01\07\2009
Tinha prometido a mim mesmo sair o mais cedo possível do trabalho e ir dar uma boa volta na Serra.
Eram 19.00 hora quando finalmente consegui soltar-me da carbonização da cidade. Face ao adiantar da hora optei por fazer estrada (afinal há muito tempo que pensava fazê-lo) e depois de rasgar por entre o trânsito que se verificava a esta hora (viva a bicicleta) rápidamente me pus no caminho rumo às praias.
Passei Albarquel, a Comenda e o seu parque de merendas, o "monstro horrendo e destruidor de serras" da fábrica de Cimento da Sécil (agora exibem orgulhosos cartazes e até folhetos distribuidos na cidade onde descrevem a replantação e reflorestação da zona que têm consumido. Nada mal sim senhor, mas pergunto-me: como vão repôr a enorme quantidade de pedra que já "comeram" à serra e tapar o gigantesco buraco que isso provocou? ou seremos todos imbecis
Faz-se uma curva e de entre a vegetação verde e o azul do mar surge isto...
Depois da fábrica o trânsito é condicionado.
Depois da fábrica o trânsito é condicionado.
À minha esquerda, eu e Tróia (a nova Tróia de novos hoteis e empreendimentos turísticos e marina e....) iamos apreciando o rio na sua fusão com o mar.
O final de dia estava quente mas suportava-se bem.
Passei a praia da Figueirinha (e os seus túneis - finalmente uma obra bem feita), dos Coelhinhos e do Portinho da Arrábida. A partir daqui começava a subir a sério: desde o nivel do mar até os 350 m aproximadamente, isto depois de virar à direita no cruzamento de Azeitão\Convento da Arrábida.
O velho túnel. Temos um ritual de buzinar cada vez que passamos por ele. Desta vez não tinha buzina.
A partir daí a estrada esteve sempre deserta. Excepção feita a 3 ciclistas e uma raposa. Passei o convento e comecei a acusar algum cansaço. Surgiu então um forte vento lateral que não veio ajudar em nada.
Toquei o "tecto" da cidade. A vista daqui é fabulosa e o dia estava tão claro que parecia ver-se toda a costa vincentina até ao Algarve.
Vista da serra e do rio.
O Portinho da Arrábida visto bem de cima e a Pedra da Anicha (Portinho da Arrábida)
Depois foi começar a descer. Dei por mim a 60 km hora mas tive de abrandar porque o vento estava disposto a arremeçar-me tipo asa delta. Se tivesse vindo numa bicicleta de estrada, por esta altura voava.
Depois de passar as antenas e o posto abandonado do Batalhão Militar, o asfalto inclinou forte com curvas contra curvas e rápidamente cheguei novamente à Secil.
Começava a escurecer e o melhor era seguir o caminho mais rápido de casa e virei para o Parque de Campismo seguindo na direcção da Comenda.
Na minha chegada a Setúbal fui brindado com os maravilhosos aromas que se emancipam dos grelhadores de calçada dos restaurantes da avenida Luisa Todi. Senti uma fome de esganar. Liguei o "pirilampo" (LED traseiro) e apertei ainda mais o ritmo da pedalada avenidas fora.
No final:
4o km
02:00 horas
650 m de altimetria
Ficou a satisfação de uma volta muito deslizante num cenário fabuloso (excepção feita ao já referido "monstro" e ao muito lixo que se vê ao longo das bermas das estradas. Não compreendo a falta de civismo destes porcos de merda).
As fotos que tirei ficaram uma boa porcaria, mas prometo desde já melhores numa volta idêntica fa realizar brevemente porque é de repetir!
ah as fotos ficaram más? pensei que fosse morraça :)
ResponderEliminarO te amigue ia contigo à tarde mas na pode...
pra próxima pede-me a Kona que eu empresto.
ResponderEliminarmorraças preciso eu para ver se começo a levar uma maq fotográfica de gente grande.
ResponderEliminara kona é capaz de ser boa ideia, obrigado!