Às vezes é assim. Muitas vezes é assim.
Pegas na bececlete e sais sem rumo. Normalmente acaba por não dar bom resultado. Hoje até nem foi bem assim. Nem sai completamente sem rumo, nem acabou por não dar bom resultado.
Explicando melhor: até levava na ideia editar uma volta habitual, contudo não sai pela certa. Digamos que estava quase decidido.
Fiz-me à estrada com uma ou outra alteração. Cedo comecei a sentir o vento a aumentar de intensidade e decidi que em Palmela ou Azeitão tentaria apanhar uma roda. Só que vai daí nem na terra do castelo nem na terra das tortas vi vivalma... no meu sentido. Todo o povo pedalava na direcção contrária. Um clássico portanto.
Mais uma ou duas talegadas e lá aparecem mesmo em boa hora 3 marialvas a descer em direcção à Quinta do Conde. Em boa hora pois o vento estava mesmo de frente. Venha de lá essa roda e começamos a "rodar". Sim, porque nem só de boleia vivo.
Mas rapidamente apercebo-me que o "rodar" desta malta era aos esticões. Saia um em sprint (literalmente), depois saia outro, depois abrandavam todos.
Mais adiante na confusão do mercado (domingo dia de mercado), por entre carros e mais carros, deu buzinadela e um deles quis chegar a vias de facto com o automobilista.
Foi a minha deixa. No cruzamento seguinte despedi-me cordialmente e fui à minha vida.
Desisti da ideia de apanhar roda. Viesse de lá o vento. E veio... mas pelas costas. Ah, grande amigo. Sentia-me o maior da cantareira. Parecia que era tudo meu e que as forças não se esgotavam.
De regresso a casa não me apetecia parar. E não parei.
Atravessei a cidade a meio e apanhei outra saida. Mais uma volta para outro lado qualquer, sempre a improvisar no momento.
Mas o vento agora fazia-se sentir mais veementemente. Estava colado ao chão. Curva para a esquerda e vinha a maior subida da manhã, senão a única. Forças retemperadas apesar de uma alimentação muito mal feita.
De punhos cerrados não hesitei em atacar o que viesse pela frente. Sem loucuras.
Soube bem esta manhã às sortes.
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