domingo, 30 de novembro de 2025

ao vento se fazem os melhores treinos (não os mais agradáveis)

 30/11/2025
 ciclismo de estrada

 Era para ser btt em prova só que não. 
 Era para ser uma volta de 120 km só que a solo num dia de vento forte como hoje e com a rota escolhida ser bastante desabrigada, e por trazer um companheiro menos preparado, alterei para algo mais dentro do habitual cá no quintal do costume.
 Foi ao passar pela rotunda do Zéfiro, talvez presságio não porquanto este se refere a uma brisa leve e suave vinda dos lados do Oeste, que se fez perceber que a manhã ia ser castigadora para os penteados.... e ciclistas.
 Umas rajadas de vento lateral faziam-me dançar contra vontade de quando em vez. Felizmente pouco quase nada esteve pela frente, o que significa que pouco e quase nada também esteve pelas costas.
 Apesar de não gostar nada (mesmo nada) deste registo metereológico (tanto pelas rajadas que neste corpo leve e roda de perfil 40 são sempre incomodativas, tanto pelo que tira de prazer de rolar que é afinal uma das melhores sensações do ciclismo de estrada), ele é um bom treino de endurance/resistência pois obriga a um maior esforço muscular, dando boa preparação para os dias em que não se faça sentir.


 Ir de peito ao vento sem grupo para proteger é igualmente mais desafiante pois então.
 Ainda assim prefiro que não!

  

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Samaritana, Rainha dos Trovões

 Faz com que o vinho não se acabe nos tonéis e a aguardente seja cada vez mais forte, juro e jurarei pedalar até à morte!!

  Adultere-se uma pequenina palavra e a coisa até parece já não fazer sentido. Em boa verdade, "pedalar" substituiu "beber".
  Também há na versão "Imaculada Senhora da Conceição" ou "Imaculada Senhora dos Pastéis", esta última do famoso Quim Barreiros. E provavelmente mais haverão por este país fora.
  Confesso que a que mais conheço é como escrevi no título: Samaritana. Não sei ao certo se era isso que se cantava, era o que me soava. Na ocasião já garantidamente com o canal auditivo destrocido pelo.... barulho....da pinga.
~

  Este pregão tão típico de grupos estudantis e outros que tais, tem por missão apregoado que é, enaltecer o orgulho e paixão pelos copos e vida boémia, em jeito de reza a Samaritana, essa deusa rainha dos trovões.





   Pois porquanto esta vida já lá se vai faz muitos anos a esta parte, mas não por isso deixei de comunicar com tal divindade. O pedido é que vem por vias de outro tema.
   Se ao que consta, pelo menos da reza cantarolada, Samaritana é porconseguinte a Rainha dos Trovões, aqui solicita-se a Sua Exla. que não troveje aos domingos que a malta aqui quer ir pedalar mais confortávelmente possivel.

  Agora vou só ali desenterrrar umas meias quentinhas ao fundo da gaveta e já volto.

  

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Não és um Tesla - carrega-te em andamento

 09 nov 2025
 ciclismo 


  Mais um domingo em equipa numa manhã solarenga depois de algumas chuvas nos dias anteriores. Já era hora de haver alguma sorte na metereologia domingueira.
  Tempo de ir colocando mais alguns km nas pernas para tornar o endurance mais consistente.
  Não hé muito mais a contar senão que a bom ritmo a manhã foi passando rapidamente e nisto descurei a hidratação um pouco e a alimentação mais, o que acabou por trazer como resultado uma dentada de cão já no último km quando se quer dar aquele último esticão.
  Curioso é em como se passa do estado ok (sem, já se sente algum desgaste mas ainda há aquela gana) para que num segundo seguinte se fique imobilizado.
  Sem bolachinhas não há perninhas. 

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Pedalar a solo vs grupo

    Ora bloga-se por aqui ao estilo da mesada que recebia quando era miudo (desde que as notas fossem acietáveis). É quase uma vez por mês.

    Este domingo calhou seguir para treino a solo, já que comecei mais cedo para terminar mais cedo por vias de compromissos familiares.
    Nada de novo, antes muito pelo contrário.
    Por entre pedaladas e pensamentos (estes vêm mais a solo, mas já lá vamos), assolou-me à mioleira precisamente o tema a que me trás este post: as diferenças entre treinar a solo ou acompanhado.
    Vejamos então as principais características de cada, vantagens e desvantagens, aqui do ponto de vista de quem vos escreve.

     A solo, vantangens:
     - não dependes de ninguém para a hora de começo e para a hora de término;
     - realizas o treino que bem idealizares;
     - permite-te seguir ao ritmo que desejes e não ao ritmo de outros o que pode ser ideal para seguir com fundamento um plano de treino específico. 
     - permite-te gerir as paragens sem comprometer os outros ou não teres de parar "obrigatóriamente" com os outros caso não te conviesse nesse momento.
     - pode ter uma vertente mais cicloturística desfrutando das vistas e sensações (embora também em grupo possa ser assim se o ritmo e esforço forem para esse efeito, mas não é bem o que aqui se compara)
     



     
    A solo, desvantagens:
    - torna-se mais cansativo na componente fisica se a intensidade colocada fôr elevada. De cara e peito ao vento permanentemente, o esforço é maior. Contudo isto também pode ser uma vantagem pois os ganhos de resistência poderão ser maiores.
   - pode ser mais aborrecido do ponto de vista de não haver camaradagem, convivio, partilhas, mesmo que na maior parte do tempo não se consiga ter alguma conversa, sabe-se que está ali alguém no mesmo tempo e estado.
   - por esse motivo também não se tem apoio em caso de avaria ou acidente.
   - pode sentir-se falta de estimulo adicional: tentar acompanhar ritmos dos mais fortes, ajuda a colocar mais intensidade com outra garra, especialemente se se for muito competitivo, essa realidade é ainda mais evidente.
   - obriga a maior concentração em saber o caminho (ou ter o gps ao serviço e seguir atento) principalmente em zonas menos conhecidas/habituais.

     Bom, haverão certamente mais um par delas por descrever e outras cabeças poderão ainda encontrar outras tantas vantagens e desvantagens.
    Ainda assim, a mais sublinhada é mesmo a que a solo, a cabeça viaja mais por pensamentos. Estás mais contigo e com as tuas coisas. Entras num modo mais introspectivo ou simplesmente mais leviano. Isso por vezes também faz muita falta. Encontrares-te e deixares a cabeça vaguear: enquanto ela vagueia, não sentes as dores nas pernas. Enquanto ela vagueia, sentes-te mais livre.
    

   Nenhuma forma é mehor que outra. Ambas têm os seus predicados.
  O que importa mesmo é pedalar.