quinta-feira, 4 de junho de 2015

Ainda o estoiro de Idanha

 É daqueles estoiros que nos fica cravado não tanto nas pernas, pois como alguém escreveu "a dor é momentanea, a glória é eterna", mas mais no âmago. E este âmago do qual nunca descobri bem em que parte do corpo fica localizado, nunca até hoje.





 Descobri que o meu âmago fica ou alojou-se numa zona profunda quase inalcansável do meu cérebro, bem atarrachado por entre todas as camadas, de entre todos os pensamentos, memórias, intelecto.
  O meu âmago tem-me tentado ocultar (e por isso se escondeu tão bem) o que verdadeiramente se passou comigo em Idanha. O meu âmago está lesado. E está lesado comigo. São duas lesões dificeis de se lidar. E como tem feito questão de mo fazer saber. Mas depois esconde-se à sombra do dia-a-dia, dos treinos, da fadiga, essa malfadada enganadora e terrerifica dissimuladora que não permite ver com distinção.

  Hoje estou cansado. A semana embora não puxada, puxada mas não a puxar entenda-se, culmina amanhã com mais um treino extra. E depois começa no sábado a nova semana. Mas como dizia, hoje estou cansado. Mais duas horas de cycling deixaram as minhas pernas a picar e o âmago apareceu...outra vez.
  Afinal, aquilo que já tinha quase por certeza ter sido falta de hidratação (a julgar pela quantidade de liquidos que ingeri no resto do dia pós-prova), que depois foi praticamente diluido (oh que termo bem metido aqui - chama-se a isto subtileza) na comparação dos dados velocidade média, distância percorrida, acumulado vs outra prova ou volta similar, em que a conclusão apontava para um ritmo bem mais rasgadinho em Idanha.
  Quando já tinha o âmago praticamente amestrado, hoje veio tocar o sino da fadiga. Será afinal que posso estar a acusar algum desgaste, algum cansaço? 
  Esta dúvida já cá não fazia falta nenhuma. Ou fazia?

  De que adianta afinal saber qual o factor preponderante, senão acautelar todos para o futuro, hã?    Cansado sim mas ainda com forças suficientes para dar um murro bem assente no estomago do âmago assente no meu cabeção. 



Sem comentários:

Enviar um comentário