quarta-feira, 13 de junho de 2012

Maratona Elvas 2012

10\06\2012
Btt - Elvas




    Era a prova que faltava no curriculum. Praticamente sem desculpas de não a ter feito antes.
    Na belíssima cidade de Elvas só poderia haver lugar a uma belíssima maratona de btt. Na realidade o trajecto passou por vários pontos de interesse tais como o Guadiana (parecia um postal) e sua margem, a Barragem, o Forte, entre outros. Foram aqui e ali aparecendo a cortar a habitual paisagem alentejana que saltita entre os longos trigais, olivais e outros ais e gado, muito gado.
    Quase sempre num sobe e desce e muito poucas zonas técnicas (ausência total de singletracks) o que é sempre uma pena, bafejados por uma manhã que começou fresca mas que viria a aquecer, as principais subidas guardavam-se para o fim e se o empeno já ia em altas, as duas últimas subidas bem coladas uma a seguir à outra, rebentaram com o resto e não me permitiram gozar das vistas finais que bem mereciam dois olhos de ver, já que o traçado permitiu-se a modos que passar pelo interior do Forte e pelas lindas e históricas muralhas da cidade.
    Muita espanholada pelo caminho, tantos tantos que até houve membros da Org a abordarem-me em espanhol (a bicicleta ser Mérida não ajuda eu sei...).
    O estoiro fisíco deve-se essencialmente à falta de comida. Um crime praticado pela Organização que não a colocou à disposição nos P.A. Agua, banana e laranja foi o que encontrei. Valeu-me uma barra e um gel que levara à precaução mas que foi uma gota de àgua num oceano de esforço e carência energética. Não se faz e a prova merecia muito, mas muito melhor.
   De salientar ainda a passagem por um terreno em que os enormes calhaus à superficie nas suas formas imponentes e arredondadas (sim, arredondadas) deram-me a sensação de estar a pedalar num planeta desconhecido. Lindo!

   Os 80 km anunciados deram lugar a 85 na realidade. Incha porco.

   Os dados todos completos no garmin aqui

    Dificuldade física: 4,5 em 5 (talvez não fosse tanto se houvesse paparoca)
    Dificuldade técnica: 2,5 (algumas subidas exigiram técnica já que as descidas raramente obrigaram a grandes artimanhas)

    O melhor: todo o traçado da prova, as marcações, a quantidade de membros da Organização e GNR nos cruzamentos e outros pontos e sua simpatia, a pontualidade e funcionalidade do Secretariado.
     O pior: os PA- Pontos de Abastecimento sem sólidos é autêntico suicídio.
 
   Frase que a marca: são duas "elah, deixem passar este que é dos duros..."
                                              "ó pai mas disseste que já não havia mais subidas" ao que respondi pelo pai "isto não é uma subida, jovem, isto é uma estupidez" - na ultima rampa perto do fim.


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