domingo, 7 de maio de 2017

Afinal anda aí qualquer coisa

 Dia da mãe.
 Pouca gente na estrada. Muito menos que o usual como de esperar.
 Quando digo isto, refiro-me obviamente ao triangulo das bermudas e pouco mais, já que assim que de toma a direcçao de um dos seus afluentes, raro é ver qualquer alminha.
 
  Sai de casa com aquela moleza pouco recomendável. Mas ia com vontade de dar no duro.
  Elaborei um plano.
  A cada pedalada sentia vaciliar. É aquele sentimento da poupança de esforço que anda sempre comigo. Aquele que pretende evitar rebentar o motor antes (muito antes) do fim.
  Mas hoje estava decidido a forçar. Forçar a cada pedalada, a cada desafio. Fosse uma subida, uma inclinação ou uma recta contra o vento. E isto bem antes do fim!
  E cada vez que sentia as pernas piarem e a aliviarem a força nos cranks, rapidamente puxava concentração, tocava chicote e malhava um pouco mais forte.
  Tudo isto sabendo que o regresso trazia a serra ja perto do fim. Era tipo etapa de uma prova ciclistica. Significaria que quando lá chegasse iria de lingua de fora até ao topo e depois autêntica arrastadeira até casa.
   Mas não. A coisa fez-se bem e ainda deu para chegar bem. Confesso que a subida do convento custou-me um pouco mais que o normal.

   Um dia em que a direito ou a subir, foi sempre a malhar.
 
   

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