segunda-feira, 16 de março de 2009

Setúbal - Sesimbra

Setúbal - Sesimbra
01\03\2009




distância percorrida: 40 km

altimetria (acumulado): 1.000m

Primeiro domingo do mês de Março de 2009. Data para mais uma rodagem de BTT. Mas desta feita, esta seria uma volta que à partida adoçava ainda mais a vontade de pedalar pelos vários pontos de interesse que acarretava, senão vejamos:



- o percurso Setúbal - Sesimbra que em outrora fizera e que há muito tempo a esta parte esperava fazer de novo com passagem por algumas paisagens impressionantes;

- a estreia de novo equipamento recentemente adquirido, mais propriamente um altímetro (VDO 1.0 Altimeter), sobre o qual estava algo apreensivo, e de um novo CamelBak;

- a estreia de um novo quadro (Nomad -Santa Cruz) nas mãos do alex;

- a iniciação de um novo bttista da geração dos mais novos, dos "putos";

- almoço em Sesimbra que é sempre um prazer para o paladar.





Estavam portanto reunidos factores imperiais para uma grande manhã.



Arrancámos por de entre uma cerrada neblina cinzenta em grande grupo: mano, alex, dani (trio habitual destas andanças do BTT e que preferiu não seguir para Sesimbra), bully, eu, tiago (a insistir e investir neste desporto e que já se aguenta à brava. Quem o viu a vomitar nas primeiras pedaladas e quem o vê agora a desbravar subidas) e o estreante tó (a quem uma noitada de véspera só anunciava um grande sofrimento pois está claro!)



Assim e até ao famoso "cai de costas", uma subida que como o nome indica não é pêra doce, o grupo seguiu unido em amena cavaqueira em ritmo moderado. Há muito tempo que não se reunia um grupo tão grande.
Aqui deu-se a separação. O trio habitual ficou-se pelos trilhos radicais do costume e os restantes seguimos rumo a Sesimbra.

Refira-se que nenhum de nós sabia bem o percurso. Valeu-nos o "GPS rui" que não era mais do que um simples desenho feito pelo próprio a indicar o caminho a seguir e que cuidadosamente deixei esquecido em casa. O rui himself não nos acompanhou de BTT porque continua o seu programa de treinos para Ronda e neste dia tinha que correr durante 5 horas, mas marcou igualmente como destino Sesimbra. Logo haveria encontro pelo caminho.

Tal veio a acontecer já nos moinhos do Alto das Necessidades, depois de atravessada a EN10. Aí fomos todos confrontados com uma enorme surpresa: o estradão habitual que liga estes moinhos foi vedado. Mas não foi esse obstáculo que nos demoveu e decididamente ultrapassámo-lo saltando a rede.

Por esta altura, seguimos a par do atletismo de rui por alguns momentos enquanto o tó retemperava algumas energias pois começava a sentir as primeiras maselas (o selim, sempre o selim a dar cabo dos iniciados). E a volta ainda não ia a meio.

Eis um video com um pouco do que se passou até então:



Daqui em diante foi a constante ansiedade de não sabermos bem por onde andávamos e alguns km depois estavamos nos escuteiros e no parque de campismo da região. Perguntámos a um transeunte que estava mesmo à porta do parque qual seria o melhor rumo a seguir para Sesimbra e embora não muito convictos, decidimos aceitar as suas indicações.

Mais coisa menos coisa, chegámos a Pedreiras, uma terra que como o nome indica tem várias pedreiras, esse cancro que ataca e come esta nossa linda serra. Era altura de fazer um pequeno desvio. Subir uma delas e rumar até à falésia para receber uma abençoada paisagem. O caminho era duro principalmente na parte em que já não era possível pedalar porque a vegetação de baixo porte cobria o trilho que nos guiava até à falésia, isto já depois de termos contornado o enorme buraco que a pedreira espõe escandalosamente a céu aberto (será que alguém um dia vai parar isto???)

Pouco depois lá estávamos e o esforço e as arranhadelas nas pernas e braços foi devidamente recompensado. Enchemos o peito daquele imenso ar trazido pela vastidão do mar longinquo soboreando cada milimetro daquilo que os nossos olhos podiam alcançar: a escarpa a pique até ao mar rodeada de verde pelo lado da serra, do branco da pedra, de azul pelo céu, de mais azul do mar em várias tonalidades desde a costa até perder de vista, até ao horizonte. E lá no alto um Sol enorme, redondo e quente (a nebelina da manhã dissipara-se entretanto).

Mais alguns minutos e retomámos a direcção de Sesimbra...

Depois foi sempre a rolar com facilidade, apanhar as rotundas de Santana, seguir pelo alcatrão descendo forte e inclinadamente até à marginal e procurar numa das várias repletas esplanadas o nosso apoio, o nosso "carro vassoura".

Ficam aqui desde já os agradecimentos à Lizete e à Maria (o tal carro vassoura) por nos terem ido buscar e por terem permitido que lhes pagássemos o almoço.

A ementa: pão, manteiga, patês, camarão ao alhinho, massa de peixe, douradas escaladas, água, sumos, Muralhas (fesquiiinho), sobremesas diversas, café e moscatéis (oferta da casa).

Os agradecimentos também à Exa. Sra. Dra. Ana Mãe Du´rui pela cedência das instalações sanitárias e respectivos acessos às mesmas por forma a que pudessemos tomar um maravilhoso banho quente.

Conclusão final: um passeio tranquilo em boa companhia cumprindo parte de um sonho antigo que era fazer Setúbal-Sesimbra (a ideia era Setúbal-Cabo Espichel-Sesimbra mas fica para outra ocasião)

O melhor: a boa-disposição imperante em todo o curso; a falésia fabulosa; material novo utilizado (Camelbak e altímetro) aprovados (soube mais tarde que o quadro Nomad do alex também se portou à altura segundo o próprio e acrescento que mais não era de esperar) e só não digo o almoço porque a massa de peixe podia estar um nadinha mais saborosa.

O pior: ver as pedreiras que é sempre uma facada no coração para quem como eu ama e adora esta Serra; a ausência do bruno impedido por lesão (rápidas melhoras)

Frase que a marca: "anda lá tó que agora já não custa"

8 comentários:

  1. Então tu nas imagens das pedreiras metes uma musica cujo o titulo é "everything in its right place"? Tá mal.

    De resto tudo bem. Boa descrição e bom texto, fiquei com vontade de ter ido convosco, mas fico-me pela vontade que sou um menino. Um grande abraço!

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  2. Essa musica pretende ser uma ironia Cálites. Mas teres reparado nesses detalhes já é bom sinal. Vê-se mesmo que és gajo batido nestas coisas e isso enche o meu blog de orgulho :-)))
    Obrigado pela crítica.
    Podes vir connosco quando quiseres.
    Abraço.
    nanex

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  3. Faltava só eu o bet maozinhas. Abriu-me o apetite, espero ir na próxima.

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  4. Pois é xôr turtle. Fiz referência a isso mesmo. Cá te esperamos que já cá fazes falta. Vê se te curas depressa.

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  5. Estás na profissão errada...Guia turistico, poeta ou até mesmo editor cinematográfico eram outras áreas em que darias cartas a muita gente!
    Um grande abraço
    Daniel

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  6. Obrigado Dani. Mas não é arte nem engenho meu. É tudo responsabilidade vossa que comigo partilham estes maravilhosos momentos que são conferidos pelo BTT.
    Grande abraço.

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  7. Tás cheio de engenho!! Com esse engenho todo ainda me vais aqui tratar dumas quase 2 horas de videos lá dos pirinecos.
    Tá bom senhor bananas sim senhor.

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