sexta-feira, 27 de setembro de 2024

De Dezembro de 2023 a Setembro de 2024 - Setúbal - ELvas

    Ciclismo
    21 set 2024

    Eis então aquilo que deveria ter sido o remate final da época ciclistica e do exercício em geral, mas que por vicissitudes maiores não pôde ser realizado na data prevista. Ou seja, deveria ter sido no inicio das férias.
   Talvez por não ter sido, fez com que nas férias levasse a bicicleta para dar umas pedaladas. Talvez por estas duas particularidades, tenha a dificuldade em definir se "fechei" a época ou não.
   Mas para esclarecer e definir o assunto de uma vez, aceitemos que sim, com as duas semanas de férias de quase inteiramente papo para o ar, a separarem os "anos".
   
   Assim até serve para me vangloriar do quão bem reinicio novamente os dispêndios físicos e com uma tirada desta natureza, pese embora já ter decorrido 1 mês após o término do tempo de descanso.
  
    Setúbal-Elvas
    Aproveitando as festas da terra e a devida logística facilitada por esse motivo, connjugou-se assim a oportunidade para reeditar esta tirada.
   Alguns fantasmas pairavam no ar: a anterior realização deste percurso, acompanhado na altura por outro parceiro, não foi facilitada ante uma terrivel dor no joelho. A metereologia também ameaçava chuva que se ia deslocando de terra em terra nas minhas horas de passagem e na mesma direcção. Não havia pronto socorro senão no destino ao que a precisar de algo, teria que aguardar um bom bocado; Uma corrente que partira semana antes também era proecupação, se aguentaria esta tirada ao que me restava somente levar ferramentas caso voltasse a quebrar.
   Mas tentando não pensar em desgraças, acordava às 05h00 da manhã sem ter dormido mais que 3 horas, para pouco depois das 06h00 estar de saída.
   Na última da hora decidi-me por levar o pequeno Camelback do BTT sem a bolsa de água para servir de mochila ao invés de esmagar tudo nos bolsos do jersey. E tornou-se numa boa decisão.
   Chuva pouca, nevoeiro muito, nuvens que não deixavam ver o céu nem o sol nascer.
   A primeira hora foi feita assim perigosamente sem ver muita coisa. A luz traseira fazia o seu papel mas a dianteira, reservada ao Petzel frontal colocado na testa, iluminava e dava visibilidade ao pouco trafego que existia àquela hora, mas com o nevoeiro e com os oculos de sol com lentes brancas e transparentes, onde a luz reflectia, ficava encadeado. Tentei tirar os oculos mas o nevoeiro picava-me a vista.
   O sol nasceu e eu não o vi. As nuvens não deixaram. Esperava o raiar do dia mais cedo mas talvez por esse motivo tal não tenha acontecido e só mais tarde, quando a vista estava já cansada, é que me apercebi que o dia já estava clareado. Foi um alivio. Pena não ter merecido o momento edilico que é o nascel do sol.
  Mas não se pode ter tudo. Não estar a chover já era uma sorte e o nevoeiro desaparecer, outra.
   Esta primeira hora e até antes de Vendas Novas, não tinha boas sensações. Corpo cansado, pernas pesadas, sono até, davam à cabeça todos os motes para virar para trás. E fui com esta dúvida a pesar-me na mochila até perto de Vendas Novas.
  Até lá, são zonas habituais de treino e também por isso a motivação não se alimenta. Mas pouco depois, já com o dia bem mais luminoso, apesar de não haver sol, começaram a aparecer boas sensações. Talvez ajudado por uma levezissima brisa, comecei a saborear o acto e os maus pensamentos evaporaram-se como se evaporara o nevoeiro.
  Assim fui palmilhando quilometros e quilometros sempre com a preocupação de me hidratar e nutrir condignamente e essa passou mesmo a ser a única preocupação na cabeça pois tudo o resto fluia com agradável prazer.
  Uma única e curta paragem no Vimieiro para um abastecimento mais especifico e um pequeno esticar de pernas e mais um pouco chegava ao destino, onde a parte final deixava uma subidinha pouco inclinada mas longa.





  Tudo feito sem azares nem percalços nem lamúrias e não fosse ter almoço à espera com mesa grande, e teria dado mais umas pedaladas.
   Quando os astros se alinham todos na mesma direcção, tudo flui tão bem.

    O que foi ao lume:
    3 bidons de àgua (750 ml cada)
    1 bidon de hidratante (750 ml)
    3 sandochas (paio, paio e manteiga amendoim com nutella)
    2 barras energéticas
    1 banana
    1 punhado de nozes
    Na paragem Vimieiro: uma coca-cola + pacote batatas fritas (que acompanhei com uma sandocha)

   Penso que não me escapa nada.
   Ao almoço, um valente reforço assado no forno e tinto, e à tarde um passeio nas festas fresquissimo da silva.

   

domingo, 22 de setembro de 2024

De dezembro de 2023 a setembro de 2024: Douro Granfondo 2024

 Ciclismo
04 de maio 2024
 Prova


 Finalmente!
 Esta andava a ser namorada faz uns anitos a esta parte. Realizar uma prova no Douro vinhateiro e passear para conhecer esta região do país.
  E finalmente concretizou-se.
  146 km divididos por quatro longas subidas e consequentes descidas.
  Hospedado na localidade da partida, Peso da Régua, com um dia de antecedência para degustar com calma.
  No dia, uma noticia inesperada: chuva! Na hora de partida, o speaker anunciava para os participantes redobrarem cuidados nas descidas pois perigavam-se pelo molhado do piso.
  Não vinha com esta na ideia. Chuva em maio numa altura em que os dias estavam agradáveis.
  Ainda assim, o impermeável veio no saco e teve mesmo que ser usado.
  Na separação entre o gran e o médio, parei. E parei para olhar para o céu e perceber o que lá vinha ou não vinha. E não aparentava boa cara. As pernas estavam boas e tinha vontade de pedalar o granfondo todo, mas levar com uma enxorrada umas horas a fio não.
  Foi uma espanhola que passou e seguiu na direcção longa quem me ajudou a decidir. Disse ela para si, provavelmente com as mesmas dúvidas que eu: "se fued***a, me arrependo después"!
  E assim segui também com mais os poucos que se aventuraram por ali adiante.
  Pouco depois chovia. Nas subidas a coisa levava-se bem e com calma. Nas descidas, ficava a solo com outros participantes a ficarem mais para trás.
   Na penúltima subida, outra desagradável surpresa que não vinha no cardápio: uma rampa acima dos 14% deu aquele toque nas pernas.



  Talvez por isso, ao entrar na última subida, o meu joelho foi-se.
  Daí em diante foi um sofrimento total. Praticamente limitado a uma única perna, quebrou-se a energia e foi um arrastar penoso até ao fim. 
  Os últimos 22 km, planos, foram uma eternidade e resmunguei sobre a vida vezes sem fim e nem a chuvada que caia agora copiosamente, incomodava tanto assim. 
  Esperava mais do percurso em termos de beleza pese embora não ter desgostado. Talvez na minha cabeça tenha idealizado outra coisa.
   Banho e a pasta recovery e longa viagem de regresso a casa.

De dezembro 2023 a setembro 2024: Estágio Serra Estrela 2024

 Ciclismo
 Junho 2024

   Cá vem ele. Um dos, senão o mais, momentos que mais aprecio no ano: o estágio OCS na Serra da Estrela.
   Subidas, descidas, frio, calor, empenos, convivio, piscinas, lazer e descanso, é tudo o que este fim-de-semana ligeiramente alargado trás no pacote.

   Hospedados num povoado recuperado para o turismo, muito bem recuperado com bom gosto e pitorescamente respeitando o que era o traçado típico da região, tinhamos um pé em Seia e outro já na subida para a Torre via grande barragem.
   Dois casais e um cão e mais 3 ciclistas formaram a comitiva.
   Quatro noites, três dias de pedalada. E se o último dia é um "leve" esticar de pernas, os outros dois foram intensos, com especial para o segundo que me custou como nunca, curiosamente na parte mais rolante.
  O estrago ficou assim organizado:
  dia 1, 2 e 3
  101 km + 2.430 m + 4h53
  125 km + 2.820 m + 5h32
    40 km + 1.000 m + 1h50




   Também aqui, pelo tempo que já passou, pouco mais fica registado. A serra é sempre a serra com toda a misticidade que trás consigo.
    Assinale-se mais um ano em que a descida da Torre à Seia foi fresquinha, ventosa e pouca visibilidade ao que vai sendo já uma tradição que assim seja. 
  nota: ainda tive que convencer um tal de Diogo a comprar um woodie pois estava armado em veraneano pronto para uma boa hipotermia descida abaixo.
   Fica também no dia dois, depois de muito sofrimento, a epopeia de não querer desistir e realizar a ultima subida a caminho do alojamento. Não foi fácil....



  

De dezembro 2023 a setembro 2024: Tróia Sagres 2023

 Que granel que vai aqui por este blog, uma desorganização sem igual.
 Vamos lá então tentar colocar tudo isto em dia.
  .
  O Tróia-Sagres já lá vai desde dezembro de 2023 e é daí que vou pegar. Antes dele, penso que tudo o que seja relevante (mais relevante) tenha ficado registado e se não ficou, também já não vai ficar.
  Siga então para a "etapa rainha" do meu ano ciclistico.
  
   Tróia-Sagres 2023
    Ano com companhia do Joao Ferreira e somente nos primeiros km de outro atleta da equipa.
   A metereologia estava ok e a afluência muito abaixo daquilo que o não evento já viu e merece. Lamentávelmente já não são dois barcos quase cheios, aqueles que realizam a travessia de Setúbal para Tróia e isso é fácilmente constatado logo no parque de embarque, outrora cheio e com fila interminável nas bilheteiras.
  Na realidade, mal se enche um barco.
  Ainda assim há muita bicicleta por essa estrada fora bem como a restante comitiva que os apoia.
   Custa-me acreditar que este menor indice participativo se deva somente à polémica verificada aquando do Tróia-Sagres de 2022...

    Adiante que o ritmo vai alto logo no arranque, como sempre, e ainda antes do Pinheiro da Cruz já me deixava ficar para trás.
    O João espera por mim e eu digo que siga mas ele insiste. Só nas subidas consigo ajudar na frente e fora isso, foi praticamente sempre a ser rebocado.
    Sabe sempre bem ao ego e ao orgulho findar com aquela média km/h, mas para mim, este não evento sempre foi pelo passseio.
    Pouco mais a assinalar. O Ferreira ficou para o fim de semana e eu vim embora após termos feito um pequeno repasto ali mesmo onde a coisa termina.
    
     Venha o próximo concerteza, e venham muitos mais participantes que quantos mais melhor, mais bonito, mais festivo.

     Falta foto. Deve haver algures. Depois actualizo