domingo, 23 de agosto de 2015

Fim de época

  Sim, a minha época termina aqui. Não em Dezembro no trinta e um. Termina aqui porque aqui são as férias e nesse periodo as actividades desportivas ficam normalmente arredadas do palco principal, à excepção de uns pequenos apontamentos de praia (uma corridinha, uns toques na bola, umas braçadas).
  É dar o descanso ao corpo que sabe bem e também revitaliza.
  Confesso que esta é talvez a primeira vez que vou mas com a vontade já de voltar, e vou sem aquela fadiga (a física) que normalmente abunda pelo corpo.

  Isso deve-se a quê? Hmmm, principalmente ao bom momento de forma que tenho atravessado nos ùltimos 2 a 3 meses e às combinações que pairam num cenário próximo para a próxima época. Tudo isto cria excitação e a cabeça não pára de funcionar de tal ordem que já ponderei levar a bicicleta comigo. Mas não pode ser. Melhor, não deve ser.
  E se ontem ainda houve lugar a uma pedalada (já após uma semana de interregno) com a malta e que soube muito bem (uma volta de pouco mais de duas horas para rolar), hoje já me "obriguei" a não sair novamente. Mas o corpo parece que pede, que quer mais..

   Bom, altura para um balanço(zinho) do ano desportivo que agora termina:
 
   O inicio doloroso
   Lembro-me bem. A forma custou a vir. As férias devem ter sido muito boas. Trabalhei a custo no primeiro mês (eu que gosto de fazer estas coisas por prazer...). Depois ainda apareceu uma constipação que prejudicou o ganho de forma, mas após essa tempestade veio a vontade em redobro.

   O regresso a provas de BTT
   Um ano e meio depois regresso a maratonas de BTT. No ano que agora finda desejava ter feito mais do que fiz, mas como houve provas de estrada também, no total não foram muitas mas foram as possiveis.
   Maratona Obitos 60km BTT
   Maratona St André 80km BTT
   Audace Constancia 120km Ciclismo
   Maratona Beja 75km BTT
   Classica Beira Baixa (Idanha) 120km Ciclismo
   Cinco provas portanto, digamos que é uma a cada mês impar.

   Mais ciclismo, menos All Mountain
   Foi o ano em que me vi cada vez a fazer mais estrada e menos All Mountain. O btt com o gang nesta vertente começou a ser secundário sem quase me aperceber. Primeiro por ao sábado ficar demasiado cansado e depois no domingo já nao conseguir sair, depois por me estar a saber melhor o ciclismo, depois por me sentir cada vez mais distante do AM, não descurando os grandes singles, trilhos, adrenalina e demais que estará sempre cá. Pode ser uma fase.

  O que faltou fazer?
  Não posso negar que muita coisa que andava na forja ficou por fazer e deixa algum amargo de boca. Das mais relevantes, o mitico Troia-Sagres (metereologia pouco favorável), a Serra da Estrela (repetindo o ano anterior mas não houve agenda), 4 Castelos (um projecto local que falhei já nem sei bem porquê), Granfondo (um qualquer, simplesmente não entraram na agenda apesar da cabeça pensar neles), Setubal-Alentejo que à ultima da hora ficou na...cama.

   Em resumo
   Foi um dos melhores anos em todas as componentes. Apesar de falhar alguns pontos, foi um ano em que o prazer de pedalar subiu para um nivel estratosférico (quando se pensa que não se pode gostar mais.....). A condição fisica demorou a vir mas depois veio e soube geri-la para ficar durante vários meses que me fez sentir sempre muito bem e a cada saida com vontade de pedalar mais e mais.
   Foi também um ano marcado por quase ausencia total de lesões, o que é sempre muito importante. Duas constipações, uma dor aqui e ali pouco expressiva, a pior agora mais significativa a fechar, com este ombro que não me dá tréguas.
  Foi ano também de pagar em esforço. Lembro-me do estoiro na Classica de Idanha onde passei mesmo um mau bocado, e a manhã me que dei 4 voltas à Arrabida que fiz sem sacrificio mas no final o corpo teve uma reacção ou outra.
  Para além das provas, houve ainda uma saida ou duas para o Alentejo e o finalmente pedalar em Sintra (ciclismo).
   Um ano muito muito positivo.

  E para o ano?
  Nestas coisas não gosto de fazer grandes premonições, não vá a coisa azarar mas para além do habitual Troia-Sagres e maratonas, está na forja uma saida para mais longe, para uma etapa à séria. Mas mais próximo se verá.
  O mais importante é voltar a fazer as coisas com juizo, de forma saudavel em boa forma e acima de tudo com a maior das satisfações.

 

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