quinta-feira, 7 de maio de 2009

Aldeias do Xisto e Arripiado - Capítulo III

Capítulo III -
25\04\2009

Acordámos cedo.
O sol raiava depois de uma noite gélida, bastante gelada mesmo diga-se.
Os afazeres matinais foram despachados em três tempos (pequeno-almoço um tempo, higiene outro e vestimenta por último o que perfaz os três tempos)


Saimos e preparámos as "montadas". Afinal o sol raiante era enganador. O frio perpétuava. Não foi o suficiente para nos desmotivar.
Entretanto ia chegando mais um carro. Era o tal sr. que tinha o nº afixado na vitrine e que não me lembrava dele. Uma grande personagem este sr Abílio a quem agradeço desde já pela sua amabilidade e simpatia.
Aproveitei e esclareci junto dele o mistério das 4 portas e dos 50 cents que não deram em nada. Na realidade, o sr. Abilio tem receio de actos de vandalismo (e infelizmente com razão) sobre o novíssimo Centro e à noite quando não existe ninguém nas imediações, tranca as duas casas-de-banho e os dois chuveiros (aí estão as 4 portas).



E por 50 cents toma-se um belo banho de água quente....



Desmistificado o mistério escolhemos um dos percursos disponiveis neste Centro de Ferraria de S. João depois de consultarmos o cartaz e um folheto com toda a informaçao: a distância, a altimetria, o tempo estimado para a sua realização, etc. Optámos por nada de muito puxado para não estragar o plano de treinos do bicho corredor e para não me levar as forças para a prova de BTT a que ia daí a dois dias.


Outros Centros vão estrear brevemente o que são óptimas noticias.

Aqui mesmo ao lado do Centro fica Ferraria de S. João, uma das Aldeias do Xisto e está a ser recuperada. Já tem pequenas e lindas casinhas para alugar. São um espanto.
A volta em si é mt agradável. A zona, bem cá no alto, subindo mais ainda há medida que se pedala é maravilhosa circundando e serpenteando pela Serra da Lousã.
As vistas que se podem observar por de entre as longas copas das árvores que se bamboleiam ao vento são divinais.

Aí vai o bicho corredor na sua bicicleta desbravando caminho...



Passagem por uma aldeia completamente abandonada. Sinais da desertificação do interior.
Os percursos estão devidamente assinalados por umas pequeninas placas indicativas que podiam ser maiores e de cores mais vivas para se verem melhor.
É habitual os caminhos cruzarem-se pelo que em algumas zonas existe um autêntico festival de sinaléctica.


As placas indicam se estamos num percurso pedestre ou de BTT (o desenho de bicicleta é aqui esclarecedor), a direcção a seguir (seta amarela no centro) e o nº do percurso que estamos a efectuar (nº vermelho no canto inferior direito)

Os lenhadores da zona devastam grandes porções de terras e não estão muito preocupados com as sinaléticas pelo que dúvido que estas se mantenham por muito tempo... pelo menos em algumas zonas.


Uma das zonas em que outrora habitavam árvores e está transformada em socalcos de lascas de madeira. Nem tudo é mau porque estas zonas são reflorestadas posteriormente. Ainda assim...


O referido nas informações bateu certo com a realidade: 30 km, 1.ooo m de desnivel aproximadamente. Só a dificuldade "dificil" é relativa. Nem física e muito menos técnica (só há mesmo no fim um ou dois single traks).


Não é fácil mas dificil, dificil também não é.
No final soube muito bem o já referido banho quente e o resto do dia serviu para relaxar. N o dia seguinte haveria mais do mesmo!

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