quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Maratona BTT - 3ª Rota do Alcôa (Évora de Alcobaça)

 06/10/2024
 prova BTT

  Finalmente!! 
  Andava pelos idos de Maio de 2023 que não punha o rabo no btt e embora aqui e acolá fosse pensando nisso, chegando até a namorar o calendário da modalidade de quando em vez, o que é certo é que fui deixando passar o tempo sem que desse razão a esta vontade.
  E vai nisto assim de ronpante quase à última da hora, escolhi uma (de 8!!!!) provas do fim de semana, marquei uma estadia de uma noite e siga rumo a Évora de Alcobaça (Alcobaça).

  Nota positiva à organização que permitiu a minha (e outras) inscrições tardias, isto após já estarem encerradas.

  Fui sabado, fui passear a a São Martinho do Porto, fui dormir a Alfeizerão na Pousada da Juventude local.
   No domingo, depois de 15 minutos de deslocação, estava no secretariado a levantar o dorsal. Faltavam braçadeiras, avisava a organização. Meti o jersey no bolso sem saber o que fazer.
   Fui aos preparos habituais, beber um café, e lá vinham as braçadeiras.
   Tudo resolvido e 15 minutos depois da hora marcada, partia a meia-maratona. Depois mais uns 10 minutos e partia na maratona. E mais tarde partiria ainda a caminhada.




   A manhã apresentava-se chuvosa e o caminho foi anunciado como perigoso.

   A partida foi vigorosa e a bom ritmo. As nuvens negras iam segurando a sua ira e com isto, a capa que levava vestida apenas servia para me fazer um calor descomunal.
   Pingava de suor pois as subidas logo no primeiro terço do percurso eram exigentes. "colocaram o acumulado todo no inicio", dizia um participante mais afogado que apanhei numa dessas subidas.
   Ia pensando em parar e tirar a capa, mas enquanto pensva, não parava e quando o fiz, já foi tarde demais. Porquê? porque mais adiante viria a ter uns principios de câimbras, fruto de desideratação (bem que me esforcei para repôr liquidos na segunda metade da prova pois já advinhava tal cenário).
   O traçado era surpreendentemente agradável. Muitos single tracks por entrre e por debaixo da flora local, bafejado com subidas mais ou menos duras.
    O pior mesmo eram as zonas de pedras e lage. Molhadas pela metereologia, estavam escorregadias como manteiga. A descer eram um perigo e a subir eram um sarilho. Cheguei a amaldiçoar a coisa e a soltar umas asneiras. Tive que desmontar um par de vezes e por outras tantas que não cai. A dificuldade técnica destes troços de pedra era de facto elevada, dadas as condições.
     A passagem pelo Mosteiro de Alcobaça e por um outro, foram bonitas mas o chão aí de lage, era como pedalar em gelo e nem deu para apreciar as vistas. Ainda vi um ou dois a cairem....

   E assim se ia fazendo o caminho, bem marcado e com muito staff espalhado em várias secções. Mas numa zona profunda, numa descida a boa velocidade, surgia uma curva em cotovelo que não vi, que não estava trancada e segui em frente. Dei pelo erro quando o track começou a fechar de vegetação e percebi que ninguém passava ali faz muito tempo. Decidi continuar adiante até porque me parecia que o gps indicava ser aquele o caminho. Uns minutos depois e voltei a entrar na corrida percebendo que já tinha passado por ali. Estava 2 ou 3 km mais atrás.
   Por entre pomares da bela fruta da região (a maçã), o traçado fazia-se com agrado e não fossem de facto as pedras, seria perfeito e afinal, ao contrário do que o outro atleta dissera, o acumulado não estava só ao inicio.
   E no final mesmo ainda estavam guardadas uma ou outra bela subida. Aos 40 e poucos km apanha-se uma estrada de alcatrão sempre a subir que deixava avistar no topo uma localidade. Na beira da estrada surge uma placa com o seu nome: Évora de Alcobaça. Não quis acreditar! então mas seria já o fim? Contava com uns 50 km (o gps fornecido indicava 47 ao que somaria os km de ter andado perdido e de percorrer mais 2 ou 3 que já realizara e as minhas contas iam para uns 55, mas afinal não).
   A subida continuava e a GNR e voluntários cortavam as artérias para podermos passar. Ainda perguntei a um deles se acabava já ali, relembrando que em algumas provas parece que vamos já cortar a meta e depois a organização prega-nos rasteiras.
   Mas desta vez não. Mais curva para a direita, mais curva para a esquerda, sempre a subir e...meta!
   .
   Fácil encotnrar os banhos com isntalções boas e agua quente, mais dificil encontrar o almoço (umas placas teriam facilitado) e também mais dificil de "encontrar" o almoço no prato. 
   Não houve filas para nada o que é notável e extremamente agradável.



   Classificação da prova (1 a 5)

   Organização pré-prova: 4 - ficou a cargo da stop and go a inscrição. E até enviaram mail
                                            com regulamento e livro de prova, muito bom. Mas na divulgação faltavam os dados de altimetria que só vieram na véspera com o track. E esse é um dado essencial.

   Secretariado: 4,5  falharam as braçadeiras, mas vieram depois ainda a tempo e
                               felizmente não estava muita gente..
   
  Percurso: 4 muito bom, muito agradável, subidas exigentes e só uma que fez mossa das
                 grandes mas aceita-se. As pedras e lages a suibr e/ou a descer que acrescem perigo, tornaram o nivel de técnica mais elevado, o que para a  maioria dos participantes, pode ser um problema.

Apoio e assistência: 5 fantásticos pontos de abastecimento com variedade, qualidade e quantidade. Muito staff pelo caminho e muito prestáveis e simpáticos. Irrepreensivel.
  Marcações: 4 apesar das muitas fitas, houve algumas curvas e zonas que não estavam
                   devidamente "trancadas" e podiam levar ao engano. Foi o meu caso e de mais um ou outro atleta que ouvi a reclamar do mesmo. Pena pois notou-se o cuidado em terem tudo devidamente marcado.

Banhos: 5  espaçoso quanto bastasse para a quantidade de participantes. Boas condições.
Almoço: 4  as sopas (provei de ambas) estavam deliciosas e são sempre bem vindas para
                  desenjoar dos snacks da manhã. Mas uma bifana no pão como prato principal não é o que mais apetece pois é mais pão para quem já andou a "pão e bolos". Ainda assim havia salada e batatas fritas a acompanhar e deu para equilibrar um pouco. Fruta com abela da maçã da região. Não sei se havia sobremesas pois também não estive para aí virado. Mas pelo preço cobrado, é excelente.

Dificuldade Técnica: 4,5 apesar de não haver descidas ingremes, single tracks com
                                desfiladeiros, zonas de perigosidade eminente, os trilhos de pedra e lages molhados, são sempre exigentes e podem apanhar desprevenidos os mais incautos. A dificuldade anunciada foi "média/alta" mas não sei se para a componente técnica, física ou ambos.
Dificuldade Física: 3,5/4 apesar de acabar ja meio meio (culpa própria por ter a capa a contribuir para o acelarar de desidratação e colocar um ritmo vigoroso mais no inicio), poderia ter mais um par de km que não faria mal e distingueria mais da meia-maratona.
Preço: 4,5  inscrição a 13 eur e almoço a 7 eur é um preço fantástico nos dias que correm
                  hoje, mas a mais com a qualidade apresentada.

Classificação Geral: 4,5 nota bem bem bem alta porque é merecedora. A organização mostra que quando há vontade em agradar, esforço em bem receber e empenho em atender aos demais pormenores, a qualidade geral é elevada. Rectificando os pequeninos detalhes e fica perfeita. Parabéns

  Uma nota final: misturar a meia-maratona com a maratona não tem mal e até em alguns aspectos pode ser agradável (noutros pode não o ser). Mas colocar a caminhada no mesmo caminho que as bicicletas não é uma boa ideia. Apesar dos avisos da organização, muitos caminhantes "passeavam" pelos estradões como se não existisse mais ninguém no mundo, seguindo em grupos ocupando ambas faixas, esquecendo a recomendação de seguirem encostados pela direita. Foram vários os sustos que os próprios apanhavam quando apareciam bicicletas a rolar velozes pela rectaguarda.
   Outra nota: muitas e muitas fotografias de 2 ou 3 fotografos espalhados por todo o lado e até ao momento, eu não apareci em nenhuma :-)))) (mas isso em nada influencia a prova).

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