quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mãos frias, pés quentes.



08\12\2011
ciclismo

Tudo a postos para uma grande volta. A ideia era pedalar a manhã toda. Na véspera fizera um track novo e tudo e não cabia em mim de excitação quando me levantei.
Resolvi levar uns overshoes de btt para ver se mantinha os pézinhos mais quentes. E até resultou....durante algum tempo. O trono estava bem e as pernas ainda que usando somente calções também. O pior foram as mãos. As luvas de Inverno desapareceram e vi-me obrigado a levar as de Verão que deixam os dedos destapados.

Na parte frontal do meu capacete iam-se formando pequenas goticulas da humidade que pingavam de quando em vez. As lentes dos óculos também ganhavam uma leve cobertura humida tornando a visão mais reduzida ainda. O meu nariz competia com tudo isto vencendo o prémio "torneira mal fechada"!.A manhã estava húmida, fria e cercada num nevoeiro cerrado. Horizonte nem vê-lo. Aliás, o campo de visão estava tão reduzido que até levei a luz de presença traseira.

Covershoes da Endura que tenho são de btt mas serviram para o efeito. Não fazem milagres para quem como eu tem cubos de gelo no lugar dos pés, mas sempre ajudam qualquer coisinha.
















Quanto mais avançava mais me doiam as mãos. Tentava mentalizar-me que mais coisa menos coisa conseguiria adaptar-me e que com o avançar da hora, a temperatura amainaria. Mas como estava enganado. O vento fraco que soprava era como enterrar as mãos no gelo e ao chegar ao Poceirão já nem as sentia. Não conseguia pensar em mais nada. Era impossível continuar e não me restou outra escolha senão virar no sentido Palmela.
Estou para lá de frustrado, irritado e com o vicio mesmo à flor da pele. Isto não se faz a um gá!

Lá diz o ditado: mãos frias, pés quentes (devidamente adulterado).
Lei da compensação: jogo futsal à tarde.

distância: 42km
tempo: 2 horas mais coisa menos coisa.

Nem me apetece olhar para o gps...


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