terça-feira, 4 de novembro de 2025

Pedalar a solo vs grupo

    Ora bloga-se por aqui ao estilo da mesada que recebia quando era miudo (desde que as notas fossem acietáveis). É quase uma vez por mês.

    Este domingo calhou seguir para treino a solo, já que comecei mais cedo para terminar mais cedo por vias de compromissos familiares.
    Nada de novo, antes muito pelo contrário.
    Por entre pedaladas e pensamentos (estes vêm mais a solo, mas já lá vamos), assolou-me à mioleira precisamente o tema a que me trás este post: as diferenças entre treinar a solo ou acompanhado.
    Vejamos então as principais características de cada, vantagens e desvantagens, aqui do ponto de vista de quem vos escreve.

     A solo, vantangens:
     - não dependes de ninguém para a hora de começo e para a hora de término;
     - realizas o treino que bem idealizares;
     - permite-te seguir ao ritmo que desejes e não ao ritmo de outros o que pode ser ideal para seguir com fundamento um plano de treino específico. 
     - permite-te gerir as paragens sem comprometer os outros ou não teres de parar "obrigatóriamente" com os outros caso não te conviesse nesse momento.
     - pode ter uma vertente mais cicloturística desfrutando das vistas e sensações (embora também em grupo possa ser assim se o ritmo e esforço forem para esse efeito, mas não é bem o que aqui se compara)
     



     
    A solo, desvantagens:
    - torna-se mais cansativo na componente fisica se a intensidade colocada fôr elevada. De cara e peito ao vento permanentemente, o esforço é maior. Contudo isto também pode ser uma vantagem pois os ganhos de resistência poderão ser maiores.
   - pode ser mais aborrecido do ponto de vista de não haver camaradagem, convivio, partilhas, mesmo que na maior parte do tempo não se consiga ter alguma conversa, sabe-se que está ali alguém no mesmo tempo e estado.
   - por esse motivo também não se tem apoio em caso de avaria ou acidente.
   - pode sentir-se falta de estimulo adicional: tentar acompanhar ritmos dos mais fortes, ajuda a colocar mais intensidade com outra garra, especialemente se se for muito competitivo, essa realidade é ainda mais evidente.
   - obriga a maior concentração em saber o caminho (ou ter o gps ao serviço e seguir atento) principalmente em zonas menos conhecidas/habituais.

     Bom, haverão certamente mais um par delas por descrever e outras cabeças poderão ainda encontrar outras tantas vantagens e desvantagens.
    Ainda assim, a mais sublinhada é mesmo a que a solo, a cabeça viaja mais por pensamentos. Estás mais contigo e com as tuas coisas. Entras num modo mais introspectivo ou simplesmente mais leviano. Isso por vezes também faz muita falta. Encontrares-te e deixares a cabeça vaguear: enquanto ela vagueia, não sentes as dores nas pernas. Enquanto ela vagueia, sentes-te mais livre.
    

   Nenhuma forma é mehor que outra. Ambas têm os seus predicados.
  O que importa mesmo é pedalar. 

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