia serra feita e desço para o Portinho. O vento soprava forte e mais forte ficou lá em baixo. Apanho outro companheiro que não me deixa ir embora. Passados uns metros estamos de paleio. O senhor, sim, o senhor 60 anos de idade tem uma força na perna invejável. Mais baixo e mais pesado, com um ar tremendamente desconcertado, mas numa pedalada firme e constante, vai marcando o ritmo contra o vento que nos esmurra bem de frente.
  Vai desabafando que tem 60 anos, que faz voltas de 60 a 70km, que controla bem a sua FC e que o médico o deixa ir até aos 165. Nada mau, penso eu. Aliás bem acima do recomendável e antes que eu faça pré-julgamentos de uma vida toda ela passada na bicicleta, atira que só desde à 4 anos que pedala (!!!???). Impressionante.
   Pergunta-me para onde vou e digo-lhe que pensava subir novamente à serra mas que com este vento... e esclarece que lá em cima está menos vento. Despedimo-nos após a Secil.
    Mais uma volta à serra e confirma-se o que dissera aquele guerreiro. Sentia-me bem e decidi, por que não, dar mais uma volta. E assim fiz.
    Depois de vencer o muro vento de praia a praia, iniciei nova subida da Secil já com o sentimento que me ia sair do lombo.
    A coisa fez-se e depois vieram as "cruzes". Até chegar a casa, levei um knock-out do vento como já nao me lembrava.
   Mesmo castigador.
   Números para aqui, números para ali e tá feita a volta, em que fui dos "8" aos "80" no que à companhia diz respeito. Novos e menos novos, todos na estrada.

   Aí ficam o dados do estoiro:

    

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