terça-feira, 19 de maio de 2009

O DJ do Arrepiado ou "deixem em paz a génese"

Muitas são as Organizações de eventos de BTT que buscam pós-evento a opinião dos participantes.
Mais tarde ou mais cedo acabo por lê-las para de certa forma comparar com a minha própria opinião.

A Organização da prova do Arripiado (a última a que fui) também o fez.
A maioria das criticas foram construtivas e de forma geral o evento agradou acima da média.
No entanto, houve uma "voz" que se insurgiu contra um sr. (que foi apelidado de DJ) e contra o seu gosto musical.
Este sr. que milita na casa dos 55-60 anos, foi cedido pela Camara Municipal conjuntamente com a aparelhagem musical (pacote completo sem opção de escolha). Ora o bom do sr. optou por passar música popular portuguesa, daquela com letras castiças, picantes, ao estilo de Quim Barreiros (mas melhor) que podemos encontrar em cassetes à venda ao longo dos cafés de beira de estrada (nos postos de abastecimento das auto-estradas não garanto) do nosso Portugal.

Não pude deixar de responder....

"Bem, Julgava que já me tinha despedido mas ainda vou ter de comentar mais qualquer coisinha.
Façam a esta prova um grande favor: mantenham o DJ e a sua escolha musical.

Ó meus amigos (diria o Herman),
quando fujo da minha cidade aponto direcções a pequenas terras, povoados, aldeias e vilas. Faço-o em busca de descobrir novas paragens porque se quiser o ritmo das cidades não preciso ir a lado nenhum pois vivo numa das maiores do país. Nessas terras, povoados, aldeias e vilas que existem espalhadas pelo nosso país fora, busco as suas gentes, os seus hábitos e outras demais características que fazem delas locais pitorescos e lindos, cada um com características muito próprias e únicas. Quando me inscrevo numa prova de BTT esse é um factor ponderador senão optaria (novamente) por ficar na minha cidade ou rumar a Lisboa, Porto, etc. O que com isto pretendo dizer é que ao eliminar a essência de ser das gentes e costumes das terras perde-se o seu virtuosismo e o famoso chavão "vá para fora cá dentro" deixaria de fazer sentido.

Ó meus amigos (lá está o Herman),
e mais concretamente referindo-me ao evento em questão:
- enquanto almoçava, não só enchi a barriga de maravilhosa e saborosa comida como enchi a alma de alegria e regozijo só possivel com as músicas que aquele "DJ" passava. E mais, ao meu lado direito, esquerdo e atrás várias pessoas da localidade riam e cantavam. Toda a boa disposição desta gente contagiou-me e aos que me rodeavam e até se empolaram conversas entre meros estranhos. A isto chama-se conviver. E isto é muito salutar e agradável.

Ó meus amigos (irra),
Quando quero ouvir música que gosto basta-me ir as discotecas, bares, concertos músicais e afins. Quando fôr o final de uma prova e chegar a hora do almoço\convivio, deixem um qualquer DJ da zona dar liberdade à genese que ele representa. Deixem-no ser genuino em deterimento do gosto musical de cada um de nós, deixem-no. Deixem-no ser do Arrepiado! Viva esse DJ, viva o Arrepiado.


Por este andar qualquer dia ainda vou a uma prova na Bairrada e ao invés de me servirem o prato típico local (o famoso leitão), ainda me servem uma travessa de sardinhas assadas pescadas no mar da minha terra... e assim o mundo transformar-se-ia e ficaria todo igual e deixaria de ser interessante viajar porque todas as terras e pessoas seriam iguais.

Penso que é o tal de Ricardo o grande organizador. Pedia sinceramente Ricardo que em meu nome e em nome de pelo menos mais 15 pessoas que comigo conviveram durante aquele repasto que agradecesses ao Sr. DJ do fundo das nossas boas gargalhadas que nunca seriam possiveis ao som de qualquer rock, pop, funk, hip-hop, heavy-metal, hard-rock, groove, house, techo, electro, etc, etc. Estas estamos todos fartos de ouvir em outras milhentas ocasiões.

Ainda ouvi alguém perguntar onde se arranjava aquele CD ou cassete. Ricardo, se conseguires saber mais essa informação...

2 comentários:

  1. epa sim!! viva o DJ do arripiado! epa nao me lembro da letra emanuel henriques? ahahahahha gana malha sóçe (desculpa lá mas Setubal não é uma grande Cidade...)

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  2. epá, também não me lembro da letra o que é uma pena..
    (Nao me referi a Setúbal como uma grande cidade mas sim como uma cidade grande. Tem as suas diferenças).

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