domingo, 18 de dezembro de 2016

O estranho caso da diminuição da média

  O estranho caso da diminuição da média e o fenómeno Empada!
 
   Nada a ver com esta média e a diminuição do seu conteúdo...

 


  O estranho caso da diminuição da média tem a ver tã simplesmente com o que passo a contar (alerta-secas!!! alerta-secas!!! alerta-secas!!! ....continue a ler por conta própria e não se recrimine ao fim pelo tempo inutilmente nela dispendido)

   Sainda de casa numa daquelas manhãs de vento e quem vais não vais e não sabes para que lado hás-de ir. 
   Dar seguimento ao treino da semana anterior ficou fora de questão pois o mais provável seria levantar voo assim que iniciasse qualquer uma das descidas.
  Então vamos ao calhas e com sorte encontrarei algures algum grupo munido de imaginação para uma manhã soprada pelos idos de dezembro.
   Dito e feito. À chegada a Azeitão, um gang de malfeitores fazia-me uma esperinha. Aguarrei-os pela cauda e fui às sortes que nem um fuso.
   A coisa seguia num ritmo que escolhido por mim não seria melhor. Com o vento a bater ora daqui ora dali, esta era a melhor forma de "viajar".
   Mas inesperadamente dá-se aquele fenómeno da picada de insecto (coisa comum no bicho que vai na frente a puxar) e sai de lá um coice de mula que meteu respeito e vigor na pedalada. 
   Agora era a doer. Quase em sprint em alguns momentos e assim durou um par de km até perto do Montijo.
   O gang virava à direita ao passo que eu virava à esquerda. 
   O pior do pós-apear é que, para além de teres agora toda a tua gadelha ao vento, o corpo pede que mantenhas aquele ritmo, intensidade e sensação de rolar. 
   Bem, enquanto a mão do vento empurrou pelas costas, eu era o maior do mundo. Meio aparvalhado com isto, resolvi dar um olho no garmin para tornar as coisas mais cientificas que é como quem diz, refrear os animos, não fosse partir o motor mais adiante.
   A média estava baixissima. Pulsação? nem ve-la. Cadência? idem. Que raios, então mas comot al era possivel?? 
  Mais um par de km e a média continuava a baixar. Uma olhadela rápida na velocidade: 30 a 35 km\h. E a média continuava a baixar.
  Mas o que se passa aqui, pensava eu. Então mas se tenho a velocidade a contar como é que a média já reduziu para inferior a 25 km\h? E 20 km\h? e 16??? ké lá isto??
  Se isto se prolonga ainda acabo em negativos


   O fenómeno Empada   
   Com tanta distracção, a hidratação e a alimentação ficaram de mãos a abanar e fizeram o favor de se manifestarem logo ali. As minhas pernas, que são umas vai-com-todas-do-caraças, aderiram solidáriamente de imediato a essa causa.
   Mete ao bucho a primeira coisa que vem à mão: uma empada de galinha.  Empurra a golos de água. Pedala, pedala.
    Minutos depois estava novo. Era de fazer inveja a ultrapassar WV Siroccos e tal (xiiuuu, presos na linha montagem, um pequeno detalhe).
   Voava. O homem agora voava. A empada foi feita só de asas de galinha. Ou isso ou tinha o vento outra vez pelas costas. Naahhhh, isso seria estupido. Era mesmo a empada.
   Curva que não curva e fica Coina pelas costas (aiii Taveira) já só com olhos nas tortas. Não nas costas tortas.
   Uma pequena paragem para endrominar o almoço à chegada e siga para uma talegada até casa, o ultimo sopro do guerreiro.
   Subir à capela foi tranquilo e descer até à aldeia, igual mas depois levo uma estalada nos cornos capaz de deitar abaixo qualquer culturista de 100....gramas. 
    Vento de frente e eu sou uma arrastadeira. 
    Era marrar contra ele a cada investida na talega mas o cabrão não se desmorecia e aquilo que são 2,5 km feitos normalmente em 3 min, foram em 4,28 min (1,28 min mais lento em somente dois km e meio?? cabrão do vento)

   No final, já parado a barafustar contra o mundo, olhar o garmin só para ver os números: 404 km percorridos em 3 horas a uma média de 129 km\h. Estou um animal e o garmin está todo marado.

   Em suma, uma bela manhã de se pedalar.
   Ai, ai as histórinhas do ti blog. Ca bom!

  

  
   

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