domingo, 22 de janeiro de 2017

À procura da endorfina

 Ciclismo
  22 de Janeiro

  Está dificil ficar em forma. Seja lá o que isso for, para mim representa pedalar mais ou menos 4h sem ser em esforço desmesurado (em esforço, claro está) a um ritmo que não seja tão somente o de passeio.
  É importante? não necessariamente. Ou corrigindo: não prioritariamente. Partindo do principio (o meu pelo menos) que mais vale fazer o que se consiga que não fazer nada de todo, qualquer saida só por si já é quanto baste para me sentir feliz. Ei-lo, este sim o ponto principal.

   A inconstância dos treinos tem levado a esta tal baixa de "forma". A falta de tempo tem de facto comprometido a rapariga.
  Os dois passados fins-de-semana nem permitiram ver a cor do alcatrão e depois de uma semana a malhar um pouco mais, hoje paguei a factura.
   Há três factores que são importantíssimos para a fluidez da volta. São eles:
    A- a cabeça;
    B- vontade;
    C - as pernas;

 Critério de análise de tese de mestrado? hmm talvez não. Mas ajuda a explicar muita coisa? talvez sim!
 Quando conjugados ou até individualmente, estes factores são determinantes em mim para uma melhor performance (não entender isto da performance demasiadamente cientificamente).
   Se a cabeça não quiser, pode haver vontade e pernas com fartura que a coisa nao se vai dar.
   Se houver cabeça e pernas, é quase certo que haverá vontade.
   Se houver cabeça e vontade mas nada de pernas, então a coisa também vai doer.

   Hoje foi esta conjugação de A+B-C que imperou. Depois de duas semanas de clausura estava com tal fome de bicicleta que nem o sono e o quente conforto da cama me aguentou lá mais que 5 minutos para além da hora que estipulara.
    Mas se os primeiros 45 min foram daquele sabor que se deseja, no postecipado as pernas começaram a acusar. A+B aqui lutam e ajudam a forçar, a insistir mas quando C não quer, não quer.
    Nestes casos só resta uma solução: procurar a endorfina. A endorfina é aquela reacção quimica do cérebro que liberta um liquido guloso e que reflete-se no corpo em forma de sensação de prazer (não esse), de invencibilidade e que ajuda a diminuir a dor.
   Tentei por certo, mas não aconteceu. Busquei boas sensações, forcei o ritmo, tentei rolar nas rectas mais a direito, puxei empolgamento em determinação, só faltou a musica que hoje nao trouxe.
   Só mesmo os ultimos km resultaram, mas esses habitualmente (excepto se já houve estoiro) nunca falham.
    Mas foi bom na mesma? claro que foi.
    Serão necessários alguns ajustamentos semanais senão daqui a pouco mais de 1 mês não como o Casqueiro.

    Bela manhã para se pedalar. De máscara e cover-shoes e perninha ao laréu, pela cidade e arredores estava ameno mas para os lados do campo, estava frio, frio! Ah e cheira a estrume que se farta...




 

Sem comentários:

Enviar um comentário