domingo, 21 de outubro de 2018

Maratona BTT - X Terras do Toiro (Porto Alto)

21/10/2018
BTT - Prova

 Muitos, muitos meses depois, regresso a maratonas de Btt.
A prova escolhida,  a maratona de 70 km de Porto Alto, calhou perto de casa e a dificuldade reduzida, foram os ingredientes que bastaram para marcar presença.
O melhor dos condimentos? a saudade que já tinha destas andanças.

   Já de véspera, o tratar da logística toda, fazia agua na boca. A experiência é algo que marca pontos quando trata de ter tudo certo para melhor comodidade na prova, mas ainda assim um erro colossal e habitual quase deitava tudo a perder mas a pronta assistência técnica salvou a coisa.
   Depois ainda se deu mais um valente susto quando tudo foi pelos ares ao passar de carro num tunel baixo, mas felizmente nada se estragou, nem carro, nem suporte, nem bicicleta.

  Apesar do traquejo, não me livrei de uma noite mal dormida (vá-se lá perceber porquê). Acordar ainda de noite dá logo aquele clima de dia especial.
  A primeira reacção é olhar par ao céu para apurar as condições climatéricas. Mas com o breu da noite ainda por cima dos telhados da cidade adormecida, nada esclarecido fico.
  No saco vão os s.o.s para o que der e vier mas as previsões são boas.




  Uma curta viagem, um estacionamento logo no recinto do evento, levantar o dorsal, tomar um café e encher bem o peito com os aromas e fragrâncias das habituais proeminências da prova.
  O pórtico da meta, os participantes que se vêm assomando e preenchem o descampado para estacionamento dos automóveis e os vão substituindo pelos veiculos de duas rodas, o som de música dos altifalantes e o speaker (este por sinal, credenciadamente inconfundível do mundo do ciclismo e já do Btt também), o cheiro a pomadas de aquecimento e os primeiros zumbidos dos carretos das bicicletas, os stands de bicicletas e roupas da modalidade, e muito mais.
   E até mesmo aquele cheiro a relva sintética do campo da bola (muitas, tantas, tantas provas que acabam por ser organizadas nas infra-estruturas desportivas dos clubes de futebol 11 das localidades, e longe vão os tempos dos campos de terra batida) trás em mim a nostalgia destas ocasiões.
  Mais meia dúzia de preparos que incluem uma sandocha pelo bucho e estou praticamente pronto. Enquanto testo a mérida rolando nas imediações, vejo os mais afoitos competitivos a tomarem os primeiros ligares na linha de partida.
  Ao mesmo tempo, oiço pelas colunas uma entrevista ali mesmo improvisada ao enormíssimo Marco Chagas. Continua a marcar presença. Impressionante.
  Estou pronto e ainda sobra tempo para uma última afinação. Bate tudo certo, e é hora de arrancar.

 A prova foi simples e fácil. Os terrenos da região são da Companhia das Lezírias, planos de natureza, que varremos por estradões. Garantidamente a prova mais rolante em que já participei.
  Subidas e descidas nem ve-las, dificuldade técnica baixíssima, e física pouco mais, salvo os 70km da distância).
  Os parceiros das rodas 29 passam a voar pois o terreno está bem propício para eles.
  Por entre sobreiros, terras áridas ou agrícolas, algum gado, uns retoques de àgua e pouco mais.
  Vou de boca aberta para "comer tudo" quanto possa que as saudades estão esganadas.
  Num ápice está feita.
  Banhinho de água fria para enrijjecer os músculos e um belo almoço para retemperar.
  Mais, quero mais. 

 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário